De acordo com o jornal italiano Gazzetta dello Sport, além do Milan, o São Paulo também pode ser o próximo clube de Kaká. O jogador solicitou a transferência ao Real Madrid, mas caso não tenha destino definido até a segunda-feira pode permanecer na Espanha. Dessa forma, o retorno ao futebol brasileiro seria a hipótese mais viável para 2014.
Ao jornal italiano, o vice de futebol são-paulino, João Paulo de Jesus Lopes, admitiu estudar a situação. O dirigente lembrou a possibilidade de utilizar investidores para pagar parte dos salários de Kaká, que recebe 5 milhões de euros (R$ 15 milhões por ano) no Real Madrid. Para deixar o clube espanhol, ele já admitiu reduzir seus vencimentos.
Ainda assim, o Milan é tido como a possibilidade mais provável para a próxima temporada de Kaká, segundo a própria Gazzetta. O clube italiano teria recebido aval do Real Madrid para fechar a operação a custo zero, apenas pelo acerto salarial. Manchester United e Arsenal correm por fora e consideram a chance de um empréstimo, de acordo com o inglês Daily Mail.
Após quatro temporadas de problemas físicos, muito tempo no banco de reservas e pouco brilho, Kaká enfim pediu para deixar o Real Madrid. Melhor jogador do mundo em 2007, o brasileiro nunca conseguiu repetir seu auge do Milan defendendo o clube espanhol, que o contratou por 68 milhões de euros. Mas ele não está sozinho na lista: confira outros 30 atletas que fracassaram ou foram abaixo das expectativas com a camisa do Real
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Juan Esnáider (1991-93 e 1995-96): O atacante argentino conseguiu a proeza de fracassar duas vezes no Real Madrid. Após ser comprado do Ferro Carril Oeste e brilhar pelo time B merengue, Esnáider foi um fiasco na equipe principal. Cedido ao Zaragoza, foi artilheiro da Recopa Europeia vencida pelo time espanhol em 1995. O Real se convenceu e comprou Esnáider de volta pagando o dobro, mas ele fez apenas um gol na temporada 1995/96 e voltou a sair pela porta dos fundos do Bernabéu
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Freddy Rincón (1995-96): Meio-campista que marcou época no Corinthians, Rincón foi levado ao Real Madrid pelo então técnico Jorge Valdano, mas foi um fracasso no time espanhol. O colombiano não teve boas atuações e chegou até a sofrer insultos racistas de parte da torcida madrilena. Com a saída de Valdano do comando da equipe, Rincón seguiu o mesmo caminho, transferindo-se para o Palmeiras em 1996
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Dejan Petkovic (1995-97): Ídolo do Flamengo, o sérvio teve uma passagem tenebrosa pelo Real Madrid. Comprado em dezembro de 1995, ele ficou apenas um mês no clube e foi emprestado para o Sevilla até o meio de 1996. De volta ao Real, Pet não conseguiu se firmar com Fabio Capello e ficou no banco de jogadores como Seedorf, Raúl e Mijatovic. Foi novamente emprestado, para o Racing Santander, e depois vendido ao Vitória
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Zé Roberto (1997-98): Zé Roberto foi para o Real no início de 1997 na maior transação envolvendo um lateral brasileiro até então, mas teve poucas chances na equipe espanhola. Pouco aproveitado e atuando às vezes entre os reservas, ele ainda ajudou o time a ser campeão nacional no meio do ano, mas não teve vida longa no clube e voltou ao Brasil para defender o Flamengo, em 1998, e manter suas chances de disputar a Copa do Mundo
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Robert Jarni (1998-99): Ala esquerdo veloz e habilidoso da seleção croata que chegou em terceiro na Copa de 1998, Jarni fez apenas uma temporada pelo Real Madrid - e fracassou. Sem se firmar entre os titulares, marcou apenas um gol pela equipe merengue e saiu no fim da temporada para defender o Las Palmas, da segunda divisão espanhola
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Nicolas Anelka (1999-00): Contratado como astro junto ao Arsenal em 1999, Anelka até começou bem no Real Madrid, com gols e boas atuações. Porém, problemas extracampo e indisciplina com o treinador Vicente del Bosque rapidamente prejudicaram sua permanência no clube - ele chegou a ser suspenso por se recusar a treinar. Ainda se recuperou no fim da temporada e foi importante na reta final do título da Liga dos Campeões, mas saiu para o PSG logo depois
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Michael Owen (2004-05): Já sofrendo com as lesões que marcaram toda sua carreira, Owen trocou o Liverpool pelo Real Madrid em 2004 para brigar por títulos importantes. Porém, foi reserva durante toda a temporada e não cativou a exigente torcida madrilena com seu jogo baseado em velocidade e oportunismo. Apesar de ter feito gols importantes pelo Real, não durou mais que uma temporada e foi vendido para o Newcastle. Ironicamente, o Liverpool, sem Owen, foi campeão europeu em 2005
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Walter Samuel (2004-05): Contratado junto à Roma para ser a solução da frágil defesa do time "galáctico" do Real Madrid, o argentino Samuel foi mais um da lista de fiascos do clube. Com pouca proteção do meio de campo, o zagueiro ficou exposto e somou uma má atuação atrás da outra em 2004/05. No fim da temporada, voltou ao futebol italiano, para a Inter de Milão, onde até hoje é um dos principais nomes da defesa
