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Análise: Phantom Breaker: Omnia conquista por simplicidade

Jogo de luta faz sua estreia no ocidente com jogabilidade simples, mas que não abre mão de mecânicas mais complexas que agradam

16 mar 2022 - 07h44
(atualizado às 07h59)
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Phantom Breaker: Omnia
Phantom Breaker: Omnia
Foto: Divulgação / Rocket Panda Games

Embora possa parecer novidade para muitos jogadores, Phantom Breaker: Omnia, desenvolvido pela Mages e publicado pela Rocket Panda Games, não é bem um lançamento. O jogo se trata de uma edição completa e aprimorada de Phantom Breaker, lançado originalmente em 2011 e até então inédito no ocidente.

Phantom Breaker vem de um tempo onde a disputa por um espaço entre os jogos de luta era incessante e, em meio a tantos jogos já consolidados, tentava se destacar com uma proposta mais simples e amigável para todos os tipos de jogadores. Omnia segue essa mesma premissa, mas não abandona certas camadas estratégicas mais sofisticadas e, assim, também premia os mais dedicados.

História e progressão

O ponto forte dos jogos de luta raramente é a história que contam, e Phantom Breaker: Omnia não é exceção. O jogador escolhe entre 15 duelistas - embora existam 20 ao todo nos demais modos de jogo - para participar de um torneio promovido por um misterioso personagem chamado Phantom. Segundo ele, aquele que sair vitorioso na disputa terá seu maior sonho realizado, embora fique implícito que há algo por trás dessas intenções.

Porém, a narrativa não vai muito além e serve apenas como pano de fundo para o gameplay. A maioria das tramas é bem genérica e alguns personagens sequer têm uma - a progressão destes é feita através de desafios que precisam ser cumpridos dentro das batalhas, ideia que funciona bem à primeira vista, até nos deparamos com tarefas que exigirão diversas tentativas para serem concluídas. 

Jogabilidade

Jogabilide simples conquista, mas jogo também deve agradar veteranos
Jogabilide simples conquista, mas jogo também deve agradar veteranos
Foto: Divulgação / Rocket Panda Games

Omnia traz três estilos diferentes para os personagens, com exceção de dois que ficam restritos a apenas um estilo. O estilo Omnia é o mais amigável com novos jogadores, uma vez que tem controles mais simples e permite até mesmo que combos sejam executados com apenas um botão. Por outro lado, ele elimina algumas habilidades, como o Overdrive, que aumenta por um breve tempo a velocidade ou a defesa do personagem, e o Emergency Mode, que é capaz de cancelar uma investida inimiga. 

Já o estilo Quick deixa o duelista com menos vida enquanto facilita a recuperação da barra de energia (Burst Gauge) e facilita combos, permitindo que estes sejam executados ao apertar repetidamente um único botão. Por fim, o estilo Hard tem um comando único, sacrifica velocidade para aumentar a vida e é focado em causar um dano maior, possibilitando reviravoltas com um único golpe.

Por mais que sejam simples, esses três estilos fazem toda a diferença na hora da luta e, somados às demais mecânicas, tornam a jogabilidade rica e garante camadas estratégicas interessantes. Além disso, eles servem como o ponto de partida ideal para aqueles que estão se aventurando pela primeira vez no jogo - principalmente por divertir o jogador que sequer sabe direito o que está fazendo - e também conferem uma gama de possibilidades suficiente para atrair os mais veteranos no gênero, que rapidamente encontrarão um estilo de luta preferido.

Além da História

História é ponto fraco de Omnia
História é ponto fraco de Omnia
Foto: Divulgação / Rocket Panda Games

Se a história não é a grande atração de Phantom Breaker: Omnia, os demais modos trazem boa diversidade. O jogo conta com Score Attack, Time Attack e Endless Mode, além de um Arcade tradicional. Há também um Modo Online, com filtros interessantes como rank e qualidade de conexão, que funciona muito bem - embora eu não tenha obtido muito sucesso, digamos assim - e deve garantir sobrevida ao jogo, um Versus local e, claro, um modo treinamento, um pouco incompleto por não permitir acesso fácil aos comandos únicos de cada personagem, que fica em uma seção específica do menu chamada Game Reference, que também contém outros diversos manuais.

Quando o assunto é gráficos, Omnia tem uma personalidade bem própria e adota um visual estilo anime bem detalhado com personagens e cenários criados a partir de sprites 2D. E faz bonito -  a jogabilidade não sofreu engasgos ao longo de horas de gameplay em um Nintendo Switch Lite. Já a trilha sonora empolga em cada combate, enquanto os personagens são dublados em japonês e inglês. Infelizmente, não há legendas em Português Brasileiro.

Considerações

Foto: Reprodução / Game On

Phantom Breaker: Omnia conta com recursos interessantes para agradar jogadores casuais e até mesmo os mais exigentes do gênero. Sua jogabilidade simples é um diferencial e suas tantas outras possibilidades dificilmente deixarão a sensação de que as lutas são repetitivas. Há alguns detalhes negativos, principalmente no modo história e em qualidade de vida, mas o jogo cumpre bem sua proposta e diverte.

Phantom Breaker: Omnia está disponível para PC, PlayStation 4, Switch e Xbox One.

*Esta análise foi feita com uma cópia gentilmente cedida pela Rocket Panda Games.

Fonte: Game On
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