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Por que a linha Galaxy S22 pode ser uma divisora pra mobile Gaming?

O Galaxy S22 possui o potencial de mudar o mercado de jogos mobile, ainda mais equipado com o Exynos 2200; será que ele vem ao Brasil?

17 fev 2022 - 11h21
(atualizado em 24/2/2022 às 11h56)
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Foto: GameON

Anunciada há poucos dias pela Samsung, a linha Galaxy S22 chega com os principais smartphones da marca sul-coreana para o mercado neste ano, e além de um belíssimo visual, os aparelhos contam com o processador Exynos 2200, e isso significa que a família S22 tem tudo para ser um verdadeira potência quando falamos em rodar games. Neste artigo, vamos destrinchar as principais características dessa linha e tentar adivinhar do que ela é capaz.

Exynos 2200

Lançado em janeiro pela Samsung, o Exynos 2200 figura entre os processadores mais rápidos para smartphones atualmente. O SoC (System-on-a-Chip) foi desenvolvido em parceria com a AMD, e como era de se esperar, parece trazer grandes inovações para o cenário de games mobile.

Em primeiro lugar, o processador tem um processo de fabricação com litografia de apenas 4 nm (nanômetros). Isso significa haver bilhões de semicondutores microscópicos conhecidos como transistores numa plaquinha de silício muito pequena – o processador. Então, quanto menor o tamanho desses transistores, maior quantidade é possível colocar num chip de celular. Em outras palavras, quanto menor a litografia, mais potente é aquele processador, em teoria.

Núcleos Armv9

Por se tratar de um SoC, o Exynos 2200 presente no Galaxy S22 possui uma arquitetura híbrida, ou seja, há diferentes núcleos no processador que executam tarefas distintas enquanto o smartphone está em uso.

Nesse caso, teremos os poderosos núcleos Armv9, divididos com os já tradicionais — e mais conhecidos nas tabelas de especificações — núcleos Cortex. Ao total teremos 4x Cortex-A510 destinados a tarefas simples; 3x Cortex-A710 que fazem uma mescla de núcleos de eficiência e performance; e um Cortex-X2, responsável por rodar as aplicações mais pesadas, como games ou apps de edição, renderização etc.

Na teoria, a linha Galaxy S22 tem um processador formidável, mas enquanto não podemos sentir a performance na prática, alguns insiders da indústria vem comentando o desempenho da CPU com alguns benchmarks sintéticos, aplicações específicas que servem para estressar e extrair o máximo de performance do chip.

De acordo com o YouTuber e insider TechAltar, o Exynos 2200 tem feito apenas 5% de performance a mais do que seu antecessor, enquanto a GPU – que comentarei em breve – tem um ganho de cerca de 17%, e a NPU sobe para 115%. A NPU (Neural Processing Unit) é a parte responsável principalmente pela fotografia e Inteligência Artificial, melhorando as fotos com efeitos, modo noturno, zoom etc.

O poder da AMD

Se tem uma coisa em que o Exynos 2200 se sobressai e que deixa a Samsung com motivos de sobra para ficar bem na fita é a sua placa gráfica integrada. A AMD já vem se consagrando nos últimos anos graças aos seus avanços em GPUs dedicadas para desktops e notebooks de alta performance, além de equipar os chips presentes nos consoles Xbox Series X e S e no PlayStation 5. Agora chegou a vez de se consagrar nos smartphones.

Intitulada de Xclipse 920 (Fusão entre os nomes Exynos e Eclipse), a GPU que acompanha os celulares da linha Galaxy S22 tem sido descrita como um misto entre um chip gráfico de consoles com o de um aparelho portátil. 

Foto: BR Atsit
Foto: BR Atsit
Foto: GameON

O grande destaque fica por conta da micro-arquitetura baseada em RDNA 2, que garante mais desempenho e melhor eficiência energética nos projetos em que está presente. Além de promessas, o RDNA de 2.ª geração é muito bem visto no mundo dos PCs e videogames pela crítica e público.

Em palavras mais simples, a ideia da Samsung é levar todo o poder de fogo do mundo dos consoles para os seus dispositivos. Claro, não devemos esperar gráficos como os de Red Dead Redemption 2 ou Call of Duty: Vanguard rodando de forma fluída em um celular, mas o futuro parece reservar algumas surpresas e inovações, como taxas de quadro maiores, funções contra tearing, e melhorias em iluminação e serrilhado.

Falando nisso...

RAY TRACING!!!

Um dos recursos que revoluciona a indústria de games nos últimos anos também está chegando com peso no mundo dos smartphones. Por possuir o RDNA2, a placa gráfica Xclipse 920 tem compatibilidade com a tecnologia do Ray Tracing.

O Ray Tracing, ou Traçado de Raios, em português, é uma técnica utilizada por Hollywood há anos para deixar o efeito de iluminação ainda mais realista nas cenas. Em games, essa tecnologia também existia, mas sempre foi muito difícil fazê-la funcionar devido à alta carga de processamento exigida.

