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Tênis

Novak Djokovic é acusado de mentir no formulário de entrada na Austrália

Segundo a imprensa australiana, sérvio alega que não viajou nos 14 dias antes de desembarcar no país, mas teria ido à Espanha na semana anterior

11 jan 2022 - 08h44
(atualizado às 08h52)
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Mais uma reviravolta pode estar por vir no caso envolvendo a entrada do tenista sérvio Novak Djokovic na Austrália. Isso porque o atual número 1 do mundo agora é acusado de ter mentido, na última quarta-feira, no formulário de entrada na fronteira, algo que pode ser crucial na decisão do Ministro Federal da Imigração.

Os jornais australianos The Daily Telegraph e Herald Sun relataram nesta terça-feira que oficiais da Força de Fronteira Australiana estão investigando se Djokovic mentiu em seu formulário de entrada no país. O sérvio marcou nele que não viajou e não planejava viajar nos 14 dias anteriores ao seu voo para a Austrália, mas é acusado de ter viajado para a Espanha uma semana antes.

Uma declaração no formulário diz: "Observação: fornecer informações falsas ou enganosas é uma ofensa grave. Você também pode estar sujeito a uma penalidade civil por fornecer informações falsas ou enganosas". Em seu site oficial, o Departamento de Assuntos Internos adverte que fornecer informações falsas ou enganosas ao governo é "uma ofensa grave". O Daily Telegraph informa que ele poderia até ser preso, com pena de 12 meses.

Djokovic voou da Espanha para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no último dia 4 e depois embarcou em um voo para Melbourne no dia seguinte. Só que teria viajado da Sérvia para a Espanha nos 14 dias antes de voar para a Austrália. Vídeos surgiram nas mídias sociais mostrando que ele estava jogando tênis de rua na Sérvia no Natal, em 25 de dezembro, dias antes de ser visto em solo espanhol se preparando para o Aberto da Austrália.

Na última segunda-feira, o tenista se pronunciou pela primeira vez desde que chegou em Melbourne, agradeceu o apoio dos fãs e disse que ainda pretendia disputar o Aberto da Austrália. O pronunciamento veio após uma vitória judicial no país. Ele conseguiu anular a decisão do cancelamento do seu visto na Austrália, por parte do governo do país. O juiz Anthony Kelly, responsável pelo caso, ordenou a libertação imediata de Djokovic da detenção na imigração.

O ministro de Imigração, Cidadania, Serviços a Imigrantes e Relações Multiculturais, Alex Hawke, ainda pode usar seus poderes especiais para cancelar o visto e deportar Djokovic. A decisão deve sair nesta quarta-feira. Até lá, o tenista número 1 do mundo continua com sua programação normal para o Aberto da Austrália. Nesta terça, ele fez mais uma atividade na Rod Laver Arena, com o seu técnico Goran Ivanisevic.

Principal cabeça de chave

Polêmica à parte, nesta terça-feira a organização do primeiro Grand Slam da temporada soltou a relação oficial dos 32 cabeças de chave no feminino e no masculino, com a tenista da casa Ashleigh Barty e Djokovic encabeçando as respectivas listas. O sorteio oficial das chaves acontecerá no Melbourne Park nesta quinta-feira.

Ainda correndo o risco de ser deportado do país, Djokovic foi confirmado como principal favorito entre os homens, seguido do russo Daniil Medvedev, contra quem só poderá cruzar em uma eventual final. Terceiro e quarto pré-classificados, o alemão Alexander Zverev e o grego Stefanos Tsitsipas também não cruzarão com o número 1 do mundo tão cedo e na pior das hipóteses o desafiarão nas semifinais.

No feminino, Barty puxa a tabela seguida da belorussa Aryna Sabalenka, que teve um péssimo começo de temporada, perdendo as duas primeiras partidas que disputou em 2022, somando nelas 39 duplas faltas. A espanhola Garbiñe Muguruza será a terceira favorita e a checa Barbora Krejcikova, a quarta.

Estadão
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