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Split Fiction traz criatividade sem limites em universo de fantasia e ficção

A Hazelight Studios, de It Takes Two, acerta a mão novamente e entrega jornada cooperativa inesquecível

4 mar 2025 - 13h00
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Split Fiction traz criatividade sem limites em universo de fantasia e ficção
Split Fiction traz criatividade sem limites em universo de fantasia e ficção
Foto: Reprodução/EA

Desde o lançamento de Brothers: A Tale of Two Sons em 2013, o game designer sueco-libanês Josef Fares vem colecionando um sucesso após o outro com A Way Out (2018) e It Takes Two (vencedor do Jogo do Ano no The Game Awards 2021), todas obras que ficaram conhecidas por criar experiências cooperativas inovadoras e cinematográficas.

E agora Fares está de volta com o seu mais novo projeto, Split Fiction, desenvolvido pela sua empresa Hazelight Studios, e que novamente traz uma aventura épica cooperativa que alterna entre mundos de ficção científica e de fantasia medieval em uma jornada sobre amizade entre duas jovens mulheres.

Assim como seus games anteriores, Split Fiction é uma explosão de criatividade com direito a personagens e uma aventura muito envolventes. Ficou curioso? então confira aqui com Game On o que achamos do jogo.

Entre a ficção e a fantasia

Em Split Fiction os jogadores assumem os papéis de Mio e Zoe, personagens que carregam os nomes das filhas de Fares na vida real. As duas são jovens escritoras com estilos bem distintos: ficção científica e fantasia medieval, respectivamente. 

Elas, junto com outros escritores, receberam uma oportunidade de serem publicadas por uma grande (e maligna) editora, a Rader Publishing, que está testando uma tecnologia de simulação virtual extremamente avançada, que faz com que cada autor entre no mundo literário que criou - pense num Holodeck de Star Trek.

No entanto, após uma confusão durante o início do experimento, Mio e Zoe ficam presas juntas, dividindo a mesma realidade, que acaba misturando os mundos de suas imaginações. Agora as duas jovens, completamente desconhecidas uma da outra, com personalidades e estilos literários bem diferentes (e cada um delas não gostando do gênero escolhido pela outra), devem deixar as diferenças de lado e trabalhar juntas para superar os desafios e tentar voltar ao mundo real com suas memórias e histórias intactas.

E aqui começa a nossa aventura, que deve ser jogada com um parceiro localmente ou online (com direito a crossplay entre PC, PlayStation e Xbox) - campanha solo não é opção aqui. O Passe de Amigo, um recurso característico da Hazelight Studios, está de volta em Split Fiction. Ele possibilita que qualquer pessoa que tenha o jogo possa convidar alguém, mesmo de outra plataforma, para participar da diversão de graça, mesmo se ela não tiver uma cópia do jogo.

A narrativa, assim como os jogos anteriores do estúdio, é um dos pontos de destaque e apresenta uma jornada cinematográfica emocionante, digna dos melhores filmes de aventura. Os diálogos das personagens são muito bem feitos e com excelentes performances do elenco de dublagem. Todos os menus, textos e legendas estão localizados para o português do Brasil (exceto a dublagem), o que facilita bastante para quem não domina outros idiomas.

Mundos diferentes, estilos diferentes

Mio e Zoe devem se unir para avançar nos mundos de fantasia medieval e ficção científica
Mio e Zoe devem se unir para avançar nos mundos de fantasia medieval e ficção científica
Foto: Reprodução

Ainda na introdução, Mio aparece involuntariamente no mundo de fantasia de feitiços e criaturas exóticas de Zoe, com as duas tentando entender o que está acontecendo, mas o jogo começa mesmo quando as duas são transportadas para um cenário futurista de ficção científica, em que ambas são ninjas cibernéticas (essa é a história da Mio).

Split Fiction é em sua essência um jogo de plataforma e ação 3D em terceira pessoa, com ambos os jogadores tendo controle total da sua câmera. Porém, a cada nível há uma troca de gênero do scifi para fantasia, mudando radicalmente não apenas os cenários e visuais, mas também o estilo de jogar, com Mio e Zoe ganhando novas e diferentes habilidades.

