Para Mari, Brasil teve problemas jogando atrás no placar
Enquanto as companheiras de Seleção Brasileira e o técnico José Roberto Guimarães apontavam as falhas na defesa e no bloqueio como causas da derrota para a Itália, no último domingo, a ponteira Mari indicou um outro fator que julga determinante para o tropeço: o fato de o Brasil ter quase sempre corrido atrás das rivais no placar.
"O jogo delas encaixou e o nosso time jogando atrás tem muito mais dificuldades que o normal. Isso acaba abatendo psicologicamente a nossa equipe", admitiu a ponteira, que foi substituída por Paula Pequeno no segundo set, mas acabou voltando à quadra na etapa final.
Diante das italianas, somente no terceiro set o Brasil conseguiu chegar ao primeiro tempo técnico à frente no placar. Foi a única parcial vencida pelo time verde-amarelo.
Analisando tecnicamente o confronto, Mari elogiou o contra-ataque adversário. "Elas nem foram tão bem no bloqueio, nem fizeram tantos pontos assim. O que elas fizeram muito bem foi o contra-ataque, pois amorteciam nossas bolas ou atacavam na 'mão de fora'. Aí, a defesa não conseguia tocar nessas bolas estouradas e elas foram abrindo", destacou.
Os números dão razão a Mari: de acordo com as estatísticas fornecidas pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), a Itália marcou 11 pontos direto no bloqueio, um a menos que o Brasil. O time europeu conseguiu amortecer 22 bolas, contra 18 das donas da casa. Somente em 11 oportunidades, as brasileiras foram capazes de explorar o paredão rival, contra 27 das italianas.
O Brasil volta à quadra na próxima sexta-feira, às 6h30 (horário de Brasília) contra a República Dominicana, em Macau.