Fábio Mota é reeleito presidente do Vitória com votação histórica no Barradão
Dirigente inicia novo mandato imediatamente e amplia hegemonia da chapa Leão Colossal nas instâncias do clube
O Esporte Clube Vitória definiu neste sábado um novo capítulo de sua história política ao confirmar a reeleição de Fábio Mota para a presidência do clube. O pleito, realizado no Barradão, reuniu milhares de associados e terminou com uma vitória expressiva do atual mandatário, que seguirá à frente da instituição por mais três anos, no período entre 2026 e 2028. A posse é imediata, garantindo continuidade administrativa e esportiva ao trabalho iniciado ainda em 2021.
Representante da chapa Leão Colossal, Fábio Mota teve como companheiro de candidatura o vice-presidente Djalma Abreu. Juntos, eles obtiveram uma margem de votos considerada histórica nos bastidores rubro-negros, superando com ampla vantagem a chapa adversária, Aliança Vitória SAF, encabeçada por Marcone Amaral, que tinha Kito Magalhães como vice. O resultado consolidou um cenário de estabilidade política no clube baiano, algo raro nas últimas décadas.
Com 5.147 votos válidos computados, Fábio Mota alcançou 85,95% da preferência do quadro associativo, enquanto Marcone Amaral ficou com 14,05%. A diferença não apenas assegurou a reeleição, como também estabeleceu o maior percentual já registrado em uma eleição presidencial do Vitória, reforçando o respaldo da atual gestão junto aos sócios aptos a votar.
VITÓRIA CONSAGRA COMUNIDADE ADMINISTRATIVA
Logo após a divulgação oficial do resultado, Fábio Mota celebrou o desfecho do pleito e destacou o simbolismo da votação. Segundo o dirigente, a expressiva vantagem representa mais do que um triunfo eleitoral, mas a validação de um projeto iniciado em um dos momentos mais delicados da história recente do clube. "Esse resultado é a maior vitória da história do Vitória. Nos dá mais força e motivação para continuar no caminho. A verdade prevaleceu", afirmou o presidente reeleito, em tom emocionado.
A eleição deste sábado marcou também um feito inédito em mais de uma década. O Vitória não reelegia um presidente desde 2010, quando Alexi Portela conseguiu a recondução ao cargo. Fábio Mota, por sua vez, assumiu a presidência de forma interina em outubro de 2021, após o afastamento de Paulo Carneiro, sendo efetivado em maio de 2022. Sua primeira eleição direta ocorreu em setembro daquele ano, o que torna este novo mandato um marco de consolidação política.
Derrotado na disputa, Marcone Amaral adotou um discurso conciliador ao comentar o resultado. O candidato da Aliança Vitória SAF colocou-se à disposição para colaborar com o clube, mesmo fora da presidência, e ressaltou que seguirá atuando na vida pública. "Eu me coloco à disposição no que for preciso para ajudar o clube. Em 2026 continuo como deputado estadual. Tenho viagem para o Catar. Se o Vitória quiser que eu ajude, estarei à disposição", declarou.
TRAJETÓRIA POLÍTICA E CONQUISTA NO FUTEBOL
Advogado, historiador e pecuarista, Fábio Mota possui pós-graduação em processo civil e uma carreira consolidada também na gestão pública. Antes de assumir a presidência do Vitória, atuou em três secretarias da Prefeitura de Salvador, passando pelas pastas de Cultura e Turismo, Urbanismo e Transporte, além da Secretaria Municipal de Mobilidade. Essa experiência administrativa é frequentemente apontada por aliados como um diferencial de sua gestão no clube.
No aspecto esportivo, o período sob o comando de Fábio Mota é marcado por resultados relevantes. Em quatro anos, o Vitória conquistou dois acessos nacionais e garantiu duas permanências na Série A do Campeonato Brasileiro, devolvendo protagonismo ao clube no cenário nacional. Entre os principais títulos, destacam-se a conquista da Série B do Brasileiro em 2023 e o Campeonato Baiano de 2024, troféus que ajudaram a reconstruir a confiança da torcida rubro-negra.
A estabilidade administrativa também se refletiu na organização interna do clube. A eleição deste sábado confirmou a hegemonia da chapa Leão Colossal não apenas na presidência, mas também nos conselhos Fiscal e Deliberativo, assegurando maioria confortável para a atual gestão nas principais instâncias decisórias do Vitória.
CONSELHOS REFORÇAM MAIORIA DA CHAPA DE LEÃO COLOSSAL
No Conselho Fiscal, Raimundo Viana, aliado de Fábio Mota, foi reeleito presidente com 78,8% dos votos, tendo Bruno Torres como vice. A chapa adversária, formada por Valmar Sant'anna e Domingos Arjones, alcançou 21,13%. Na composição do órgão, a Leão Colossal garantiu sete membros eleitos, contra dois da Aliança Vitória SAF, ampliando o controle sobre a fiscalização financeira do clube.
Já no Conselho Deliberativo, Nilton Almeida também foi reconduzido à presidência, com 79,49% dos votos, ao lado do vice Nilton Sampaio Filho. A chapa concorrente, liderada por Vagner Reis e Ícaro Argolo, ficou com 20,51%. A distribuição das cadeiras reforçou ainda mais a maioria governista: 119 conselheiros eleitos pela Leão Colossal contra 31 da Aliança Vitória SAF.
Com o resultado das urnas, o Vitória inicia um novo ciclo marcado por continuidade, força política e respaldo associativo. A reeleição de Fábio Mota, somada à ampla maioria nos conselhos, cria um ambiente favorável para planejamento de médio e longo prazo, tanto no futebol quanto na gestão institucional. Para a torcida rubro-negra, o pleito deste sábado sinaliza a aposta na manutenção de um projeto que recolocou o clube em rota de estabilidade e competitividade.