O técnico interino do Santos, Claudinei Oliveira, minimizou a ameaça de queda do cargo com as procuras do clube por Abel Braga e Ney Franco. O atual comandante santista afirmou não considerar absurdo a diretoria ter iniciado contatos, mas colocou em dúvida a sua permanência como auxiliar garantindo que não aceitará a condição de ser uma árvore decorativa caso não possa exercer uma função efetiva.
"Não me passaram nada, então não creio que procuraram um treinador até agora. Se procuraram eu seria o primeiro a saber, mas tem gente que fala em nome do Santos, isso acontece no futebol. Acredito no que me falam até que me provem ao contrário. Não acho nenhum absurdo o Santos procurar alguém, tem liberdade para conversar com outros treinadores, pois é uma situação normal do futebol", disse Claudinei.
A segurança de Claudinei passa pela garantia da diretoria santista de que ele será avisado se o clube iniciar conversas com outro profissional.
Desde que iniciou o trabalho, após a saída de Muricy Ramalho há pouco mais de dois meses, o interino recebeu ajuste nos salários - passando de R$ 11 mil a cerca de R$ 20 mil mensais - e tem como promessa dos dirigentes a manutenção na comissão técnica fixa, como auxiliar de um próximo nome.
"A gente tem que tomar as decisões quando chegar a hora. Precisamos viver o dia a dia, não sei se vou ter proposta para trabalhar como treinador depois. Não sei dimensionar, por isso a cada dia tenho de passar alguma coisa, pois outras agremiações estão assistindo. Estou à disposição tendo ciência de que a cada jogo mais difícil é que um treinador chegue ao Santos e me queira por perto. Ele pode se sentir ameaçado, achando que não vou ajudá-lo por até outro dia ser técnico. Então, temos de ver as coisas", argumentou.
"Não tenho a inocência de achar que o cara que vai chegar vai dizer: 'senta aqui, amigão'. Ele vai trazer o auxiliar dele e não quero ser uma árvore sem função. Não é só pelo salário, pois se não tiver função, não tem sentido", completou.
Após a histórica goleada por 8 a 0 sofrida para o Barcelona, da Espanha, na última sexta-feira, a diretoria santista reiniciou a busca por um nome, congelada desde as negativas dos argentinos Marcelo Bielsa e Gerardo Martino, e consultou os técnicos Abel Braga e Ney Franco, recém-demitidos de Fluminense e São Paulo, respectivamente.
Abel não se empolgou com o primeiro contato do Santos, afirmando que deseja voltar a trabalhar só em 2014. Na conversa, no entanto, o clube já manifestou a Abel que não poderá gastar os mesmos R$ 700 mil mensais dados a Muricy em sua passagem.
Ney Franco foi consultado sobre a possibilidade de assumir o clube, mas ainda não discutiu salários. O treinador é visto como uma opção mais viável e com o perfil adequado pelo histórico de aproveitamento de jovens jogadores.
O técnico é sonho santista também desde 2011. Com a negativa de Abel, então técnico do Al Jazira, dos Emirados Árabes, o clube solicitou à CBF o "empréstimo" de Ney até o fim da participação na Copa Libertadores. Franco, então coordenador das seleções de base, recusou. Ney saiu desgastado após um ano no São Paulo. Apesar do título inédito da Copa Sul-Americana, no fim do último ano, ficou pressionado na temporada pela eliminação na Copa Libertadores, já nas oitavas de final, e a derrota para o Corinthians na semifinal do Campeonato Paulista. A gota d'água foi o revés para o rival pela Recopa Sul-Americana.
