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Anfavea apela por mais tarifas aos importados; Abeifa defende regras atuais

Associações que representam as montadoras entram em choque de narrativa mais uma vez sobre o tamanho da alíquota de importação

6 mar 2025 - 13h03
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Navio cargueiro BYD Destroyer Nº1 trouxe 5.524 carros elétricos e híbridos plug-in
Navio cargueiro BYD Destroyer Nº1 trouxe 5.524 carros elétricos e híbridos plug-in
Foto: BYD/Divulgação

A chegada de mais um navio da BYD com 5.524 carros elétricos e híbridos plug-in ao Brasil provocou nova reação da Anfavea. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) fez mais um apelo – que tem se tornando corriqueiro – para que o governo mude as regras do setor e aumente as tarifas de importação para 35% imediatamente.

Os carros trazidos pela BYD pagam atualmente 18% (elétricos) e 20% (híbridos plug-in). Nenhuma montadora fabrica esses carros no Brasil. Por isso, a Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) defende a permanência das regras atuais para que os consumidores tenham opção de escolha. Há ainda alíquota de 25% para carros híbridos HEV.

“Nenhum país do mundo, com indústria automotiva instalada, tem uma barreira tão baixa para as importações, o que torna o nosso importante mercado um alvo fácil, especialmente para modelos que estão sendo barrados por grandes alíquotas na América do Norte e na Europa”, disse a Anfavea em comunicado à imprensa.

“Medidas protecionistas ou barreiras alfandegárias artificiais são ineficazes. A médio e longo prazos, são prejudiciais a toda a cadeia automotiva. Mas em especial ao Brasil”, rebateu a Abeifa, por meio de seu presidente Marcelo Godoy. “A indústria local deveria se preocupar em aumentar suas exportações, ao agregar mais tecnologias e produtividade, em lugar de restringir as importações, que tanto contribuem para o desenvolvimento do país.”

A Anfavea argumenta que “sem um equilíbrio saudável na balança comercial, essa indústria que gera mais de 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos estará sob forte ameaça”. E completa: “Apoiamos, sim, a chegada de novas marcas ao Brasil, para produzir, fomentar o setor de autopeças, gerar empregos e trazer novas tecnologias. O que vemos, entretanto, são anúncios sucessivos de adiamento dos prazos de início de produção no país”.

Na visão da Abeifa, “o comércio internacional do setor automobilístico exige previsibilidade”. Marcelo Godoy acrescenta: “Em julho deste ano, as alíquotas vão subir, respectivamente, para 25%, 28% e 30%. Nossas associadas já contam com essa previsibilidade, o que é muito salutar. É relevante ressaltar que é imprescindível respeitar os clientes/consumidores brasileiros, que têm o direito ao acesso e a escolha por tecnologias de ponta”.

As duas entidades procuram impor a narrativa que convença os formadores de opinião e, principalmente, o governo brasileiro. 

“A indústria automotiva brasileira vem num ritmo de recuperação, após uma década de crises econômicas, somadas aos efeitos da pandemia. No ano passado, foram anunciados mais de R$ 180 bilhões em investimentos dos fabricantes de veículos e autopeças, boa parte para o desenvolvimento de modelos eletrificados. E nosso setor ainda terá, por conta do Programa Mover - Mobilidade Verde e Inovação - de investir R$ 60 bilhões em P&D (Produto e Desenvolvimento)”, disse a Anfavea.

A Abeifa recorre ao histórico do setor: “A entidade reforça o argumento de que políticas protecionistas não trazem benefícios ao Brasil, ressaltando que nos anos 1990, não fossem a abertura do mercado interno para veículos importados, o país não teria o parque industrial de hoje com algumas dezenas de fabricantes”. 

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