Em uma explicação mais prática, os jogos já continham reflexos de uma janela numa poça d’água, por exemplo, porém, esse reflexo era criado pelos desenvolvedores para aparecer para o jogador apenas quando ele olhasse de determinado ângulo para a imagem. O Ray Tracing imagina de onde vem aquela fonte de luz através do processamento físico e de IA, permitindo que a poça reflita qualquer superfície de qualquer ângulo.

Isso não significa que o Galaxy S22 irá rodar qualquer game com essa tecnologia, pois estamos falando de algo extremamente complexo e pesado para qualquer hardware. Até mesmo as placas de alta performance da NVIDIA e AMD tem certa dificuldade para executar jogos com efeito de iluminação e sombras sem a ajuda de softwares específicos.

No entanto, devemos esperar que os games fiquem cada vez mais realistas nos smartphones, e o Exynos 2200 parece ser um dos caminhos para isso acontecer cada vez mais rápido.

O Galaxy S22 parece ter o pacote completo

Além de um belíssimo design com bordas arredondadas, proteção Gorilla Glass Victus, tela Dynamic AMOLED 2X de até 6,8 polegadas, brilho com picos de 1750 nits e display Quad HD+ no S22 Ultra, todos os modelos da linha acompanham uma taxa de atualização de 120 Hz.

Essa taxa mais alta é excelente não só para os jogadores hardcore ou pro-players, mas também para o usuário mais casual, que ganha uma sensação de fluidez muito mais nítida e suave, tanto em games quanto no uso cotidiano.

O armazenamento interno pode chegar até 1 terabyte na versão mais parruda, enquanto a memória RAM varia entre 8 GB a 12 GB, que já é mais que o suficiente num smartphone.

Galaxy S22 e S22+

Galaxy S22 e SS2+, da esquerda para direita  Foto: Samsung
Galaxy S22 e SS2+, da esquerda para direita Foto: Samsung
Foto: GameON

Os dois primeiros celulares são bem similares, com bordas arredondadas e o módulo de câmeras triplas saltadas. e seguem aquela famosa ordem de grandeza. O S22 “base” é o menorzinho, com apenas 6.1 polegadas, enquanto o S22+ 6.6 polegadas. Ambos os aparelhos tem um display Full HD+ (1080 x 2340 pixels), e possibilidade de armazenamento que varia de 1280 a 256 GB e 8 GB de memória RAM.

Galaxy S22 Ultra

O Galaxy S22 Ultra, por sua vez, é o mandachuva da Samsung nesse lançamento. O modelo é muito parecido com a linha Galaxy Note, descontinuada pela marca, devido ao design maior brusco e quadrados. O conjunto de câmeras não tem nenhum módulo, mas ainda possuem um charme.

A tela, nesse caso, é de 6.8 polegadas, e o modelo ainda acompanha a caneta S Pen, para desenhar, escrever ou utilizar da maneira que o usuário preferir. O display também ganha melhorias ao chegar com resolução Quad HD+ (1440 x 3088 pixels).

 Galaxy S22 Ultra. Imagem: Bruno Martinez/Showmetech
Galaxy S22 Ultra. Imagem: Bruno Martinez/Showmetech
Foto: GameON

O armazenamento interno disponível suporta opções de 128, 256, 512 GB e pode chegar a incríveis 1 TB. Já na memória RAM o usuário pode escolher entre versões de 8 GB ou 12 GB

Aliás, vale comentar que a taxa de atualização mais alta em todos os aparelhos é excelente não só para os jogadores hardcore ou pro-players, mas também para o usuário mais casual, que ganha uma sensação de fluidez muito mais nítida e suave, tanto em games quanto no uso cotidiano.

Para o brasileiro não tem Exynos...

Pois é. A vida é feita de algumas frustrações. Pouco depois de anunciar o lançamento da linha Galaxy S22 para o Brasil, a Samsung confirmou que os modelos que chegaram ao nosso país não terão o processador Exynos 2200 integrado.

Foto: Qualcomm
Foto: Qualcomm
Foto: GameON

Enquanto o motivo não foi explicado, a gigante sul-coreana revelou que o Qualcomm Snapdragon 8 Gen 1 equipará os nossos Galaxy S22 por aqui. O chip é bem similar ao processador da Samsung, com os mesmos núcleos, mas operando em frequências distintas.

O diferencial fica por conta da GPU, a Adreno 730, que tem especificações mais leves e sem tantos diferenciais. Por enquanto ainda é difícil estabelecer um comparativo direto entre ambos os chips, mas na teoria o Exynos leva vantagem, além de supostamente aquecer e consumir menos energia.

O S22 básico chega nos seguintes preços ao mercado brasileiro:

  • Galaxy S22 128 GB: R$ 5.399 à vista (qualquer cor);
  • Galaxy S22 256 GB: R$ 5.849,10 à vista qualquer cor).
Fonte: Game On
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