O Santos volta a jogar neste domingo, contra o Cruzeiro, às 16h (de Brasília), no Mineirão, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Revelado pelo Inter, o atacante Alexandre Pato chegou ao Corinthians contratado a peso de ouro após defender o Milan. Entretanto, até agora não se firmou na equipe de Tite. Com atuações abaixo da média e depois de perder uma série de gols em jogos decisivos, passou a ser cada vez mais criticado pela torcida. Relembre outros nomes repatriados que demoraram a vingar no País
Foto: Terra
Valdivia - Ídolo no Palmeiras após vencer o Campeonato Paulista de 2008, Valdivia ficou dois anos no árabe Al Ain antes de retornar ao clube alviverde. Contudo, mesmo com a equipe investindo pesado na sua recontratação, penou pelas lesões e, apesar de alguns brilhos em partidas isoladas, ainda não foi o jogador esperado pelos torcedores
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Adriano - Após brilhar com o Flamengo na conquista do Campeonato Brasileiro de 2009, Adriano foi para a Roma, onde mal jogou. O Corinthians apostou no jogador e investiu alto para recolocá-lo em forma, mas se decepcionou com os constantes casos de indisciplina e acabou dispensando o atleta
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Alex - O meio-campista chegou ao Corinthians após dois anos no Spartak Moscou. Com a camisa alvinegra, demorou a embalar. Passou um tempo na reserva, entrou no time titular, não correspondeu. Subiu de produção em 2012 e foi titular no inédito título da Copa Libertadores
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Diego Cavalieri - O goleiro que começou a carreira no Palmeiras teve passagens apagadas por Liverpool e Cesena antes de voltar ao Brasil para defender o Fluminense. No começo enfrentou má fase e o banco de reservas antes de se recuperar e, enfim, assumir a titularidade e virar um dos principais nomes tricolores
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Danilo - Depois de brilhar no São Paulo, Danilo passou duas temporadas defendendo o Kashima Antlers antes de voltar e representar o Corinthians. No início, contudo, foi contestado por atuações discretas e principalmente por seu passado no rival. Demorou, mas caiu nas graças da torcida e já conquistou cinco títulos no Parque São Jorge
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Deivid - Vindo do Fenerbahce para o Flamengo com boas referências, o atacante não repetiu a fase dourada dos tempos de Corinthians e Santos. Com Val Baiano ao lado, formou dupla de ataque bastante contestada. Chegou a perder gol bizarro contra o Atlético-MG antes de se transferir ao Coritiba
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Diego Souza - O jogador teve passagem de destaque pelo Vasco da Gama antes de ir atuar no futebol árabe. Retornou ao Brasil para defender o Cruzeiro, sendo contratado com grande destaque, mas não correspondeu totalmente às expectativas e foi vendido ao Metalist, da Ucrânia, seis meses depois
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Diogo - Depois de um bom começo na Portuguesa, Diogo foi vendido ao Olympiakos, da Grécia. Retornou ao Brasil em 2010 para defender o Flamengo, mas decepcionou com apenas um gol. A má fase seguiu no Santos. Recentemente, Diogo voltou à Portuguesa em busca de reencontrar seu futebol
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Jô - Depois de passagens por Rússia, Inglaterra e Turquia, Jô chegou ao Internacional com moral, mas não correspondeu. Ficou na reserva, foi afastado por indisciplina mais de uma vez e acabou dispensado. Deu a volta por cima só no Atlético-MG, com o título da Copa Libertadores
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Juan - O ex-flamenguista retornou ao futebol brasileiro depois de 10 anos no Bayer Leverkusen e na Roma para defender o Internacional. Entretanto, penou no início para se readaptar ao País e passou algum tempo alternando titularidade e banco de reservas. Reencontrou o ritmo após a chegada de Dunga
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Lúcio - O veterano zagueiro chegou com pompas ao São Paulo, depois de passagens por Bayer, Bayern, Inter e Juventus. Contudo, teve expulsões estranhas e falhou em lances cruciais na temporada, sendo afastado pela diretoria e confirmando passagem decepcionante pelo Morumbi
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Ronaldinho - O atleta até que venceu o Campeonato Carioca pelo Flamengo e teve boas apresentações. Mesmo assim, passou distante do que era esperado de seu futebol, que lhe rendeu dois títulos de melhor jogador do mundo. No Atlético-MG, mais de um ano depois da volta, brilhou e venceu a Copa Libertadores
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Vágner Love - Recontratado como ídolo no Palmeiras, após alguns anos no CSKA Moscou, Vágner Love deixou a desejar em seu retorno ao time alviverde. Chegou até a brigar com torcedores e sair pelas portas dos fundos antes de ir para o Flamengo e dar a volta por cima