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Superliga Feminina

Bernardinho vê Fofão como "equilíbrio" e promete conversa por 2014

8 abr 2013 - 07h53
(atualizado às 07h53)
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Veterana Fofão venceu a Superliga aos 43 anos
Foto: Marcelo Pereira / Terra

Ao longo das entrevistas após a vitória que garantiu ao Unilever o oitavo título da Superliga feminina de vôlei, o técnico Bernardinho foi, aos poucos, expondo o tamanho da influência que a levantadora Fofão tem no elenco. Aos 43 anos, ela se destacou por suportar uma lesão na panturrilha esquerda para jogar os cinco sets da emocionante final contra o Sollys Nestlé, comandando a virada. Sua participação na temporada, no entanto, é fator primordial para a consistência do time carioca. Ela é como o ponto de equilíbrio.

"Uma jogadora como a Fofão é importante para gerar o equilíbrio e a tranquilidade durante a partida", afirmou Bernardinho. Na análise da partida, o técnico do Sollys Nestlé, Luizomar de Moura, identificou como ponto da virada quando, no terceiro set, o Unilever começou a acertar o saque e a levantadora, a jogar "com a bola mais nas mãos". Com mais tática e menos força, ineficiência frente ao forte bloqueio do time de Osasco, o Unilever conseguiu a virada vencendo os três últimos sets.

Foi Fofão que ajudou Gabi a se controlar quando, nas duas parciais iniciais, a torcida do Sollys gritava "saca na Gabi, saca na Gabi". Com Juciely, o efeito foi ainda maior. "Já ganhamos títulos com a Juciely jogando muito, mas ao lado da Fofão, ela se exaltou. Foi a melhor temporada dela", exaltou Bernardinho, que tem grande admiração pela jogadora, embora as personalidades sejam diametralmente opostas.

"A Fofão passa muita confiança, nunca dá dura nas companheiras. Ela é sempre mais centrada. Para as jogadoras que precisam trabalhar a confiança...", disse o técnico, ao ser interrompido pelo ex-jogador e comentarista Tande, que queria lhe dar um abraço. Depois do reencontro, Bernardinho mostrou cautela sobre as chances de a atleta de 43 anos jogar mais uma temporada. O fator físico é a principal preocupação.

Ao som de "Lelek lek lek", cariocas festejam octacampeonato:

"Ela gosta, ela adora. Mas será que - sério - ela vai conseguir? Vamos sentar e conversar. Antes de tudo, nós somos amigos. Convivi com ela milhares de anos na Seleção e depois nos clubes, tenho relação pessoal com ela. Vamos ver o que ela quer, o que é melhor. Se imaginarmos no ano que vem, ela vai ter 44 anos", disse Bernardinho, que justamente por cautela poupou Fofão dos últimos treinos antes da final realizada no Ginásio do Ibirapuera.

Houve momentos em que a levantadora ficou cinco dias sem treinar, segundo o técnico. "Ela malha, se recupera, mas não tem jeito", lamentou. Para a final, Fofão ainda disse jogou no sacrifício. "Eu falei que estava melhor (da panturrilha), mas não era assim. Tomei antiinflamatório, mas a dor ainda estava incomodando. Fiquei com medo de não conseguir, mas fui aquecendo, me envolvendo. Não tinha como sair, nem que estivesse bem mal. Queria muito estar aqui", disse a jogadora.

Fonte: Terra
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