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Nova eleição no Santos tem consequências polêmicas; relembre

13 dez 2014 - 07h00
(atualizado às 11h36)
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<p>A urna da discórdia; seguranças retiram objeto alvo de fraude</p>
A urna da discórdia; seguranças retiram objeto alvo de fraude
Foto: Ricardo Saibun / Gazeta Press

O mais novo e recente capítulo da polêmica disputa política no Santos deve ser encerrado neste sábado. O pleito, que ocorre das 10h às 18h (de Brasília), na Vila Belmiro, em Santos, e na Federação Paulista de Futebol, em Sâo Paulo, e envolve cinco candidatos, enfim, caminha para um desfecho. O Terra relembra como foi a última semana do clube após as acusações de fraude que levaram ao adiamento da escolha do novo presidente pelos próximos três anos.

Os candidatos são: Nabil Khaznadar (Avança, Santos), José Carlos Peres (Santos Vivo), Fernando Silva (Mar Branco), Orlando Rollo (Pense Novo) e Modesto Roma (Santos Gigante).

A culpa foi do...

Ainda no mesmo dia, o presidente do Conselho Deliberativo e da assembléia eleitoral do Santos, Paulo Schiff, convocou uma entrevista em caráter urgente para explicar os desdobramentos do adiamento da eleição.

O encontro foi feito todo ao lado do sócio responsável pela empresa das urnas eletrônicas, Otaviano Galvão Neto, que assegurou que os problemas na votação foram detectados por uma falha em um equipamento, o suíte 1, e que ainda no mesmo dia conseguiria reestabelecer a votação, mas que o contexto de pressão levou a opção pelas cédulas de papel que, posteriormente, ocasionaram o adiamento devido a suspeita de fraude de um dos mesários.

Otaviano ainda afirmou ter feito mais de 27 eleições só no rival Palmeiras, além de ter implementado no País a utilização do processo em eleições presidenciais.

Clube bate o pé

Depois de já no domingo se reunir com representantes dos grupos políticos dos cinco candidatos à presidência, o Santos anunciou na segunda, após novo encontro, a opção pelas urnas eletrônicas, que iniciaram os problemas na votação de sábado. Dois dos cinco candidatos, Modesto Roma e Orlando Rollo, discordaram da utilização das mesmas e um deles recorreu judicialmente.

No dia seguinte, Paulo Schiff argumentou que ouviu todas as frentes, mas que essa era uma decisão do clube para cumprimento do artigo 37 do estatuto social do clube que diz que "preferencialmente devem ser feitas em urnas eletrônicas"e só na impossibilidade com cédulas de papel.

Mesário culpado é suspenso

Outra medida anunciada no encontro de segunda foi a suspensão preventiva de 30 dias do conselheiro José Ananias da Silva, 73 anos, indicado na eleição pela situação política do clube para o processo eleitoral. O conselheiro foi acusado pelos presentes de depositar dois votos na urna 7 e foi imediatamente substituído. Posteriormente, Schiff anunciou o adiamento do pleito.

"Deveria ter saído algemado no momento, 30 dias é muito pouco para quem manchou de lama a história do Santos. Só lamento que quatro candidatos tenham DNA da atual gestão. Gestão que não tem competência para organizar a eleição e punir os culpados", criticou o candidato Modesto Roma.

Ananias foi afastado da eleição e ainda terá, posteriormente, a ação julgada pelo Conselho podendo, até mesmo, perder o título de associado. De acordo com o Santos, ele "terá direito a ampla defesa, mas precisará explicar diante de todos o seu ato".

Candidato fora?

O canditado Modesto Roma voltou a se manifestar sugerindo, também, a retirada da candidatura de Nabil Khaznadar, nome lançado pelo grupo situacionista ao pleito por ter o nome de sua chapa envolvida. Paulo Schiff negou, dizendo não ter recebido nenhum pedido de impugnação do candidato e que se tratava de um fato isolado.

As mudanças

Na terça-feira, o clube, enfim, anunciou que mudaria o local da votação dentro da Vila Belmiro. O pleito, que tradicionalmente sempre ocorreu no Salão de Mármore, foi transferido para o ginásio de futsal. A decisão, como sempre, não agradou à todos os envolvidos. Um deles citou, inclusive, que temia pelas condições de segurança e acreditava que existia a necessidade de um laudo do Corpo de Bombeiros.

