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Da euforia à revolta: torcida do Vasco apoia, mas causa tumulto no fim

22 jun 2023 - 22h58
(atualizado em 23/6/2023 às 08h01)
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O filme se repetiu para o Vasco no reencontro com São Januário após quase 40 dias. Um bom primeiro tempo, com o apoio maciço da torcida, que lotou São Januário. No entanto, à medida em que o jogo avançou e o gol não saiu, os ânimos se exaltaram e arquibancada virou adversário do time. O técnico Maurício Barbieri, como de costume, foi o principal alvo da revolta, com base em suas substituições. Com a derrota para o Goiás, alguns vascaínos atiraram fogos de artifício no gramado e ameaçaram invadir. Mas o policiamento reforçado foi suficiente para conter.

Quando a bola rolou, os torcedores não pararam de gritar por mais de cinco minutos. A dose de incentivo foi grande e parecia que a situação finalmente mudaria com o gol de Andrey, posteriormente anulado. Na saída para o intervalo, aplausos tímidos mostraram que ainda havia paciência. Bastou, porém, Marlon Gomes deixar o campo, aos 13 minutos, para a entrada de Pedro Raul, e os torcedores não perdoaram o treinador cruz-maltino. O meio-campo de 19 era o principal articulador da equipe e demonstrava qualidade no setor ofensivo.

Fogos atirados no campo logo após o fim da partida contra o Goiás – Reprodução/Premiere
Fogos atirados no campo logo após o fim da partida contra o Goiás – Reprodução/Premiere
Foto: Jogada10

Caldeirão em ebulição mais uma vez

A partir daí, gritos de "burro" e "Barbieri, pede para sair" ecoaram em São Januário, acompanhados de muitas ofensas. Sobretudo depois do gol do Goiás. Então, bateu o velho desespero, e o Vasco fez os minutos finais sem esquema tático e vários atacantes correndo em busca de um brecha. Mas, embora tenha finalizado 19 vezes, pouco criou perigo em meio à tanta bagunça. Prevendo o pior, inclusive, parte do público deixou o estádio bem antes do fim da partida. E, de fato, houve problemas que podem custar mandos de campo ao clube.

Primeiro, fogos de artifício, sinalizadores, copos e outros objetos foram atirados no gramado. Alguns torcedores tentaram invadir e quebrar a barreira transparente que serve de alambrado. Além disso, houve empurra-empurra na arquibancada, após o gás lacrimogênio e até balas de borracha da Polícia Militar. Os jogadores vascaínos pularam as placas de publicidade para evitar o contato próximo com os mais revoltados. Ciente de que seria demitido, Barbieri, aliás, foi o último a sair, calado e cabisbaixo. À essa altura, já não havia mais muita gente no estádio.

Carros de jogadores e dirigentes são destruídos

Mas a confusão não se limitou à parte interna do campo. Após o jogo, o clima não era nada melhor nos arredores de São Januário. Torcedores deram a volta por trás da arquibancada e tentaram invadir os vestiários, além da área que dá acesso ao campo. Entretanto, a Polícia Militar agiu rapidamente e dispersou os potenciais invasores mais uma vez.

Na súmula, o árbitro Jean Pierre Gonçalves fez um enorme relato. Além de bombas e dos objetos atirados no gramado, ele escreveu que quebraram o carro de transporte da arbitragem. Além disso, os integrantes do VAR tiveram que sair imediatamente da sala devido ao tumulto.

Se não conseguiram chegar aos vestiários do Vasco, vândalos conseguiram adentrar o estacionamento. Lá, destruíram carros de jogadores e dirigentes e atiraram pedras contra fachada e estruturas do clube. O portão da Rua Francisco Palheta quase foi invadido, mas policiais dispararam com arma de fogo. Nas ruas, mais confronto com a polícia, muitos tiros e cenas lamentáveis típicas de guerra.

Um dos carros quebrados no estacionamento de São Januário – Reprodução
Um dos carros quebrados no estacionamento de São Januário – Reprodução
Foto: Jogada10

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Jogada10
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