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Jonathan Woodgate (2004-06): Um dos jogadores que mais sofreu com lesões ao longo da carreira, Woodgate também foi contratado para melhorar a qualidade defensiva do Real Madrid. Quando conseguiu jogar, o zagueiro inglês foi bem e ganhou elogios na Espanha - a exceção foi a estreia, quando ele fez um gol contra e foi expulso. O problema é que ele ficou uma temporada inteira lesionado e, quando estava bem, repetidas contusões impediam que ele tivesse sequência
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Robinho (2005-08): O brasileiro foi contratado do Santos em 2005 com status de futuro melhor jogador do mundo, mas nunca atingiu seu potencial. Com a camisa 10, Robinho fez uma boa primeira temporada, mas caiu de produção com Fabio Capello. Voltou a jogar bem sob o comando de Bernd Schuster e foi importante no título espanhol de 2008, mas entrou em atrito com a diretoria, que queria usá-lo como moeda de troca para comprar Cristiano Ronaldo, e forçou a saída para o Manchester City
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Pablo García (2005-06): Contratado durante o período em que Vanderlei Luxemburgo era o técnico do Real Madrid, o uruguaio durou apenas uma temporada no time merengue. Único volante de marcação do elenco, ele foi titular durante boa parte de 2005/06, mas não convenceu o técnico Fabio Capello para a temporada 2006/07 e acabou cedido ao Celta de Vigo
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Carlos Diogo (2005-06): O lateral direito foi comprado pelo Real junto ao compatriota uruguaio Pablo García - e, assim como o volante, durou só uma temporada no Santiago Bernabéu. Sem nunca ter se firmado como titular absoluto da equipe, Diogo não conquistou a torcida ou a diretoria, e foi para o Zaragoza no meio de 2006
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Thomas Gravesen (2005-06): Após se destacar como um meio-campista que mais atacava do que defendia no Everton, o dinamarquês foi comprado pelo Real Madrid para atuar em uma função completamente diferente: a de primeiro volante, fincado à frente da defesa. Até começou bem, mas seu estilo duro de jogar não agradou à torcida e ele foi para a reserva. Depois de brigar com Robinho em um treino e se desentender com Capello, foi para o Celtic no fim da temporada
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Júlio Baptista (2005-06 e 2007-08): Após duas temporadas de destaque pelo Sevilla, o meia-atacante foi comprado pelo Real Madrid e passou longe de repetir as boas atuações. Muitas vezes atuando fora de posição, aberto pelos lados, foi emprestado para o Arsenal no fim da temporada. Quando voltou, teve passagem melhor e chegou a marcar o gol decisivo em uma vitória por 1 a 0 sobre o Barcelona. Porém, voltou a cair de rendimento e acabou vendido à Roma
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Cicinho (2006-07): O lateral direito começou bem na capital espanhola e foi campeão nacional em 2007, mas uma grave lesão no joelho o deixou seis meses longe dos gramados. Quando voltou, o técnico Bernd Schuster preferiu usar Michel Salgado ou Sergio Ramos em sua posição. Irritado com as poucas chances de jogar, pediu para sair e foi vendido à Roma pouco depois
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Antonio Cassano (2006-07): Cassano foi contratado junto à Roma já com uma extensa reputação de ser um jogador mimado e baderneiro. Teve um começo promissor no Real Madrid, mas logo os problemas de sempre apareceram: o atacante ganhou peso e passou a ser chamado de gordo na Espanha, sendo multado por cada grama extra. Depois, ainda discutiu com Capello, teve atos de indisciplina e foi "chutado" do clube em 2007, emprestado à Sampdoria
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José Antonio Reyes (2006-07): Meia-atacante que surgiu como grande promessa no Sevilla e não cumpriu seu potencial, Reyes passou uma temporada emprestado ao Real Madrid e deixou poucas saudades. Após uma campanha irregular, marcada mais pelas más atuações do que pelas boas, o jogador não renovou e partiu para o rival Atlético de Madrid. Mas uma coisa serviu de consolo: Reyes saiu do banco para fazer os dois gols da vitória sobre o Mallorca, que garantiu o título espanhol de 2007
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Emerson (2006-07): O raçudo volante brasileiro brilhou em duas temporadas na Juventus e seguiu o técnico Fabio Capello para o Real Madrid em 2006. Na Espanha, porém, fracassou: com más atuações e desentendimentos com o treinador italiano, ele chegou a anunciar o desejo de deixar o clube no meio da temporada. Ainda conseguiu se recuperar e fez boas partidas em 2007, mas acabou dispensado no meio do ano ao lado do "rebelde" Cassano
