Stellantis desiste de briga com chineses, não será mais elétrica e volta foco para combustão
Mudança de curso foi anunciada pela chefia europeia do grupo, durante o salão de Munique; híbridos tornam-se prioridade
As mudanças na Stellantis continuam. Agora, o grupo reviu radicalmente seu plano de eletrificação. A meta anunciada em 2022, dentro da estratégia "Dare Forward 2030", de vender apenas veículos totalmente elétricos na virada da década, não vai mais acontecer. A confirmação veio durante o Salão de Munique, pelas palavras de Jean-Philippe Imparato, chefe europeu do conglomerado.
Essa guinada já começa a se refletir nas marcas da companhia. A Ram, por exemplo, cancelou de forma definitiva a 1500 REV, sua primeira picape elétrica, que tinha como alvos diretos Ford F-150 Lightning, Tesla Cybertruck e Chevrolet Silverado EV. A decisão foi tomada após a constatação de que a procura por caminhonetes elétricas nos EUA segue bem abaixo do esperado.
No lugar de uma versão 100% a bateria, a aposta recai sobre a 1500 Ramcharger, equipada com um sistema elétrico movido por dois motores e bateria, mas com autonomia estendida graças a um propulsor a combustão que funciona apenas como gerador de energia.
Problemas envolvendo recalls ainda são obstáculo
Além da revisão estratégica, a Stellantis também enfrenta desafios práticos com sua linha eletrificada. Neste mês, precisou convocar recall de 75 unidades do Dodge Charger Daytona e do Jeep Wagoneer EV, por conta de uma falha em uma mola que poderia permitir a movimentação do veículo mesmo com o câmbio em "P".
Os híbridos também não ficaram de fora: cerca de 92 mil exemplares do Jeep Grand Cherokee Hybrid foram chamados às concessionárias devido a risco de perda repentina de potência.
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