Com pensamento na Libertadores, Vasco pega Macaé com time misto
29 mar2012 - 14h02
(atualizado às 14h27)
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O Vasco vai entrar em campo com um time misto neste sábado, às 16h (de Brasília), para enfrentar o Macaé, no Estádio Cláudio Moacyr, em confronto válido pela sexta rodada da Taça Rio. A decisão foi tomada pelo técnico Cristóvão Borges para evitar o desgaste de seus jogadores, uma vez que na próxima terça-feira a equipe tem compromisso pela Copa Libertadores, contra o Alianza Lima, no Peru.
A delegação embarca para a capital peruana no domingo à tarde e a comissão técnica entende que seria um risco usar força máxima no Estadual. "Não vai ter como jogar com o time todo completo contra o Macaé, mas posso assegurar que vamos mandar a campo uma equipe em condições de fazer um bom jogo e lutar pelo resultado positivo", afirmou Cristóvão.
Existe, porém, uma grande preocupação em relação a um possível tropeço contra o Macaé. Isso porque atualmente o Vasco aparece na segunda posição do Grupo B com oito pontos, um a menos que o Bangu. Fluminense e Volta Redonda surgem logo depois com seis pontos.
Desta maneira, em caso de derrota, o Vasco corre o sério risco de deixar a zona de classificação às semifinais. Para piorar, no próximo fim de semana o rival será o Flamengo. "A minha ideia de escalar um time misto realmente era anterior ao jogo contra o Resende (empate por 1 a 1). Sei que são dois jogos decisivos, mas continuo sem poder escalar a equipe completa no sábado", disse Cristóvão.
Apenas nesta sexta-feira pela manhã, Cristóvão deverá definir a escalação que vai enfrentar o Macaé. O treinador vai observar a condição física dos atletas e conversar individualmente com eles. Tudo isso com monitoração para ver quem está mais sujeito a uma lesão.
Provavelmente Juninho Pernambucano ou Felipe serão preservados. Um dos dois deverá começar jogando contra o Macaé, enquanto que o outro será utilizado de início diante dos peruanos. A única certeza é que apenas o goleiro Fernando Prass terá presença assegurada nos dois confrontos.
Campeonato Paulista - Série A2
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Cristovão Borges orienta time do Vasco; treinador usou o time considerado titular na partida contra o Volta Redonda
Genial e genioso. Um dos grandes craques brasileiros das últimas duas décadas se despediu oficialmente dos gramados nesta quarta-feira, na goleada por 9 a 1 sobre o Barcelona, do Equador. Talentoso dentro das quatro linhas e polêmico - inclusive fora delas -, Edmundo colecionou gols, jogadas lindas e títulos durante a carreira. Relembre em fotos os principais momentos do ex-atleta, que defendeu a Seleção Brasileira na Copa de 1998
Foto: Marcelo Sadio/vasco.com.br / Divulgação
Logo em seu primeiro ano como profissional, Edmundo consegue a titularidade do Vasco e até marca oito gols no Campeonato Brasileiro. Contudo, já trocou socos com o flamenguista Júnior Baiano, mostrou sua personalidade explosiva e acabou liberado para negociar com o Palmeiras pelo vice-presidente cruzmaltino, Eurico Miranda
Foto: Getty Images
No time alviverde, vira ídolo logo da torcida, mas se desentende com alguns companheiros de equipe e até com o técnico Vanderlei Luxemburgo. Chegou até a agredir o árbitro José Crisaldo dos Santos, em duelo contra o Vitória, pela Copa do Brasil. No Brasileiro, o atacante se torna fundamental na reta final ao anotar quatro gols em seis jogos, sacramentando o título palmeirense
Foto: Léo Pinheiro / Terra
Em 1994, ganha o apelido de "Animal", mas continua com seus excessos explosivos dentro e fora de campo. Agride André Luís, se desentende com Evair, discute com são-paulinos, dá tapa na cara de Juninho Paulista e agride Euller, ambos do São Paulo. Originou uma briga gigantesca em clássico contra o time tricolor. No Brasileiro, novamente é decisivo para a segunda conquista consecutiva do Palmeiras
Foto: AFP
O "Animal" seguiu intempestivo na temporada seguinte. Agrediu um câmera em partida no Equador, pela Libertadores, e recebeu ordem de prisão no país. Discutiu com diretores palmeirenses que o liberaram ao Flamengo, onde fracassou em ataque com Romário e Sávio
Foto: Marcelo Sadio / Vasco da Gama / Divulgação
No time rubro-negro, fez gestos obscenos aos torcedores vascaínos em clássico e causou uma briga generalizada em partida contra o Vélez Sarsfield, ao dar um tapa e levar um soco no rosto do rival Zandona. Ainda em 1995, foi indiciado por homicídio culposo após bater o carro e três pessoas morrerem
