Reunião entre Brasil e México sobre automóveis termina sem acordo
10 fev2012 - 11h41
(atualizado às 11h42)
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Uma semana após o Brasil anunciar a revisão dos pontos do acordo que permite a importação de peças automotivas do México com redução de impostos, a reunião entre os dois países sobre o assunto terminou sem resultados. Durante três dias, representantes brasileiros e mexicanos tentaram chegar a um acordo sobre o tratado, mas sem sucesso.
Segundo nota divulgada nesta sexta pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), "a reunião contribuiu para o esclarecimento de pontos relevantes a respeito da evolução e das perspectivas do relacionamento comercial bilateral no setor automotivo. Ambos os países estão empenhados em buscar solução satisfatória que atenda aos interesses das duas as partes". Uma nova reunião sobre o tema foi marcada para os dias 28 e 29 de fevereiro, na Cidade do México, para dar continuidade ao debate.
Luciana Cobucci
Direto de Brasília
Na última sexta-feira, o presidente do México, Felipe Calderón, telefonou para a mandatária brasileira, Dilma Rousseff, demonstrando "grande interesse" em manter o acordo. Durante a conversa, Dilma expôs ao presidente mexicano os motivos pelos quais o Brasil não estava satisfeito com o tratado. Dentre as exigências que o Brasil tenta negociar estão o aumento do conteúdo brasileiro na produção de veículos no México e também a inclusão de ônibus, caminhões e utilitários no acordo.
Entenda
Firmado em 2002, o acordo de livre comércio de produtos automotivos permite importações de automóveis, peças e partes de veículos do México com redução de impostos. Dados preliminares do governo mostram que, nos primeiros anos de vigência do acordo, o Brasil registrou saldo positivo no comércio de automóveis com o México.
Nos últimos anos, no entanto, o saldo tem sido negativo para o Brasil. Em 2011, o acordo entre Brasil e México provocou um rombo de R$ 1,55 bilhão na balança comercial brasileira apenas com a importação de automóveis de passeio. No ano passado, o Brasil vendeu para o México pouco mais de US$ 512 milhões de carros, mas gastou US$ 2,07 bilhões na compra de automóveis mexicanos. Pelo déficit, o governo do Brasil estuda romper o acordo. Uma das ideias é evitar a imposição de tarifas de importação para as compras mexicanas até 2013.
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) divulga lista dos veículos comercializados no Brasil que menos consomem gasolina por km rodado. Confira a relação dos carros menos até os mais econômicos. Kia Sorento - EX 2 e LX 2 G17 - 2.4 - 16V - Consumo: 6,9 km/l
Foto: Divulgação
Ford Ranger - Cabine Simples ou Dupla - 2.3 -16V - Consumo: 7,3 km/l