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Latin NCAP divulga novo protocolo mais rígido em 2026; veja o que muda

Válido até o fim de 2029, novo protocolo do Latin NCAP é mais rigoroso e exige mais itens de segurança e testes para os carros no Brasil

21 nov 2025 - 15h59
(atualizado às 22h10)
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Citroën Basalt no crash test do Latin NCAP
Citroën Basalt no crash test do Latin NCAP
Foto: Latin NCAP/Divulgação

O Latin NCAP divulgou nesta sexta-feira, 21, o seu novo protocolo de avaliação de segurança veicular válido a partir do ano que vem. Nesta atualização do protocolo do Latin NCAP, aumentaram os requisitos necessários para se obter estrelas e, ao mesmo tempo, penaliza-se a falta de aspectos básicos de segurança. A atualização do protocolo entra em vigor em 1º de janeiro de 2026 sendo válida até dezembro de 2029.

As quatro grandes áreas de avaliação permanecem inalteradas: 1) Proteção de Ocupante Adulto; 2) Proteção de Ocupante Infantil; 3) Proteção a Pedestres e Usuários Vulneráveis das Vias e Sistemas de 4) Assistência à Segurança. O Latin NCAP avalia a segurança de veículos vendidos nos mercados da América Latina e Caribe. 

Latin NCAP divulga novo protocolo mais rígido a partir de 2026; veja o que muda
Latin NCAP divulga novo protocolo mais rígido a partir de 2026; veja o que muda
Foto: Latin NCAP/Divulgação

De acordo com a entidade, os fabricantes de automóveis já conhecem o novo protocolo, que foi elaborado a partir de 2021. Ainda segundo o Latin NCAP, não é possível prever o novo resultado de um veículo testado pelo protocolo antigo sem um novo teste atualizado. No entanto, todas as avaliações continuam disponíveis no site da organização. Confira o que muda no teste do Latin NCAP a partir de 2026:

Atualizações na Proteção de Ocupante Adulto

Na Proteção de Ocupante Adulto os testes de impacto lateral e lateral de poste passam a ser mais severos. Será utilizado um novo dummy de avaliação, com melhor biofidelidade (WSID). O impacto lateral será realizado a uma velocidade maior, 60 km/h, e será utilizada uma barreira de impacto mais pesada, de 1.400 kg. 

Já o impacto lateral de poste será realizado a uma velocidade maior, 32 km/h, e o ângulo de impacto do poste será oblíquo a 75 graus, compondo cenário mais exigente em busca de garantia de segurança aos ocupantes. A segurança dos ocupantes adultos no banco traseiro passa a ser incluída na avaliação. 

O objetivo é impulsionar melhorias urgentes nos sistemas de retenção, incluindo o uso de pré-tensionadores e limitadores de carga nos cintos de segurança traseiros. Além disso, passa a ser adicionada a avaliação do banco traseiro em relação ao efeito chicote cervical, ampliando assim a avaliação da proteção do adulto no banco traseiro em relação ao impacto frontal, lateral e traseiro. 

Volkswagen Tera no crash test do Latin NCAP
Volkswagen Tera no crash test do Latin NCAP
Foto: VW/Divulgação

Em veículos com centro de gravidade elevado, passa a ser incluída a avaliação da resistência do teto em capotagens, de forma exploratória e informativa, sem afetar a pontuação. O Latin NCAP passa a ser o único Programa NCAP a aplicar este teste, assim como já acontece com o Teste do Alce (Moose test).

As avaliações serão ampliadas para que o resgate pós-colisão aconteça de forma mais segura, eficiente e simples. Serão penalizados a dificuldade de acesso ao veículo e a extração dos ocupantes, bem como a liberação do cinto de segurança e a falta de folha de resgate. Ao mesmo tempo, serão premiadas tecnologias como o serviço de chamada de emergência (eCall).

Atualizações na Proteção de Ocupante Infantil

Na avaliação da Proteção do Ocupante Infantil o alcance será ampliado para crianças maiores, de 10 anos, para os testes de impacto frontal e lateral, substituindo o dummy anterior de 18 meses, para o qual se observou um bom nível de proteção mesmo em situações desfavoráveis. De qualquer maneira, o passageiro de 18 meses continua a ser considerado em todas as avaliações do veículo. 

Renault Kardian no crash test do Latin NCAP
Renault Kardian no crash test do Latin NCAP
Foto: Latin NCAP/Divulgação

O dummy de 10 anos será avaliado instalado em um assento elevatório (ou booster), com foco na qualidade dos sistemas de retenção do veículo e na proteção lateral da cabeça oferecida para às crianças dessa idade e tamanho. Com o objetivo de incentivar os fabricantes a otimizar a proteção oferecida ao dummy de 10 anos, no teste dinâmico será instalado sem o apoio do assento elevatório (ou booster), removendo assim a proteção lateral incorporada. 

Dessa forma, o fabricante é obrigado a melhorar a proteção frontal e lateral do próprio veículo para ocupantes adultos e crianças no banco traseiro. A falta de ancoragens ISOFIX e i-Size para cadeirinhas infantis, assim como a impossibilidade de desligar o airbag do acompanhante, reduzirão significativamente a possibilidade de obter pontuações aceitáveis. 

BYD Dolphin Plus no crash test do Latin NCAP
BYD Dolphin Plus no crash test do Latin NCAP
Foto: Latin NCAP/Divulgação

Os sistemas de detecção de crianças representarão pontos extras, com o objetivo de evitar, por exemplo, que os adultos deixem as crianças sozinhas no interior de um veículo, expondo-as a riscos devido a temperaturas extremas.

Atualizações na Proteção de Pedestres e Usuários Vulneráveis das Vias e em Assistências à Segurança

Na Proteção de Pedestres e Usuários Vulneráveis das Vias (VRU), será elevado o nível de exigência de desempenho da segurança passiva. Da mesma forma, aumenta-se o peso do Frenagem Autônoma de Emergência (AEB) para VRU que terá cenários de avaliação mais exigentes, como a detecção de pedestres à noite e a detecção de ciclistas.

Na área de Assistências à Segurança aumentam a exigência na velocidade do teste do alce e a falha em qualquer um desses testes em diferentes velocidades é penalizada com perda de pontos. As avaliações de Frenagem Autônoma de Emergência de baixa e alta velocidade e dos Sistemas de Apoio de Faixas passam a incluir cenários mais exigentes em relação à configuração dos testes. 

Ford Ranger no crash test do Latin NCAP
Ford Ranger no crash test do Latin NCAP
Foto: Latin NCAP/Divulgação

A Detecção de Ponto Cego (BSD) também passa a ser avaliada em novos cenários, buscando a implementação de sistemas robustos dessa importante tecnologia. Serão concedidos pontos extras para veículos que ofereçam tecnologias como: conector para o sistema de detecção de álcool, sistema de monitoramento do motorista e sistemas avançados de aviso de uso do cinto de segurança.

Já veículos que não oferecerem sistemas como limitador de velocidade ou sistemas de informação de velocidade máxima, como por exemplo ISA, por pontuação, não poderão, matematicamente, atingir os níveis máximos de estrelas.

Assim como no protocolo anterior, um bom desempenho nas quatro áreas de avaliação simultaneamente é mandatório para a obtenção de alta classificação em estrelas. Um desempenho baixo em qualquer uma das quatro áreas significará um resultado baixo, ainda que as outras três apresentem um bom desempenho. A área com a classificação mais baixa das estrelas será a responsável pelo resultado total, em estrelas, do veículo.

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