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São Paulo versão 2019: como a diretoria planeja o time do próximo ano

Contratos de todos os principais jogadores são de médio e longo prazos; clube vai atrás de lateral-direito e meia

18 out 2018 - 05h11
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Diferentemente do que fez em várias temporadas recentes, o São Paulo não planeja grandes reformulações no elenco para 2019. Os principais jogadores do time têm contratos que terminam, no mínimo, em dezembro do ano que vem, casos de Nenê e Diego Souza. As carências estão na lateral direita e na função de armador, posições que a diretoria pretende reforçar. Falta, é claro, definir a situação do técnico Diego Aguirre, nome preferido pelo diretor executivo Raí para comandar a equipe.

Antes de ir ao mercado, porém, é preciso aguardar a colocação do time no Campeonato Brasileiro. Estar na próxima Libertadores será um atrativo fundamental na hora de negociar com as futuras peças desejadas. Atualmente, o São Paulo ocupa a quarta posição na tabela, o que lhe garantiria vaga direta na fase de grupos do torneio continental.

De qualquer forma, a ideia é trabalhar com a base que já está no clube. Quando assumiu o departamento de futebol, em dezembro de 2017, Raí precisou adaptar o planejamento da atual temporada de acordo com arranjos anteriores. Agora é diferente. Quem chegou já assinou por períodos longos, dentro da lógica de manutenção de elenco. A exceção foi mesmo Aguirre, que desembarcou no Morumbi em março com um acordo válido apenas até o fim de 2018.

Veja até quando vai o contrato das principais peças do elenco tricolor:

Jean - 31/12/2022

Sidão - 31/12/2019

Bruno Peres* - 31/12/2019

Arboleda - 30/6/2022

Anderson Martins - 31/12/2020

Bruno Alves - 31/12/2020

Reinaldo - 31/12/2020

Hudson - 31/12/2019

Jucilei - 31/12/2021

Nenê - 31/12/2019

Diego Souza - 31/12/2019

Everton - 30/6/2021

Rojas - 4/7/2020

Tréllez - 31/12/2021

Gonzalo Carneiro - 31/3/2021

* Emprestado pela Roma-ITA

(Fonte: Transfermarket)

O cenário é bem diferente do visto nos últimos anos, quando o São Paulo fez aquisições por empréstimos curtos e acabou perdendo os jogadores pouco depois. Em 2015, por exemplo, o clube trouxe o zagueiro Dória, do Olympique de Marselha, que chegou em fevereiro e acabou indo embora em julho. Em 2016, o mesmo aconteceu com o atacante Calleri e com o zagueiro Maicon. Em todos esses casos, o clube serviu de vitrine para os atletas, que foram bem e favoreceram os donos de seus direitos na hora de inflacionar a oferta de venda. Maicon, por exemplo, virou xodó da torcida, que pressionou a diretoria tricolor. Emparedada, ela acabou gastando mais de R$ 20 milhões para ficar com ele em definitivo.

Lateral e meia são posições que preocupam o São Paulo

As nove partidas restantes do Brasileirão servirão também para a diretoria avaliar se é o caso de emprestar algumas dessas peças que não estejam rendendo o esperado. Já as prioridades na hora de ir às compras serão a lateral direita e o meio-campo, mais especificamente na função da armação.

Para esta última, a ideia é ter um substituto à altura de Nenê. Shaylon está bem abaixo do nível esperado e outras opções, como Everton Felipe, não têm as mesmas características do camisa 10. O problema ficou evidente agora, que o jogador está em baixa junto com a equipe. Aguirre se viu sem alternativas, tanto que tem substituído o seu armador por atacantes, e não meias, nos últimos jogos.

Já na lateral, Bruno Peres se tornou opção única desde que o clube rescindiu o contrato de Régis, no início do mês, por problemas pessoais enfrentados pelo jogador. Contra o Atlético-PR, por exemplo, no próximo sábado, o treinador uruguaio terá de recorrer a um volante (Araruna ou Hudson) ou um zagueiro (Rodrigo Caio) para suprir a ausência do titular, que está suspenso. Neste ano, alguns nomes já foram especulados, casos de Yago Pikachu (Vasco), Michel Macedo (Las Palmas-ESP) e Jorge Moreira (River Plate-ARG).

Estadão
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