Rincón relembra superação e nega brigas com Edílson em 2000
O auge da carreira de Freddy Rincón coincide com o Mundial de Clubes de 2000. Capitão de uma equipe que marcou época no futebol brasileiro, o colombiano foi o personagem central dos meses anteriores e também dos meses seguintes ao título conquistado no Maracanã há exatos 10 anos.
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Na decisão do Campeonato Brasileiro em dezembro de 1999, contra o Atlético-MG, Rincón tentou ficar dentro de campo, mesmo lesionado. No fim das contas, ajudou o rival, que fez um gol por conta de sua lesão, ainda que insuficiente para tirar o título das mãos do Corinthians. Hoje, curiosamente, o colombiano é auxiliar técnico no mesmo clube.
Logo depois do Mundial de Clubes, Freddy Rincón deixou o Corinthians e assinou com o Santos, abrindo espaço para uma grande polêmica na época. Em entrevista exclusiva ao Terra, ele nega que tivesse problema com outros jogadores do elenco. Luizão, o centroavante do time, é mais específico. "Nosso time era unido, mas às vezes o Rincón, o Edílson e o Marcelinho brigavam".
Confira a entrevista de Rincón na íntegra:
Terra - Quais as lembranças que você tem do Mundial?
Rincón - O que vem na minha cabeça é uma série de coisas que passamos. Não posso deixar de falar de como eu vinha machucado da final do Campeonato Brasileiro contra o Atlético-MG. Me recuperei, foi duro, e mesmo com o gramado pesado por causa da chuva consegui ajudar. Foi a superação para ganhar mais um título.
Terra - Aquela reta final de Corinthians foi o grande momento da sua carreira tecnicamente falando?
Rincón - Acho que confirmou minha boa passagem pelo Brasil. Como volante, confirmei o meu grande momento.
Terra - Logo em seguida, você partiu para o Santos. Como foi aquela saída?
Rincón - Deveria ter sido normal, pela transparência que tive. Acontece que se armou todo um circo porque interessava a algumas pessoas. Mas eu coloquei tudo limpo na mesa.
Terra - Você era muito respeitado no clube. Por que saiu? A proposta financeira era muito superior?
Rincón - Não foi por causa de proposta melhor. Minha ida para o Santos não foi por dinheiro, mas porque eu não suportava algumas coisas que se faziam no Corinthians.
Terra - Falando mais daquele time em campo: qual era o ponto forte?
Rincón - Existia um trabalho coletivo muito importante para nós nos destacarmos individualmente. Muitas daquelas coisas me despertam hoje para tocar minha carreira de treinador.
Terra - Quando se diz que um time vencedor nem sempre precisa ter amigos, aquele Corinthians é citado como exemplo. Como era a relação de vocês?
Rincón - Posso citar aquele o Corinthians, o Palmeiras de 1994...o objetivo é trabalhar em campo e fora tudo se resolvia. A gente não saía para comer juntos, mas tinha gana de vencer.
Terra - Você era brigado com o Edílson?
Rincón - Não tinha problema nenhum com o Edílson, o que acontecia era coisa normal de campo. Fora a gente conversava.