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"Efeito Argentina" derruba exportações; governo tenta acordo

A exportação brasileira de veículos caiu 32,7% no primeiro trimestre deste ano, mas associação de fabricante acredita que o pior já passou

5 abr 2014 - 07h01
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Funcionários montam um carro da Ford na fábrica da companhia em São Bernardo do Campo. A produção brasileira de veículos caiu 8,4 por cento no primeiro trimestre, pressionada por fracos resultados de março enquanto montadoras sentem efeito de um mercado interno retraído aliado com queda de exportações, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela Anfavea, associação que representa o setor. 13/08/2013
Funcionários montam um carro da Ford na fábrica da companhia em São Bernardo do Campo. A produção brasileira de veículos caiu 8,4 por cento no primeiro trimestre, pressionada por fracos resultados de março enquanto montadoras sentem efeito de um mercado interno retraído aliado com queda de exportações, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela Anfavea, associação que representa o setor. 13/08/2013
Foto: Nacho Doce / Reuters

A exportação brasileira de veículos caiu 32,7% no primeiro trimestre deste ano, após a restrição de importações pela Argentina, principal parceiro comercial no setor e responsável por receber 75% do total dos automóveis que saem do Brasil montados. A crise no país vizinho, que era minimizada até fevereiro, acendeu um alerta vermelho para as fabricantes nacionais e já mobilizou o governo. Um memorando de entendimento para destravar o comércio bilateral foi assinado no dia 28 e as conversas para concretizar o plano acontecem em até 10 dias.

Em março foram exportados apenas 23 mil carros – quase a metade do número registrado no mesmo mês de 2013. A baixa apenas agrava um balanço ruim para as montadoras no início deste ano, com queda de 2,1% nos licenciamentos e de 8,4% na produção, na comparação com os primeiros três meses do ano passado. Segundo dados da Anfavea, foi o pior trimestre de produção desde 2010. Mesmo assim, os estoques cresceram para 387 mil unidades, o que equivale a 48 dias de vendas, ante 37 dias em fevereiro. O nível de estoque se aproxima dos meses logo após o estouro da crise global de 2008, quando chegou a 56 dias com a intensa restrição de crédito por parte dos bancos.

“Foi um trimestre extremamente complicado para a exportação, como já esperávamos. Basicamente ainda é o efeito da Argentina. Tivemos restrição às importações, mas no último sábado os dois governos assinaram memorando de entendimento para tentar reestabelecer o fluxo de comércio. Isto aponta para um horizonte melhor, não é ainda operacional, mas teremos reuniões com o governo na próxima semana”, afirmou Luiz Moan Yabiku, presidente da Anfavea. 

<a data-cke-saved-href="http://economia.terra.com.br/carros-motos/carros-mais-vendidos-brasil/" href="http://economia.terra.com.br/carros-motos/carros-mais-vendidos-brasil/">veja o infográfico</a>

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterio (Mdic), o memorando tenta garantir a liquidez nas operações comerciais entre os dois países, já que o peso argentino sofreu uma desvalorização de cerca de 20% em relação ao dólar. Com isso, o governo de Cristina Kirchner restringiu as importações como forma de evitar a saída de divisa americana do país. O acordo também prevê comércio sem restrições de produtos, com exceção de armas, munições e materiais nucleares.

Para Moan, os governos precisam trabalhar para entender que a indústria automotiva dos dois países estão integradas, com fábricas de diversas marcas no Brasil e na Argentina, onde são montados diferentes tipos de automóveis. “Não é um simples comércio de carros. Os países têm uma relação de produção integrada. Foram feitos investimentos tanto aqui, como lá”, explicou. Um exemplo é o Ford Focus, que vem da Argentina.

Segundo Moan, o momento mais crítico já passou e deve haver uma melhor no fluxo comercial a partir de maio. “O que me dá certeza de um bom resultado nessa negocição é justamente a interdependência. Precisamos continuar produzindo e vendendo os veículos montados lá ou aqui”, afirmou.

Fonte: Terra
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