Além disso, para evitar transtornos, o clube anunciou como medida a instalação de todos os cabos das urnas de forma aérea, para evitar contato direto dos associados e envolvidos.

Recurso negado

O candidato Orlando Rollo, que foi à Justiça para que fosse feita a votação por meio de cédulas de papel, teve na quinta o seu pedido de recurso negado. No despacho, o juiz definiu que "não há fundamento para concessão de tutela antecipada" e afirmou que "o Conselho Deliberativo tem autonomia e soberania para conduzir o processo eleitoral" descrevendo que "a pretensão está embasada em suposições".

Rollo foi quem iniciou o processo de denúncia contra o mesário José Ananias da Silva, no último sábado.

Salários pagos? Só dos funcionários

Na sexta, veio à tona que o clube, enfim, quitou os atrasados, mas somente o quadro de funcionários, que não recebiam desde o último dia 5. O pagamento foi feito na quinta-feira acompanhado, também, pelo 13º salário dos mesmos. Ao elenco, a diretoria entrega o bastão para a próxima gestão com dois meses em CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e dois de direitos de imagem atrasados. Os atletas seguem sem previsão para receberem.

Veja quem são os cinco candidatos e quais as suas principais propostas:

José Carlos Peres (Santos Vivo): tem 66 anos, executivo do G4 Paulista, trabalhou diretamente e indiretamente nas gestões dos dois últimos presidentes, Luis Álvaro Ribeiro e Marcelo Teixeira. Entre os seus principais planos, tentará o fim do Comitê Gestor, que em sua admistração dará lugar a um Conselho Administrativo, com menos poderes, e acredita não só que conseguirá manter Robinho, a quem diz "se pagar", mas como conseguir trazer até mais "um ou dois jogadores como o Robinho". Veja aqui a entrevista completa

Nabil Khaznadar: (Avança, Santos): tem 56 anos, empresário de sucesso no ramo têxtil e da moda, foi o escolhido pela atual gestão para o projeto de recuperar o "barco abandonado" por antigos apoiadores. Entre os seus principais planos, promete que só contratará jogadores "para resolver", abolindo os acertos por meio de DVD, e assegura que terá o reconhecido empresário Celso Loducca, da agência Loducca, como o responsável pelo marketing que voltará a gerar as receitas tão esperadas nos últimos anos. Veja aqui a entrevista completa.

Orlando Rollo (Pense Novo Santos): tem 36 anos, policial e ex-vice-presidente regional da Federação Paulista de Futebol, mas alega, apesar da pouca idade, ter quase o mesmo tempo de dedicação ao clube dos rivais. Entre os seus principais planos está a Vila nos moldes das novas arenas, mas com a volta do formato alçapão, pondo fim a elitização com os camarotes térreos. O candidato ainda deixa claro que não manterá o técnico Enderson Moreira. Veja aqui a entrevista completa.

Modesto Roma Júnior (Santos Gigante): tem 61 anos, filho do ex-presidente Modesto Roma, esteve presente em três gestões anteriores no Santos (de seu pai e nas de Milton e Marcelo Teixeira) e agora deseja a presidência por ser um "santista de raíz". Entre os seus principais planos, estudará negociar o centroavante Leandro Damião, diz que irá propor uma nova reforma estatutária para acabar com o modelo do Comitê Gestor, o qual já fez questão de divulgar todos os componentes, e promete conversar pessoalmente com Robinho para convencê-lo a ficar. Veja aqui a entrevista completa.

Fernando Silva (Mar Branco): tem 58 anos, engenheiro químico de formação que trabalhou no mercado de venda de ingressos, e quer retomar o que parou em dezembro de 2011 no Santos. Entre os seus principais planos, promete que usará de sua experiência para premiar os "santistas de carteirinha" e pela modernização da Vila Belmiro. Visa, ainda, a contratação de "mais dois ou três jogadores do mesmo nível" de Robinho para 2015. Veja aqui a entrevista completa. Veja aqui a entrevista completa.

Fonte: K.R.C.DE MELO & CIA. LTDA – ME K.R.C.DE MELO & CIA. LTDA – ME
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