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Tite e Jorge Jesus protagonizam uma disputa à parte

Jesus não desconsidera a hipótese de treinar um dia o time principal do Brasil

10 mar 2020 - 13h31
(atualizado às 13h32)
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As declarações do técnico do Flamengo, Jorge Jesus, nesta segunda-feira,9, em entrevista ao Jogo Sagrado, do Fox Sports, de que aceitaria um convite eventual da CBF para dirigir a Seleção brasileira certamente não repercutiram bem entre o staff da comissão técnica do time pentacampeão mundial. Faltou um adendo protocolar na fala de Jesus: a de que, hoje, Tite é o comandante da equipe e que não estaria, com sua afirmação, postulando a substituição dele.

Pelo menos é assim a praxe no Brasil quando algum técnico fala sobre a possibilidade de chegar à Seleção nacional.

Jesus não desconsidera a hipótese de treinar um dia o time principal do Brasil. Sabe que seu trabalho no Flamengo tem se destacado e aposta em novos títulos pelo clube até o final da temporada.

O técnico do Rubro-Negro também acompanha o que se passa na Seleção, principalmente por causa dos danos que convocações em excesso podem trazer ao clube. Em razão desse seu interesse, Jesus tem conhecimento de como o técnico Tite deixa claro um certo incômodo quando há comparações entre o desempenho de ambos.

Foto: Andre Melo Andrade/Myphoto Press / Estadão Conteúdo

Não foi à toa, que no final do ano passado, ao ter de responder sobre o futebol vistoso apresentado pelo Flamengo, Tite disse que era ainda cedo para uma avaliação mais precisa do que representava a passagem de Jesus pelo clube carioca. Declarou que só a conquista de títulos poderia avalizar o trabalho do técnico português.

Depois disso, o Flamengo foi campeão brasileiro e da Libertadores e acabou como vice do Mundial, numa partida equilibrada contra o Liverpool.

Na semana passada, durante entrevista após divulgar o nome de 24 convocados para os primeiros jogos do Brasil no ano, Tite voltou a ser questionado sobre o sucesso do Flamengo, em contraponto ao futebol claudicante exibido pela Seleção no final de 2019.

Sem citar o nome de Jesus, Tite então lembrou de Cuca e Muricy Ramalho como ex-campeões da Libertadores, para deixar subentendido que o Flamengo de 2019 não fez nada de excepcional. Ali, mais uma vez, ficou nítida essa disputa silenciosa e discreta, embora Tite já tenha elogiado recentemente o ‘novo’ Flamengo, mas sempre se estender sobre o tema.

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Fonte: Silvio Alves Barsetti
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