Melhor levantadora do Pan, Dani Lins vê antecessoras como desafio

Emily Canto Nunes

Celso Paiva

Direto de Guadalajara (México)

Melhor levantadora dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, Dani Lins preferiu exaltar a conquista do ouro como o fato mais importante, ofuscando a própria premiação individual - a única da Seleção Brasileira, apesar do título conquistado no México. Além disso, a atleta não escondeu que se sente pressionada pela responsabilidade de substituir Fernanda Venturini e Fofão, que tiveram muito sucesso na posição atuando pela equipe nacional.

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"É maravilhoso. Substituir essas duas grandes levantadoras (Venturini e Fofão) não é para ninguém, né!? Não é para qualquer um. E eu e a Fabíola (atual levantadora reserva) estamos aí em uma batalha. A gente sabe que é complicado jogar com as campeãs olímpicas, jogadoras experientes. Mas elas estão ajudando a gente demais. O que é mais maravilhoso é isso: a união do nosso time", resumiu.

Para a jogadora, sem o bom trabalho das outras atletas do Brasil seria impossível conseguir o título de melhor levantadora. "Ganhar o ouro. Isso é o mais importante. E o prêmio individual é devido a muito treino, é devido as meninas passando perfeitamente na minha mão, as atacantes virando bola. É bom sim ganhar um prêmio individual, mas melhor ainda é ganhar o ouro",

Treinador da equipe, José Roberto Guimarães aprovou a atuação de Dani Lins, embora a levantadora tenha caído de rendimento durante o confronto assim como o restante da Seleção. No fim das contas, ele preferiu exaltar a postura da atleta nos momentos decisivos da final.

"A Dani ter ganho o prêmio como a melhor levantadora dá mais confiança a ela. Fico feliz, porque ela passou por uma nova etapa e não comprometeu. Ela se saiu bem, ainda teve uma oscilação, junto a todo o time, mas também se superou. Ela voltou para o jogo, colocou a cabeça no lugar. Fez um quarto set bom e depois um tie-break melhor ainda", disse.

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