PUBLICIDADE
Logo do Santos

Santos

Favoritar Time

Sampaoli cita Bolívia e nega ser contra Bolsonaro na Vila

Apoiador de Cristina Kirchner, técnico tem orientação política contrária à do presidente brasileiro

16 nov 2019 - 21h07
(atualizado em 17/11/2019 às 09h47)
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: Wilian Oliveira / Futura Press

Com posições políticas e ideológicas opostas às do presidente Jair Bolsonaro, o técnico argentino Jorge Sampaoli negou que tenha sido contrário à presença do político na Vila Belmiro para assistir ao clássico entre Santos e São Paulo, que terminou em 1 a 1, neste sábado, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Peronista declarado e identificado com o kirchnerismo - já chegou a declarar voto tanto em Néstor quanto em Cristina Kirchner, ex-presidentes da Argentina - Sampaoli foi militante contra a ditadura na Argentina e tem uma posição política muito diferente da de Jair Bolsonaro. No entanto, o treinador santista defendeu a presença do presidente brasileiro no estádio, citando a democracia e o direito de ir e vir.

"Isso é democracia. O presidente tem direito de ir aonde quiser, não sei o que pensam de achar que posso impedir a presença de alguém, seria uma falta de respeito", afirmou em entrevista coletiva após o jogo. "Sobre pensamentos políticos, eu prezo por defender a democracia. Eu vivi a ditadura no meu pais, nunca seria alguém que não defende isso (democracia) e isso é defender que qualquer um pode ir aonde quiser. Veja o que acontece na Bolívia, que a democracia está debilitada", emendou.

Torcedor do Palmeiras, Bolsonaro assistiu ao jogo no camarote do presidente José Carlos Peres e vestiu a lendária camisa 10 do Santos, personalizada com o seu nome. Ele dividiu os torcedores na Vila Belmiro, de modo que ouviu um misto de vaias e aplausos ao chegar ao estádio.

Sobre o jogo, Sampaoli lamentou as chances desperdiçadas, especialmente quando a equipe vencia a partida, e também se mostrou insatisfeito com a falta de contundência de seus comandados. No entanto, elogiou a intensidade do time e considerou o Santos mais perigoso que o rival tricolor.

"Jogamos como sempre, tivemos muitas chances, mas faltou ser contundente e essa falta pesa em rivais que ainda estão vivos", analisou. "Acho que no segundo tempo deixamos de ser protagonistas, mas as chances de gol foram mais claras pra gente do que para eles. Mas claro, eles fizeram o gol e com a bola jogaram muito bem, é um a característica do time, dos jogadores. Creio que tanto no primeiro tempo como no segundo tempo, antes do gol deles, tivemos chances de matar a partida. Everson praticamente não teve muito como atuar", completou o técnico.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade