Campeão por Santos e Ituano, Basílio quer Rildo como talismã
O reserva mais importante do título brasileiro do Santos, em 2004, é protagonista na maior conquista da história do Ituano, o Campeonato Paulista de 2002. Neste domingo, na primeira final do Estadual, às 16h (de Brasília), no Estádio do Pacaembu, o ex-atacante Basílio promete manter a fidelidade na torcida pelo "evoluído Oswaldo" e já até aponta o heroi da decisão: Rildo, o seu novo talismã.
"Torcerei para o Santos pelo Léo e pelo Oswaldo que foi meu treinador (em 2005). No Ituano ficou o carinho e a lembrança por aquele campeonato, mas sou santista", disse.
Basílio pouco atuou como titular no clube alvinegro. Santista declarado, ainda precisou superar desconfianças na chegada, em janeiro de 2004, já veterano, aos 32 anos, após boa Série B pelo Marília. Mas da reserva do ataque mais positivo da história do Campeonato Brasileiro, com 103 gols, ganhou as honras de talismã.
"Nunca me vi como um talismã, só queria ajudar. É algo que não vem do atleta, mas pude colaborar nas conquistas, algo que foi fundamental para mim no clube e para a torcida que entendia que de alguma forma eu poderia acrescentar", explicou.
"O Rildo, por exemplo, é um jogador com uma qualidade muito grande. Hoje não é titular porque o Santos tem bons jogadores como o Gabriel, Thiago Ribeiro, Damião e o Geuvânio, mas se compara a minha situação. Até pela velocidade, o Rildo é um dos jogadores que sempre podem surpreender em menos tempo. Pelo que vimos no último jogo, vai ser decisivo. É uma boa peça e pode virar um talismã", completou o ex-atleta.
Rildo foi decisivo para o Santos chegar à final. Entrou aos 15min do segundo tempo na derrota parcial por 2 a 1 para o Penapolense, na semifinal, e em menos de um minuto deu assistência perfeita para o gol do centroavante Leandro Damião. O Santos já estava nervoso no jogo, envolvido pela derrota para o adversário na fase de classificação e a virada que sofreu após duas falhas individuais do zagueiro David Braz.
O reserva de outrora, no entanto, foi além. Só no Brasileiro, Basílio marcou 15 gols. Os artilheiros do Santos na competição, na ocasião, foram Deivid e Robinho, a dupla titular, com 21. Em 2005, trabalhou com Oswaldo na rápida passagem do treinador pelo clube, interrompida com demissão após apenas três meses.
"Pelo que vemos de longe, melhorou muito a sua postura. Está mais ativo, mais tranquilo, mas sempre respeitou muito o ser humano, sempre foi diferenciado no tratamento com quem é titular e quem não é, dava a mesma atenção à todos. É o que temos visto, mas gora está mais maduro, tem mais firmeza até quando fala. O crescimento é notório. Não teve tempo para mostrar o trabalho, fiquei triste (quando foi demitido em 2005)", disse.
Renascimento em Itu
O título pelo Ituano, na competição que só contou com equipes do interior já que os grandes disputavam a Liga Rio-São Paulo, foi conquistado em meio a um renascimento pessoal. Pouco aproveitado no Palmeiras, deixou o clube na Justiça e já sem condições de ser inscrito em outros torneios maiores topou o Paulista pelo clube de Itu. Deu certo.
"Fecharam as inscrições para a Copa do Nordeste e Liga Rio-São Paulo, então acertei para jogar o Paulista. Não foi um ressurgimento, mas, com certeza, uma grande oportunidade pois tinha acabado de sair do Palmeiras", admitiu. "Para nós (que jogamos) o título foi muito importante porque eram forças iguais, foi muito nivelado", completou.
Basílio lembra que o torneio ainda revelou nomes conhecidos como o do volante Richarlyson, do goleiro Victor, o volante Pierre, o atacante Alex Alves e o centroavante Fabrício Carvalho.
O Ituano só foi campeão na última rodada, com a vitória por 1 a 0 diante do América-SP, com um gol aos 40min do segundo tempo. A competição, na ocasião, foi disputada por pontos corridos. O clube de Itu terminou com 40, um a frente do União São João.