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Avaliação: Mercedes-AMG GLA 35 tem consumo reduzido em viagem de 1.200 km

Nosso tradicional roteiro de 1.200 km, entre São Paulo e Londrina (PR), foi uma moleza para o AMG GLA 35, agora com sistema híbrido leve 48v

11 mar 2025 - 15h09
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Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

O consumo rodoviário reduzido foi a melhor surpresa entregue pelo Mercedes-AMG GLA 35 em nossa avaliação de viagem – cerca de 1.200 km entre São Paulo e Londrina (PR), ida e volta. Equipado desde a linha 2024 com um sistema híbrido leve de 48 volts, o AMG GLA 35 ficou mais econômico do que indica o PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular).

Fizemos 11,8 km/l de gasolina, rodando na velocidade da estrada (120 km/h) e isso é muito melhor do que os 10,4 km/l indicados pelo PBEV. O alcance também é maior: fica entre 550 e 565 km (o ciclo do Inmetro indica 530 km). Óbvio que isso depende da “tocada” do motorista, mas é claro que a eletrificação do motor fez bem ao carro. Nossa melhor média foi de 12 km/l.

Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Além de dar partida no motor 2.0 turbo de 306 cv e 400 Nm, o motor gerador acrescenta 14 cv de potência ao Mercedes-AMG GLA 35 4Matic em certas situações de aceleração. Mas o consumo rodoviário reduzido foi apenas uma das boas surpresas deste carro preparado pela AMG em Affalterbach, na Alemanha.

Segundo a Mercedes, o AMG GLA 35 se caracteriza pelo “individualismo e esportividade”. E aqui está uma surpresa. Com aceleração de 0 a 100 em pouco mais de 5 segundos e velocidade máxima limitada em 250 km/h, o AMG GLA 35 de fato reserva prazeres de condução para quem gosta de acelerar.

Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

O carro é rápido, leve, ágil, seguro. Um pequeno foguete. Tem excelente posição de dirigir, volante esportivo com ótima empunhadura, bancos esportivos que não provocam cansaço e vários modos de condução – do confortável ao esportivo “plus” – e um comportamento dinâmico que deixa qualquer fabricante chinês perguntando: “Como é possível fazer um carro tão equlibrado?”

Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Foto: Cris Prado / Guia do Carro

Na viagem de ida, alternamos o volante (eu e a Cris Prado) e, sinceramente, é preciso ficar atento para não andar em velocidades proibidas. O handling em trechos sinuosos é puro prazer, com muita segurança entregue pela tração integral inteligente (4Matic). O ronco grave do motor Sport + também incendeia os instintos de motoristas que gostam de uma “tocada” rápida.

Na viagem de volta, entretanto, colocamos mais duas pessoas a bordo e o porta-malas veio abarrotado. A pressão dos pneus (255/35 R21) precisou ser bastante elevada (especialmente os traseiros) e isso foi suficiente para que a viagem fosse confortável, mesmo para os passageiros do banco de trás. O bagageiro tem 435 litros e a carga máxima é de 608 kg. 

Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Então o “individualismo” deu lugar a um surpreendente caráter "coletivo” do AMG GLA 35. Por óbvio, com quatro pessoas a bordo a condução foi mais moderada. É ótimo poder selecionar o ajuste da suspensão e da direção. Carros muito maiores e nada esportivos costumam receber críticas dos passageiros traseiros em viagens de 600 km. Este teve elogios.

Difícil é entender por que o Mercedes-AMG GLA 35 AMG 4Matic é considerado um SUV. Visto de lado, parece mais um hatch. A altura mínima do solo é de míseros 97 mm. Isso depõe contra o AMG GLA 35 em trechos urbanos ruins, o que é bastante comum no Brasil. Deveríamos popularizar o termo crossover para carros como este Mercedes.

Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Para quem viaja na frente, as duas telas integradas de 10,25 polegadas cada oferecem excelente visualização dos instrumentos e do navegador. O câmbio automático de 8 marchas (8G-DCT), com dupla embreagem, é perfeito.

O torque máximo (400 Nm) surge entre 2.500 e 4.000 rpm, mas dá para andar rápido na faixa de 2.000 giros, ajudando na economia de combustível. Como já dissemos acima, o carro tem excelente equilíbrido, com suspensão independente nas quatro rodas, direção firme, direta e – nunca é demais lembrar – freios a disco ventilados na dianteira e na traseira.

Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Para extrair a potência máxima é preciso pisar fundo, pois os 306 cv só surgem a 6.100 rpm. Os 14 cavalos extras não alteraram os valores de aceleração, segundo a Mercedes. No Paraná, a BR-369 (ainda) tem longos trechos de pista simples, com muitos caminhões, por isso um carro potente torna as ultrapassagens mais rápidas e seguras.

Desde a linha 2024, o GLA 35 tem novos para-choques, capôs e rodas AMG de 21 polegadas. O novo volante multifuncional AMG Performance, com design de raios duplos, traz teclas AMG com displays brilhantes. A central MBUX é muito competente e tem navegador nativo, mas não encontra alguns endereços na cidade; não dá para ficar sem Waze ou Google Maps.

Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Mercedes-AMG GLA 35 4Matic
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Na cidade, aliás, o consumo é o oposto da estrada. É difícil conseguir os 8,7 km/l indicados pelo PBEV. Houve dias em que fizemos menos de 5 km/l de gasolina. 

O Mercedes-AMG GLA 35 4Matic custa R$ 531.900. É um preço salgado, mesmo para clientes da marca. O SUV crossover tem ainda duas versões “Mercedes-Benz", ambas GLA 200, com motor 1.3 turbo de 163 cv: Progressive por R$ 344.900 e AMG Line por R$ 364.900, que não tem nada a ver com o AMG GLA 35, mas traz adereços relativos a ele.

Guia do Carro
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