Com retorno de Serginho, Lucarelli busca número na Seleção
Um jogador em busca de um número. Esse é Lucarelli, ponteiro titular da Seleção Brasileira masculina de vôlei que vai perder a camisa 10 que usou no último ano. Isso tudo porque Serginho está de volta às convocações. “Não tem conversa. O que o cara pedir é dele. A 10 é dele. Treino com ele todo dia, é meu ídolo e foi uma honra ter usado essa camisa por um ano”, abriu mão um sorridente Lucarelli.
Isso tudo porque Serginho ainda nem começou a treinar. O veterano líbero só se incorpora aos treinos no Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira. Mas será que Lucarelli tem algum outro número de preferência. “Gosto muito da 8. Mas essa é de outro ídolo, o Murilo. Deixa eles escolherem primeiro e depois escolho a minha”, brincou.
Murilo teve uma temporada difícil no Sesi, passou por uma cirurgia e voltou apenas na reta final, ajudando o time a chegar na final da Superliga. “Na verdade eu cheguei na Seleção e ganhei a 8 de presente. De repente o Lucarelli encontra um número que lhe caia bem. Na verdade, o voleibol dele não vai mudar de 10, 3, 11 ou 22”, afirmou colocando fim à polêmica.
Treinos
O começo de trabalho da Seleção que se prepara para a Liga Mundial e para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, começou dividido, com parte dos jogadores em São Bernardo e a outra no Rio de Janeiro. “É até benéfico porque dá para focar mais nos jogadores, você fica mais tempo na quadra. Depois junta porque precisa pensar no coletivo, mas num primeiro momento é bom”, declarou William.
Para Murilo, a primeira semana de trabalho é sempre difícil. “Você passa duas semanas desligado dos treinos, da parte física, pensando na família, correndo atrás dos filhos e a volta é um pouco dolorida, porque é treino físico pesado”, disse. Lucarelli concorda mas diz que desta vez o início de trabalho precisa ser melhor. “Temos que começar mais ligados. Ano passado sofremos muito no início da preparação”, recordou.
Os jogadores convocados por Bernardinho se juntam na próxima semana em Saquarema, no Centro de Treinamentos da CBV. Lá já começam um trabalho separado: parte do grupo que vai ao Pan e parte que vai disputar a Liga Mundial. “Riad está voltando agora e quero vê-lo mais na Seleção, diferentes de outros como Lucão, Éder e Sidão, que teve uma virose e está se recuperando, mas vinham jogando mais. Evandro e Leandro que ainda não chegaram do Japão”, explicou o treinador, que vai trabalhar com uma lista de 14 nomes para a Liga. “Foi uma regra que voltou agora mas que ano que vem volta a ser 12, o que muda até forma como você monta a equipe”, reclamou.