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Lisca relembra início no futebol, cita dificuldades e fala sobre trabalho com os jogadores

6 set 2022 - 20h33
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O técnico Lisca deixou o gramado de lado nesta terça-feira para participar de uma palestra organizada pela Confederação Brasileira de Futebol. Ao lado do ex-jogador Edmílson e do presidente do Comitê Paralimpico Brasileiro, Mizael Conrado, o comandante do Santos falou sobre os desafios de ser tornar campeão.

O treinador relembrou o início de sua trajetória no futebol, destacou a sua gratidão ao esporte e salientou o seu desejo de levantar um troféu de expressão. Até o momento, ele conquistou apenas a Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho de 2009, com o Porto Alegre, a Copa Governador de Mato Grosso e Copa Pantanal em 2011, com o Luverdense, a Copa FGF em 2012, com o Juventude e Taça Asa Branca em 2016, com o Ceará.

"Eu era treinador do mirim do Inter e me convidaram para levar dois times do Inter. Foi meu primeiro torneio como treinador e eu levei os dois times para a final. Ai eu pensei que tinha jeito para ser técnico. Muitas vezes as pessoas não têm noção do que passamos e acham que é só glamour. São 33 anos de carreira. Abri mão de muita coisa. Nunca tive fim de semana na minha vida. Nós que trabalhamos com futebol temos uma vida bem puxada. É preciso abrir mão de muita coisa para chegar entre os melhores", disse.

"Hoje sou um cara realizado, independente dos resultados. Futebol é muito mais que ganhar, perder ou empatar. Eu aprendi muito com futebol. Mudou meus conceitos e preconceitos. Me aproximou de todas as classes, raças e maneiras de viver. Sou muito grato ao futebol. Para ser campeão é um trabalho árduo e longo, mas muito compensador. Pretendo um dia me tornar um grande campeão também", completou.

Lisca ainda comentou sobre a dificuldade de lidar com o elenco. O técnico apontou três palavras chave para conseguir manejar bem o grupo. São elas: verdade, lealdade e critério.

"Cada jogador tem o seu perfil. São vários perfis, não tem um específico. O jogador de futebol gosta de verdade, lealdade e critério. Tudo que é combinado não custa caro. Jogador precisa de carinho e compaixão - que eu desenvolvi ao longo da carreira. É se colocar no lugar do jogador, ver como ele está recebendo aquela orientação, de não entrar no jogo. Isso é muito complicado. Nós somos os chatos da turma. Precisamos colocar 11, substituir 5… tem 17 que não jogam. Esses são os que eu mais dedico tempo. Isso é muito importante. Ontem, no dia do jogo, tivemos um coletivo com jogadores não relacionados e alguns atletas que não são aproveitados. Eu faço coletivos contra os juniores", comentou.

O comandante também apontou para o cuidado com os atletas da categoria de base. Segundo ele, é preciso ajudar os garotos para que eles consigam trilhar uma carreira de sucesso, seja dentro ou fora das quatro linhas.

"Tive uma conversa com os meninos sub 17 e perguntei se eles tinham noção de quanto ganham os jogadores que se destacaram no Santos. Eles disseram 80 mil reais e eu ri. Eles não tem noção. É preciso mostrar o caminho para eles, é possível. Traçar um caminho para que eles sejam cidadãos do mundo, formem uma família. É nossa vida, nosso ganha pão. Dentro da realidade do povo brasileiro, ganhamos bem. Mas não é a realidade de todos. Estamos falando da elite. Tem clubes que realmente não pagam. É preciso entrar na justiça. Um vencedor também passa por isso. Com lealdade, compaixão e verdade fica mais fácil para dirigir o clube", declarou.

"Eu costumo já detectar rápido os perfis. Tem alguns jogadores que você pode mandar longe, mas tem outros que se fizer isso, não vai funcionar. Geralmente, eu procuro me atentar muito ao perfil de cada um para poder ter uma abordagem individual mais assertiva", finalizou.

Aos 50 anos, Lisca soma passagens por Juventude, Náutico, Ceará, Criciúma, Internacional, América-MG, Vasco, Sport e Santos. Ele assinou com o Peixe no dia 20 de agosto. Desde então, ele soma sete partidas, com duas vitórias, três empates e duas derrotas.

O comandante volta a dirigir o Alvinegro Praiano no próxmo sábado, às 16h30 (de Brasília), contra o Ceará, na Arena Castelão, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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