Por exemplo, as duas podem estar pilotando motos cibernéticas em altas velocidades num mundo cyberpunk em um momento, mas em outro, podem estar comandando dragões voadores em cenários de fantasia deslumbrantes. Elas podem empunhar espada e chicote de energias, mas de repente podem se transformar em fada, gorila e até mesmo numa criatura com aparência de árvore, ao melhor estilo Groot.

As jovens viram ninjas cibernéticas em mundo cyberpunk
As jovens viram ninjas cibernéticas em mundo cyberpunk
Foto: Reprodução

Cada novo estágio é uma experiência diferente em que ambos os jogadores devem descobrir como devem colaborar entre si e utilizar as respectivas habilidades de seus personagens para progredir na aventura. Ocasionalmente devem enfrentar inimigos na porrada, mas o foco mesmo é resolver os quebra-cabeças, pular plataformas e ter reflexos rápidos nas várias cenas de ação intensa e caóticas - tinha momentos que minha parceira de jogo mal conseguia respirar, pois era uma correria atrás da outra sem parar.

Misturar dois gêneros e mecânicas de jogos tão distintos entre si parece uma experiência ousada e desafiadora, mas a Hazelight Studios demonstrou ter a capacidade de dominar todos esses elementos com uma maestria única, oferecendo uma enxurrada implacável de criatividade e experiências divertidíssimas.

Os quebra-cabeças, e alguns chefões, começam fáceis, mas conforme avançamos o nível de dificuldade vai aumentando gradualmente, exigindo cada vez mais um trabalho de equipe em sintonia - não adianta apenas um jogador mandar bem, os dois precisam lutar ou se movimentar ao mesmo tempo.

No mundo da fantasia, elas podem se transformar em criaturas com habilidades especiais
No mundo da fantasia, elas podem se transformar em criaturas com habilidades especiais
Foto: Reprodução

Alguns cenários certamente vão exigir algum tempo e várias tentativas até os dois jogadores acertarem os ponteiros na cooperação - ironicamente, aqui em casa houve brigas e xingamentos quando alguém errava ou falhava em um ponto importante. Uma dica: se estiver preso em algum lugar e não souber o que fazer, preste atenção nas cores roxa ou verde no cenário, elas podem indicar alguma interatividade para Mio ou Zoe realizar.

Apesar de ser o jogo mais difícil da Hazelight, vale ressaltar que não há nada extremamente cabuloso que vá te fazer perder o sono, já que o título prioriza acima de tudo a diversão, a narrativa e a cooperatividade - tanto entre as personagens dentro do jogo quanto dos jogadores.

Além de toda a incrível variedade de ficção científica e fantasia apresentada na história principal, os jogadores também encontrarão portais misteriosos que levam para as "histórias secundárias", que são histórias e ideias inacabadas que Mio e Zoe escreveram quando eram mais jovens, levando a algumas situações realmente bizarras e caóticas - como se transformar em um porco que pode voar peidando (uma história que termina de maneira terrível), surfar em areias do deserto com tubarões gigantes ou quase torrar ao andar próximo de uma estrela em colapso prestes a se transformar em uma supernova. Esses estágios são completamente opcionais, mas pelo nível de loucura e criatividade, com certeza você vai desejar visitar todos eles.

Por fim, vale ressaltar que, infelizmente, essa é uma aventura épica curta, com uma campanha principal que vai levar cerca de 15/20 horas de jogatina (número que pode aumentar de acordo com as histórias secundárias que você for atrás), mas que são imensamente satisfatórias.

Considerações

Split Fiction - Nota 9
Split Fiction - Nota 9
Foto: Divulgação / Game On

Em um ano cheio de lançamentos promissores como GTA 6, Kingdom Come: Deliverance 2 e Monster Hunter: Wilds, Split Fiction certamente chega com um destaque primoroso. Se você jogou os jogos anteriores da Hazelight (It Takes Two e A Way Out), então já tem uma boa ideia do que esperar deste lançamento: uma experiência cooperativa cheia de quebra-cabeças, com designs inteligentes e super criativos. A enorme variedade nos estilos scifi e fantasia são marcantes, e consegue envolver os jogadores numa jornada épica inesquecível - uma das características dos jogos da Hazelight, que pode lhe render muitos prêmios no final do ano. Se você busca um jogo para jogar em dupla, esse é obrigatório!

Split Fiction chega em 6 de março para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela EA.

Fonte: Game On
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