Foto: Marcelo Sadio / Vasco da Gama / Divulgação
Após passagem pelo Corinthians, onde abandonou o clube antes do fim do contrato, retornou ao Vasco para se consagrar campeão brasileiro de 1997 com atuações memoráveis, como quando anotou seis gols na goleada de 6 a 0 sobre o União São João, em São Januário (só não marcou o sétimo por ter perdido um pênalti). Contudo, novamente se envolveu em polêmicas, ao ser expulso em um jogo contra o América-RN, em Natal, chamar o árbitro cearense Dacildo Mourão de "paraíba"
Foto: Gazeta Press
"A gente vem jogar na Paraíba e colocam um paraíba para apitar. Só pode nos prejudicar", disse o jogador, que depois se desculpou e explicou que, no Rio de Janeiro, toda pessoa do Norte é chamada de "paraíba". O episódio gerou muita polêmica na ocasião
Foto: Antonio Lima / Semdej / Divulgação
No mesmo ano, rebolou em decisão do Carioca contra o Botafogo - chegou a se comparar com a dançarina Carla Peres - e agrediu o boliviano Cristaldo em jogo da Seleção Brasileira pela Copa América, após ser provocado pelo adversário
Foto: Getty Images
Quando defendia a Fiorentina, passou a reclamar da reserva e gerou muitas polêmicas. Abandonou o clube na época do Carnaval, viajou ao Rio e desfilou com escolas de samba. Apareceu jogando futevôlei, foi a festas e, após um mês, voltou ao país italiano dizendo que estava arrependido
Foto: Getty Images
Em 1999, de volta ao Vasco após nova polêmica por viagem ao Rio - justamente quando o companheiro de ataque, o argentino Gabriel Batistuta - estava lesionado, passou uma noite preso devido ao acidente de carro que matou três pessoas anos antes. Também faltou em concentração, e prejudicou a equipe no mata-mata do Brasileiro ao ser suspenso. O Vasco sentiu a falta do atacante e acabou eliminado pelo Vitória
Foto: Getty Images
Ídolo absoluto no Vasco, entrou em rota de colisão com Romário e a torcida no ano 2000, ao se revoltar por perder a braçadeira de capitão. No vice-campeonato do Mundial de Clubes, o ex-jogador ficou marcado pelo belíssimo gol sobre o Manchester United. Contudo, meses depois, envolveu-se em polêmicas. Recusou-se a jogar a final do Rio-São Paulo, o time cruzmaltino perde para o Palmeiras e os torcedores se revoltam com ele - foi chamado de "bobo da corte" pelo camisa 11
Foto: Getty Images
Em 2001, após passagem por Santos e Napoli - ambas frustradas -, acerta com o Cruzeiro, mas fica pouco: perdeu pênalti em São Januário, após dizer que não gostaria de marcar gol no Vasco, e acabou demitido do time mineiro
Foto: Getty Images
Em sua quarta passagem pelo Vasco, em 2003, mais uma vez deixa o clube pela porta dos fundos ao se desentender com todo mundo: time, técnico Antônio Lopes, diretoria... O principal ponto foi uma discussão com o meia Marcelinho Carioca, que queria promover cultos religiosos em seu quartos
Foto: Marcelo Sadio / Vasco da Gama / Divulgação
Agora no Fluminense, Edmundo novamente arrumou confusão com todo o elenco e não dura muito na equipe. Briga com o técnico Ricardo Gomes, com o meia Roger e todo o resto do time - que incluía o desafeto Romário - e dá adeus às Laranjeiras
Foto: Getty Images
Após ir parar no modesto Nova Iguaçu e conseguir uma ótima passagem pelo Figueirense, acerta volta ao Palmeiras, onde foi ídolo nos anos 90. Contudo, mais uma vez se desentende com treinadores. Primeiro com Tite, que o substitui diversas vezes - Edmundo chegou a insinuar que o técnico tinha "inveja" dele - e depois com Marcelo Vilar, que comandou a equipe na Libertadores. Com a camisa do time alviverde, Edmundo ultrapassa Zico e se torna o 3º maior artilheiro da história do Brasileiro
Foto: Gazeta Press
Em 2007, após algumas boas atuações com a camisa alviverde, deixa o Palmeiras com a chegada de Vanderlei Luxemburgo. Antes disso, brigou com Wendel em treinamento, chutou o companheiro Vinicius e até arrumou confusão em clássico com o São Paulo após pontapé em Miranda. Contudo, mantém a idolatria com o torcedor ao marcar na acachapante vitória por 3 a 0 sobre o Corinthians
Foto: Gazeta Press
Antes do compromisso de despedida desta quarta-feira, Edmundo havia defendido pela última vez o Vasco em 2008. No pior ano da história do clube de São Januário, o experiente jogador consegue se destacar e terminar com a artilharia do time na campanha do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Porém, o ex-jogador ficou marcado pelo pênalti perdido contra o Sport, que determinou a eliminação da equipe da Copa do Brasil