Principal alvo da torcida, Ocimar Bolicenho deixa a Ponte
Ocimar Bolicenho não faz mais parte da diretoria da Ponte Preta. Homem forte do futebol desde março do ano passado, o dirigente surpreendeu a todos na tarde desta quarta-feira ao pedir demissão. A sua permanência já havia ficado insustentável depois da derrota para o Internacional, por 3 a 1, no Estádio Moisés Lucarelli, no último sábado.
Principal alvo da torcida pela péssima campanha no Campeonato Brasileiro, já que era o responsável pela montagem do elenco, Ocimar Bolicenho se reuniu com os outros integrantes da diretoria alvinegra nesta tarde para pedir a demissão. O dirigente acredita que a Ponte vem passando por um momento turbulento e precisa de paz para sair dessa situação delicada.
"Considero que minha saída é uma trégua necessária para a Ponte, que precisa de paz para atravessar o momento. Gostaria de ficar até o final da competição, mas acredito que este ato trará a serenidade e energia necessárias agora. Estou abreviando minha permanência, mas espero que em 8 de dezembro possa comemorar a manutenção da Ponte na Série A. Confio plenamente que os resultados serão alcançados, mas seja qual for o final, assumo total responsabilidade sobre ele", comentou Ocimar Bolicenho.
Após a derrota para o Internacional, a torcida pontepretana protestou bastante contra Ocimar Bolicenho. O presidente Márcio Della Volpe, que já havia saído em sua defesa na semana passada, lamentou a saída do dirigente e fez questão de elogiar o trabalho realizado ao longo desses 17 meses que esteve no Majestoso.
"A diretoria confia no trabalho do Ocimar e pedimos que ele permanecesse, mas foi uma decisão pessoal irrevogável. Hoje a Ponte é respeitada no mercado do futebol, tanto que não perdemos mais atletas como perdíamos antes. Além disso, o trabalho do Ocimar nos garantiu sucesso até agora", afirmou Della Volpe, lembrando das boas campanhas realizadas no Paulista e no Brasileiro em 2012, assim como no estadual deste ano.
A fórmula utilizada pela diretoria na temporada passada não deu certo em 2013. Jogadores que eram considerados apostas não deslancharam, além de que os medalhões - Ramírez e Betão - estão rendendo muito abaixo do esperado. Neste ano, três treinadores passaram pela Ponte - Guto Ferreira, Paulo César Carpegiani e Jorginho. Sem vencer há seis jogos e na penúltima colocação do Brasileiro, com 15 pontos, o clube está ameaçado pelo rebaixamento.