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Edílson e Vampeta: parças no futebol, na vida e na cozinha

Amizade entre os baianos começou no Corinthians e rendeu títulos, tatuagens e pratos

18 jan 2019 - 16h43
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Vampeta foi revelado pelo Vitória, já Edílson começou profissionalmente no Espírito Santo e logo se transferiu para o interior de São Paulo. Quatro anos mais novo, o velho Vamp conhecia Edílson apenas como adversário, quando já estava no Fluminense, e das peladas pelas praias de Salvador. “A amizade veio forte mesmo no Corinthians. A gente virou quase irmão. Ele, o Marcelinho e o Luizão são meus melhores amigos”, conta Vampeta.

A parceria começou dentro de campo, em 98, e logo no primeiro ano já rendeu um título brasileiro. Fora dele, os dois moravam no mesmo flat em São Paulo e aí Vampeta descobriu uma outra qualidade de Edílson: habilidade na cozinha. “Ele preparava uma galinha com batata deliciosa. Eu também tinha sorte porque dois primos moravam comigo e eles também cozinhavam bem. Os três ficavam lá preparando pratos”, revela Vampeta.

Edílson e Vampeta durante a final do Campeonato Paulista de Futebol entre Corinthians e Palmeiras em 1999
Edílson e Vampeta durante a final do Campeonato Paulista de Futebol entre Corinthians e Palmeiras em 1999
Foto: AGLIBERTO LIMA / Estadão

A história do cozinheiro Edílson foi revelada em 98 pelo próprio Vampeta e atiçou a curiosidade de dois setoristas do Corinthians: este que vos escreve, que era repórter da Gazeta Esportiva, e Chico Silva, que era repórter do Lance! Conversamos separadamente com Edílson e recebemos a promessa de uma matéria exclusiva.

O tempo passou, Edílson enrolou, enrolou, até que um belo dia ele marcou a entrevista para mostrar suas habilidades na cozinha. Cheguei lá todo animado e fui informado de que ele não se encontrava no momento. Enquanto eu esperava o Capetinha, Chico Silva entrou no flat e veio me perguntar o que eu estava fazendo ali. Tentei dar uma disfarçada, mas revelei que ia fazer uma entrevista com o Edílson. “Eu também”, ele me disse. Logo descobrimos que a pauta era a mesma e que tínhamos sido enrolados pelo atacante corintiano. Fomos embora e até hoje nos divertimos com essa história. “Edílson é muito liso”, comentou Vampeta, ao tomar conhecime nto da presepada do amigo.

Voltando aos bons baianos, no ano passado eles decidiram eternizar a amizade com tatuagens. “Durante a Copa do Mundo, o Edílson fez um monte de tatuagem para homenagear os familiares dele e aí o tatuador me contou que ele tinha colocado meu nome, porque segundo ele eu fazia parte da família. Não tive dúvida e tatuei o nome do Edílson”, disse Vampeta, que também tem no braço o nome da filha Gabriella.

Apesar da distância, Vampeta e Edílson continuam se encontrando frequentemente. Embora more na Bahia, o Capetinha vem sempre para São Paulo, porque atua pelo time Masters do Corinthians e aí acaba ficando no Tatuapé, bairro onde Vampeta mora há vinte anos. Aí dá-lhe conversa, risadas e galinhada.

Foto da tatuagem que Vampeta fez em homenagem a Edílson
Foto da tatuagem que Vampeta fez em homenagem a Edílson
Foto: Arquivo Pessoal Vampeta / Terra
Paradinha Esportiva Paradinha Esportiva
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