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Santos e Jorge Sampaoli: Um casamento em crise

21 mar 2019 - 16h13
(atualizado às 16h13)
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Sensação do Paulista nas primeiras rodadas, o Santos parecia ter retomado o rumo das grandes vitórias com a contratação do técnico argentino Jorge Sampaoli. Atuações convincentes, no entanto, passaram a se alternar com o desempenho irregular do time.

Mesmo com uma equipe mesclada com reservas, é difícil explicar para seus torcedores a goleada sofrida na noite dessa quarta (20) para o Botafogo, em Ribeirão Preto. O placar de 4 a 0 salta aos olhos dos santistas como um alerta. Não foi o primeiro revés do Santos no ano, o que já sinaliza um início de desgaste para Sampaoli.

O técnico Jorge Sampaoli, do Santos, durante treino realizado no CT Rei Pelé, em Santos-SP
O técnico Jorge Sampaoli, do Santos, durante treino realizado no CT Rei Pelé, em Santos-SP
Foto: Guilherme Dionízio / Estadão

Sem entrar no mérito do desastre diante do Botafogo, Sampaoli foi direto e objetivo em suas críticas à diretoria do clube após a partida. Cobrou o acerto do salário dos jogadores, que ainda não receberam pelo mês de fevereiro. Mais do que isso, disse que devolveria o seu pagamento até que a situação fosse solucionada. A atitude certamente vai lhe angariar simpatia entre a equipe, mas é desafiadora para os dirigentes. De personalidade forte, Sampaoli não está preocupado com essa repercussão.

Para a diretoria, criou-se um problema urgente - pagar seus funcionários em dia ou se ver diante do risco de perder aquele que foi o maior reforço do futebol do clube para 2019.

O que torna essa história mais complicada é a falta de consistência do time, detectada já no primeiro grande tropeço (ou vexame?) do Santos em 2019 - a goleada sofrida para o Ituano (5 a 1), em Itu, no começo de fevereiro. Um acidente de percurso, alegaram alguns comentaristas após aquele jogo. Mas, o que dizer da precoce eliminação na Copa Sul-Americana, com dois empates (0 a 0 e 1 a 1) contra o River Plate genérico, do Uruguai?

Ainda havia desculpas para justificar essas quedas, pois o Santos se mantinha como líder geral em pontos do Paulista. O problema é que o Novorizontino veio ao Pacaembu e aprontou uma armadilha para o adversário - venceu por 1 a 0, na penúltima rodada. Para finalizar a fase de grupos do Estadual, havia o jogo com o Botafogo e aí deu no que deu. Resumindo, em poucos dias, o time de Sampaoli perdeu a vantagem de ser o primeiro de seu grupo e agora vai decidir vaga para a semifinal com o Red Bull, cuja segunda partida será disputada fora de casa.

Não custa lembrar que, em 2018, Jair Ventura começou a sofrer seu processo de fritura no Santos durante o Paulista. A crise política,  administrativa e financeira do clube ainda está em evidência e isso aumenta a exigência por resultados a curto prazo. Resta ao técnico campeão da Copa América de 2015, pela Argentina, fazer todo esforço possível para, ao menos, levar a equipe à final do Paulista. E, por outro lado, que os dirigentes se virem para deixar os salários em dia. Caso contrário, o casamento pode acabar.

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Fonte: Silvio Alves Barsetti
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