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São Paulo chega a 11 jogos sem marcar no Brasileirão

14 out 2016 - 08h03
(atualizado às 10h59)
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A situação do São Paulo no Campeonato Brasileiro já deixou de ser incômoda e é muito preocupante dentro do clube. O temor com a proximidade à zona de rebaixamento a oito rodadas do fim da competição é grande. Antes, dirigentes, comissão técnica e jogadores evitavam assumir essa condição e se mostravam confiantes em uma reação. Mas, depois da série de cinco jogos sem vitória, completada nesta quinta-feira diante de uma derrota para o Santos, no Pacaembu, o clima é outro. E, na busca por uma resposta, sobrou para os atacantes.

A parcela de culpa do setor para a crise tricolor se tornou unanimidade. Ninguém mais consegue negar que a ineficiência ofensiva tem custado caro e é o que precisa ser corrigido para que o São Paulo consiga se livrar de vez do risco de jogar a Série B na próxima temporada.

Como seu time, o atacante argentino Chávez amarga seca de gols
Como seu time, o atacante argentino Chávez amarga seca de gols
Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

"Se for analisar quantos gols nós perdemos desde o jogo do Flamengo, desde o jogo com Coritiba, Atlético-PR…Nosso problema realmente é a força ofensiva, que por conta da saída de grandes jogadores que nós tínhamos é o setor que mais sente. A defesa está arrumada e falta realmente o poder de fogo no ataque", comentou Marco Aurélio Cunha, executivo de futebol do clube, depois de revés em um clássico que os são-paulinos não podem reclamar de falta de oportunidade.

A equipe de Ricardo Gomes teve mais posse de bola que o Peixe (52% a 48%) nesta quinta e finalizou 15 vezes a gol. Porém, apenas cinco tentativas acertaram o alvo. Dez chutes saíram sem direção. Ainda foram 32 cruzamentos à área, mas 25 equivocados, além de nove escanteios.

Os números mostram o domínio do São Paulo no clássico, mas só escancaram ainda mais a dificuldade em ser efetivo. "Quem não faz, toma. Uma equipe grande como o São Paulo, na zona (de rebaixamento), é difícil. A pressão já é grande quando está em cima, imagina embaixo", comentou o capitão Maicon. "Tem hora que nem tem mais desculpas. As coisas simplesmente não acontecem", lamentou Hudson. "Jogamos bem, mas a bola não está entrando", completou o goleiro Denis.

O São Paulo não marcou gols em 11 dos 30 jogos que fez até aqui no Brasileirão e tem o terceiro pior ataque do campeonato com 28 gols marcados. Apenas América-MG e Figueirense são piores nesse quesito. Chavez e Cueva são os artilheiros do time no nacional com cinco gols cada.

O argentino, porém, depois de empolgar com um início arrasador, vive uma seca de sete jogos sem balançar as redes. Nesta quinta, o camisa 9 desperdiçou uma chance incrível no segundo tempo e aumentou ainda mais a pressão sobre si e sobre o setor em que é referência, já que dos outros atacantes do elenco, apenas Kelvin marcou gol, e mesmo assim apenas um no Brasileiro.

Com isso, Ricardo Gomes já deixou claro que pretende mexer no setor. Robson, que iniciou o clássico com o Santos e foi bem, deve ganhar nova oportunidade contra o Fluminense, na próxima rodada. Outro que pede passagem é Jean Carlos. O meia foi elogiado pelo treinador mesmo tendo atuado poucos minutos do segundo tempo no San-São e não será surpresa vê-lo em campo no Rio de Janeiro. Wesley, hostilizado pelo torcida, um dos volantes (Thiago Mendes e Hudson) e até mesmo Kelvin correm risco de perder uma vaga entre os titulares. Apesar da má fase, por ora, dificilmente Chavez deixará de ser o centroavante.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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