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Lula 3 é governo que mais dialoga com indústria de games, diz associação

Segundo presidente da Abragames, dialógo com o setor tem acontecido desde o 1º dia de governo

7 jul 2023 - 14h50
(atualizado em 8/7/2023 às 05h00)
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Rodrigo Terra é presidente da Abragames
Rodrigo Terra é presidente da Abragames
Foto: Abragames / Divulgação

Empreender no mundo dos games no Brasil é um verdadeiro desafio e, com a missão de facilitar um pouco a jornada, a Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Games) já está na jornada há 19 anos - inclusive na hora de dialogar com o governo, que nem sempre está sintonizado com a indústria de jogos eletrônicos.

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Em conversa com o Game On durante o BIG Festival, Rodrigo Terra, presidente da Abragames, falou sobre os desafios atuais do mercado de games no Brasil e revelou que o atual governo federal é o que mais dialoga com o setor - mesmo com as críticas de ministros e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos games e esportes eletrônicos.

Política e games no Brasil

Um ponto importante que Rodrigo Terra ressalta é que a associação também cumpre uma função política. De acordo com o Presidente, essa atuação voltou a ser mais ativa nos últimos dois anos. Além de visar os interesses do meio privado, para os desenvolvedores, a Abragames também busca estreitar o dialógo entre o ecossistema e o governo vigente.

"É uma atuação política com foco em trazer esse retorno futuro. Então não é uma questão reativa, a gente não vai lá e conversa com o governo simplesmente porque surge uma pauta e a gente defende ela. Não, a gente busca uma política construtiva, onde a gente mantém uma conversa com o poder pensando em políticas públicas."

No início do ano, o governo atual deu indicativos de que não possui uma visão baseada na realidade sobre o mercado de games e sua verdadeira importância. Além da ministra Ana Moser ter diminuído a importância competitiva dos esportes eletrônicos, o próprio Presidente Lula se envolveu em polêmicas ao apontar os games como influenciador direto da violência entre os mais jovens.

O que o governo Lula está fazendo pelos games?:

Contudo, de acordo com Rodrigo Terra, apesar das falas problemáticas, o atual governo mantém dialógo aberto com a Abragames desde o seu primeiro dia. Ele ressalta que, apesar de problemáticas, as falas de alguns representantes não demonstram o verdadeiro interesse do poder público na indústria de games enquanto player importante no mercado.

"Por incrível que pareça isso não reflete o corpo construído pelas lideranças desse governo. O diálogo com o novo governo, tem sido desde o primeiro dia de governo. Eles se mostraram altamente abertos a escutar. Diferente do que foi em outros anos, não só o governo anterior, mas nos outros governos anteriores, do próprio PT."

Terra comenta que a atual liderança tem sido proativa em escutar. Os líderes públicos indicam que querem ajuda para entender quais serão os próximos passos da indústria nacional de games.

"A mentalidade deles é de 'a gente quer construir junto e a gente precisa de vocês para para nos dizer qual que é o melhor caminho para construir isso para a gente poder passar de fase'. Então o diálogo tem sido muito aberto, muito, muito transparente e tem tido muito interesse. Não à toa, já estamos vendo alguns reflexos, tanto no Executivo quanto no Legislativo."

Ecossistema em desenvolvimento

De acordo com o dirigente, apesar de desenvolvedores existirem desde os anos 80, o mercado brasileiro enquanto indústria organizada só esteve presente mesmo nos últimos 15 anos. E a partir daí, se traça uma análise.

"Dentro desses últimos 15 anos, a gente olha para a melhoria que o ambiente teve. Saímos de um momento em que quase não se tem estúdio, quase não tem jogo nacional para um momento de 'Eu consigo viver de games no Brasil'. Claro que a partir daí temos outras questões para discutir, como o fato de ter poucos profissionais qualificados, por exemplo. O mercado de games também faz parte do mercado de economia criativa e tecnologia, então só tá sofrendo alterações."

Terra segue apontando que o fato de que o mercado nacional conta com uma quantidade de vagas abertas indica uma evolução do ecossistema brasileiro. O tempo é necessário para que o segmento vá mapeando as demandas e melhorias necessárias para seu próprio crescimento.

"Não acho que a gente consegue mais falar que o mercado é ruim, porque eu também eu sou desenvolvedor, eu sou co-fundador da Abra e resolvi empreender no mercado de games, porque eu vi uma oportunidade. Estamos em um momento que a gente pode falar 'caramba, dá para viver disso", concluiu.

Fonte: Game On
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