Renault Filante quer bater recorde de autonomia de EVs
Modelo da marca francesa foi criado para expandir os limites da eficiência em veículos elétricos a bateria; ele pesa menos de 600 kg
O Renault Filante Record foi desenvolvido como um "laboratório sobre rodas" para testar novas tecnologias e materiais que serão aplicados em futuros veículos elétricos. Seu objetivo é estabelecer recordes de eficiência energética, auxiliando a marca a aprimorar a autonomia de seus elétricos.
O formato aerodinâmico tem inspiração no histórico 40 CV des Records, Nervasport des Records e Étoile Filante (Estrela Cadente), por exemplo.
Com uma bateria especial de 87 kWh e pesando apenas 1.000 kg, o Filante busca maximizar a distância percorrida por carga. Seu design aerodinâmico, desenvolvido com a Ligier, otimiza o fluxo de ar. Com 5,12 m de comprimento e apenas 1,19 m de altura, a carroceria reduz o arrasto e melhora a estabilidade.
A bateria, projetada pela divisão Ampere da marca, usa células integradas sem módulos intermediários, economizando espaço e peso. Com 600 kg e largura de 1,71 m, tem a mesma capacidade do Renault Scenic, um SUV de duas toneladas, mas o Filante pode ir muito além em autonomia.
Esse conhecimento pode permitir baterias menores e mais baratas nos elétricos de produção, atualmente uma das maiores barreiras em EVs baratos, por exemplo.
Pegada sustentável é reforçada no Renault Filante
Além do desempenho, o Filante representa um avanço no design automotivo sustentável. O uso de impressão 3D minimiza desperdícios na fabricação, enquanto os materiais recicláveis e leves ajudam a reduzir a pegada ambiental. A Renault reforça seu compromisso com a mobilidade eficiente ao desenvolver veículos que não apenas quebram recordes, mas também contribuem para um futuro mais sustentável.
O baixo peso do Filante vem do uso de materiais ultraleves como fibra de carbono e liga de alumínio impressa em 3D, além de tecnologias steer-by-wire e brake-by-wire, que eliminam componentes mecânicos. Rodas aro 19? e pneus Michelin especiais reduzem a resistência aerodinâmica, enquanto os braços de suspensão recolhidos melhoram o fluxo de ar.
Segundo Sandeep Bhambra, diretor de design avançado da Renault, o modelo foi criado para ser "uma escultura em movimento". Seja como for, seu design combina eficiência e estética, inspirado em aviões de caça e recordes de velocidade do século XIX. O interior minimalista inclui um assento tipo rede para reduzir peso. Por fim, os testes do Renault começam na primavera, primeiro em túneis de vento e depois na pista.
