Anderson vence duelo épico no quinto set e vai à final de Wimbledon
O duelo de 6h36 por uma vaga na final de Wimbledon, segundo mais longo da história do torneio, foi também o mais acirrado da temporada na grama londrina. Melhor para o sul-africano Kevin Anderson, que mostrou boa preparação física para vencer John Isner, por 3 sets a 2, nesta sexta-feira. No embate, os atletas provaram porque são considerados bons sacadores e confirmaram serviços difíceis. Apesar da derrota, o norte-americano também não poupou seu melhor tênis no embate que terminou com parciais de 7/9 (8-6), 6/7 (5-7), 6/7 (9-11), 6/4 e 26/24.
Anderson chegou no embate querendo, pelo menos, reeditar o US Open do último ano, quando foi vice-campeão nos Estados Unidos. Ele vinha de jogo de 4h17 em cima de Roger Federer, um dos favoritos para levar a melhor na Inglaterra. Embalado, agora, ele espera quem levar a melhor no duelo entre o atual número um do mundo, o espanhol Rafael Nadal e o dono da 21º colocação no ranking, o sérvio Novak Djokovic. O segundo confronto das semifinais da grama londrina acontece também na tarde dessa sexta-feira.
Apesar da derrota, Isner, dono da partida mais longa do torneio, com duração de 11h05, bateu outro recorde. Ele superou os 212 aces na competição do croata Goran Ivanisevic, conquistado em 2001.
O jogo
Para vencer, Anderson não teve vida fácil. Com um primeiro set impecável dos dois lados e bons saques, nenhum ponto foi cedido. Quem mais sofreu foi Isner, que teve um pouco mais de dificuldade para confirmar o terceiro game. No décimo, Anderson precisava quebrar o rival para fechar o set, mas não conseguiu e o tie-break foi forçado.
No desempate, Isner começou levando a melhor e abrindo vantagem, mas não resistiu à pressão do atual número oito do mundo que, em seguida, igualou. O norte-americano perdeu duas chances de set point, mas, sem quebrar o adversário e não confirmando seu saque, acabou ficando para trás no marcador.
A segunda etapa não foi muito diferente. Com os dois lados confirmando, o tie break voltou a acontecer. Dessa vez, entretanto, foi melhor para Isner, que chegou a anotar cinco pontos consecutivos e, apesar de ter perdido três chances de fechar a parcial, conseguiu igualar o placar.
No terceiro set, foi um ponto de cada lado que fez o desempate acontecer. Com saques fortes dos tenistas, uma chuva de serviços perdidos aconteceu na etapa. Enquanto Anderson perdeu cinco de seus serviços e deixou duas chances de set point passar, Isner, por sua vez, cedeu quatro e não confirmou três oportunidades de set point. Na quarta, entretanto, levou a melhor.
Apesar de equilibrado, a quarta parcial foi a menos apertada. Isner foi quebrado no quinto game, mas, revidou. Ele, entretanto, errou e o sul-africano aproveitou a chance para fazer o quinto set acontecer.
A última parcial voltou a mostrar a vontade de ambos os jogadores de seguirem na disputa. Com saques quase impecáveis e poucos erros, os dois jogadores tiveram dificuldades para quebrar o adversário, mantendo a partida acirrada. Já com dificuldades, os dois lados começaram a errar. Anderson ainda deixou passar quatro chances de break point, deixando tudo igual. Foi apenas no 49º game que Kevin conseguiu superar o adversário, para garantir a vantagem.
Gazeta Esportiva
