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Enderson "esquece" jovens e vê fama de formador questionada
O técnico Enderson Moreira, que se orgulha do passado com trabalhos desenvolvidos em categorias de base, não tem priorizado a utilização das jovens promessas do clube. Se nas escalações não há surpresas, na montagem da nova equipe para 2015 ficou clara a intenção de não contar com um elenco recheado de garotos como no primeiro semestre do último ano. A equipe, por sua vez, segue sem convencer na temporada.
Enderson esfriou recentemente até a possibilidade de retorno imediato do atacante Gabriel, artilheiro do clube no último ano, com 21 gols, após o retorno do jogador da Seleção Brasileira Sub-20.
As primeiras escolhas foram as saídas do volante Alan Santos e do centroavante Stéfano Yuri, liberados para Coritiba e Náutico, respectivamente. O primeiro, principalmente, era constantemente utilizado no último ano e poderia ganhar espaço com a saída de Arouca. O atacante Giva, já em fim de contrato, também acertou com o clube paranaense.
Para compensar, o técnico indicou para a posição a contratação do colombiano Valencia, 28 anos. O jogador, no entanto, chegou acima do peso e ainda tenta entrar em forma para estrear.
A conta aumenta com o fim das inscrições para o Campeonato Paulista, que possui um limite de 28 jogadores. Nomes como o dos meias Léo Cittadini e Serginho, camisas 10 nas campanhas do bicampeonato da Copinha em 2013 e 2014, respectivamente, ficarão de fora. O atacante Diego Cardoso, artilheiro da competição no ano passado, e outros jovens, também foram preteridos e podem ser emprestados.
Os meninos da Vila perderam espaço para a chegada de nomes experientes como os de Elano e Ricardo Oliveira, que estavam sem clube, além de apostas pouco conhecidas, como o meia Marquinhos Gabriel.
Enderson também não tem utilizado os jovens durante os jogos, a exceção do meia Lucas Crispim, que voltou de empréstimo do Vasco. Lucas Otávio, que atuou por empréstimo no Paraná em 2014, e Leandrinho, muito elogiado pelo treinador, sequer ganharam chances durante as partidas.
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Na equipe titular, entre os formados pelo clube, estão como titulares o zagueiro Gustavo Henrique, o volante Alison e o atacante Geuvânio, além de Robinho. Gustavo, por exemplo, pode ter dias contados já que foi o escolhido pelo treinador para dar lugar a Werley no último domingo. Enderson alega que ainda vê limitações no jogador pela lesão ligamentar no joelho.
O treinador chegou em setembro sob expectativa de, primeiramente, recuperar o centroavante Leandro Damião, maior contratação da história do clube, e pelo principal cartaz de seus trabalhos: a utilização das categorias de base. Já no Goiás, no entanto, foi questionado pelo não aproveitamento das principais promessas na campanha do vice-campeonato da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2013, para o próprio Santos.
Enderson subiu alguns dos atletas, escalou em alguns jogos, mas não deu sequência maior. A pressão por parte da imprensa e até de alguns dirigentes se dava pela preferência a jovens que não vinham da base esmeraldina como Eduardo Sasha, Welinton Júnior e Léo Bonatini. Valores como o atacante Erik, os laterais Mário Sérgio e Clayton Sales, o meia Liniker, além do zagueiro Pedro Henrique e Felipe Macedo eram pouco utilizados.
Presidente à época, João Bosco Luz chegou a cobrar publicamente algumas vezes a maior utilização dos garotos da base. Quando deixou a presidência, João Bosco citou que um dos pontos falhos de sua gestão foi não ter revelado jogadores, apesar da geração promissora.