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Fabio Cannavaro (2006-09): Melhor jogador do mundo em 2006, o zagueiro italiano não foi um fiasco completo e jogou bem em sua primeira temporada, tendo sido campeão espanhol. Mas, já na casa dos 34 anos, o declínio físico começou a aparecer. Sofrendo contra atacantes rápidos e longe de dar segurança à defesa do Real Madrid, Cannavaro fez uma segunda temporada irregular (apesar de novo título nacional) e uma terceira muito ruim, voltando à Juventus em 2009
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Wesley Sneijder (2007-09): Contratado como promessa junto ao Ajax, Sneijder foi um caso de talento desperdiçado pelo Real Madrid. Muitas vezes atuando aberto pela direita ou recuado no meio de campo, ele não foi mal em suas duas temporadas na equipe espanhola, mas passou longe de ser o destaque que prometia. Saiu "escorraçado" em 2009 e, na temporada seguinte, foi campeão europeu pela Inter de Milão e artilheiro da Copa com a Holanda em sua posição preferida, de meia ofensivo
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Arjen Robben (2007-09): Outro grande nome do futebol atual, Robben também saiu pela porta dos fundos do Real Madrid. O ponta holandês foi contratado junto ao Chelsea e jogou bem em suas duas temporadas pelo clube espanhol, sendo titular sempre que os problemas físicos não o incomodavam. Com as contratações milionárias de Cristiano Ronaldo e Kaká, porém, ele foi "forçado" a deixar o clube em 2009, segundo ele próprio, e saiu para brilhar no Bayern de Munique
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Javier Saviola (2007-09): Uma das grandes promessas não cumpridas do futebol, Saviola teve passagem quase anônima pelo Real Madrid. Limitado a jogos da Copa do Rei e algumas esporádicas aparições no Espanhol e na Liga dos Campeões, o argentino fez apenas 28 jogos em duas temporadas, marcando cinco gols. Saiu para o Benfica em 2009
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Gabriel Heinze (2007-09): Defensor de recursos técnicos limitados, Heinze foi outro a ter passagem discretíssima pelo Real Madrid. Em duas temporadas, nunca foi unanimidade com a torcida e muitas vezes ocupou o banco de reservas, mas sua polivalência por atuar na zaga e na lateral rendeu 44 jogos em dois anos com a camisa branca. Deixou a equipe em 2009 rumo ao Olympique de Marselha
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Royston Drenthe (2007-10): Promessa no Feyenoord, Drenthe chegou como aposta no Real Madrid e rapidamente viu sua posição pela esquerda ser ocupada pelo brasileiro Marcelo. Com poucas chances de jogar, chegou a ter problemas de ansiedade ao ser vaiado pela torcida. Depois de pouco aparecer na temporada 2009-10, foi cedido ao modesto Hércules
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Christoph Metzelder (2007-10): Outra das apostas do Real Madrid para fortalecer o setor defensivo, o alemão sofreu com lesões e nunca conseguiu uma boa sequência como titular da equipe espanhola. Conseguiu uma série de 11 jogos - seu recorde - graças a uma suspensão de dez partidas de Pepe, mas não renovou contrato e saiu em 2010
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Fernando Gago (2007-2011): Contratado para ser o novo Fernando Redondo, Gago decepcionou no Real Madrid e nunca foi o jogador que prometia ser quando surgiu no Boca Juniors. O volante argentino teve boas participações, principalmente na temporada 2007/08, mas não se firmou como titular na sequência, e jamais teve chances com José Mourinho
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Rafael van der Vaart (2008-10): Mais uma promessa holandesa que não deu certo no Real Madrid. Van der Vaart chegou em 2008 após excelentes temporadas no Hamburgo e teve uma boa primeira temporada com a camisa do time espanhol. Na temporada seguinte, porém, chegou a ficar sem número de camisa, já que o clube queria negociá-lo. Acabou ficando, fez um ano sem brilho e deixou o Bernabéu em 2010
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Julien Faubert (2009): Uma das contratações mais bizarras da história do Real Madrid, o meia e lateral francês chegou ao Real no meio da temporada vindo do modesto West Ham, por empréstimo. Faubert faltou a um treino achando que era dia de folga, foi flagrado dormindo no banco de reservas durante uma partida e deixou o Bernabéu após apenas dois jogos disputados
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Klaas-Jan Huntelaar (2009): Artilheiro do Ajax, Huntelaar teve uma passagem de apenas seis meses pelo Real Madrid. Apesar de ter feito um número razoável de gols - foram oito em 20 jogos - o centroavante holandês também perdeu várias oportunidades claras de marcar, e não convenceu a torcida. Foi embora após não ser inscrito na Liga dos Campeões, já que o Real preferiu o volante Lass Diarra
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Nuri Sahin (2011-12): Volante talentoso e habilidoso, o turco se destacou no Borussia Dortmund e foi comprado por seis temporadas pelo Real Madrid de José Mourinho. Mas sofreu com lesões e nunca conseguiu virar titular no Santiago Bernabéu. Após uma temporada apagadíssima, com poucos jogos, foi emprestado ao Liverpool, e hoje está de volta ao Dortmund, também por empréstimo