Mentir por 10 anos sobre as capacidades de seus carros elétricos é um grande erro... Elon Musk aprendeu isso da maneira mais difícil
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Um juiz federal em São Francisco autorizou uma ação coletiva movida por proprietários de Teslas que acreditam ter sido enganados pelas declarações de seu CEO. Eles acusam Elon Musk e sua empresa de exagerar nas capacidades de direção autônoma desde 2016. Esta decisão judicial se soma a outros casos recentes que enfraquecem o discurso da Tesla sobre seu software "Full Self-Driving" (FSD).
No início de agosto, um júri federal em Miami considerou a Tesla parcialmente responsável por um acidente fatal ocorrido em 2019, com o sistema Autopilot ativado. A indenização foi pesada: US$ 243 milhões em danos. Na Califórnia, o Departamento de Veículos Motorizados (DMV) também acusa a empresa de enganar os consumidores.
Em geral, esses processos evidenciam um paradoxo. Desde 2016, Elon Musk afirmava que todos os veículos Tesla produzidos já possuíam o hardware necessário para atingir o "nível 5" de autonomia, ou seja, a condução autônoma em todas as condições. No entanto, a realidade técnica ainda coloca o FSD no nível 2, uma assistência que exige a vigilância constante do motorista.
Credibilidade corroída diante dos concorrentes
Esses reveses legais ocorrem em um momento delicado para a Tesla. As vendas globais de seus veículos elétricos caíram 13% no primeiro semestre de 2025. E, no campo da condução autônoma, a empresa já não ocupa mais a posição de vanguarda que Elon Musk reivindicava. A Alphabet, por meio de sua subsidiária Waymo, já opera serviços de robotáxis em várias das ...
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