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Agora assessor, ex-atacante Muñoz leva jovem colombiano ao Palmeiras

27 set 2012 - 08h05
(atualizado às 08h47)
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Aos 35 anos, o ex-atacante Muñoz está com a agenda cheia mesmo depois de pendurar as chuteiras. Neste momento, o colombiano direciona suas atenções para duas atividades: assessoria esportiva e projetos de uma construtora.

Muñoz jogou pleo Palmeiras de 2001 a 2006 e encerrou a carreira há dois anos
Muñoz jogou pleo Palmeiras de 2001 a 2006 e encerrou a carreira há dois anos
Foto: Djalma Vassão / Gazeta Press

No futebol, Muñoz exporta jovens colombianos para mercados com força econômica, inclusive ao Brasil. São Bernardo, São Caetano e agora o Palmeiras recebem ou já receberam os talentos garimpados pelo ex-atacante.

No trabalho de assessoria esportiva, Muñoz entrou em acordo com o time alviverde para dar oportunidade a uma das revelações colombianas. Trata-se do atacante Diego Anbuilla, de 19 anos.

No momento, o jogador está em preparação para a disputa da Copa do Brasil sub-20, que vai começar no início de outubro com 32 clubes da elite do futebol brasileiro. No entanto, há projetos maiores.

A expectativa é que Anbuilla, que teria um estilo de jogo parecido com o do ex-atacante Viola, assine nas próximas semanas um contrato de duas temporadas. Em 2013, pode ficar à disposição para as competições profissionais do Palmeiras B.

Ex-técnico da equipe sub-20 do Palmeiras, Narciso confirma a presença do colombiano no clube, mas pondera: "Eu sei que esse garoto está aqui, mas não tive a chance de trabalhar com ele. Quando chegou, eu subi para dirigir a equipe principal de forma interina, e agora fiquei no grupo profissional", explica.

Como ocorreu com os outros jogadores indicados por Muñoz, o atacante da base do Palmeiras passou por uma rígida seleção ainda no país de origem.

No ramo da construção, Muñoz declarou uma homenagem aos brasileiros. Os prédios construídos levam nomes de estádios em que o colombiano jogou pelo Palmeiras (Parque Antártica, Morumbi e Pacaembu) e até de regiões do País  (Ipanema e Belo Horizonte).

Veja abaixo a segunda parte da entrevista com Muñoz:

Depois de parar de jogar em 2010, quais são as suas atividades?

Eu considero ter duas atividades muito importantes. Eu tenho uma construtora e sou assessor esportivo, tenho jogadores no Brasil, na Coreia do Sul, na China e até aqui na Colômbia, eu faço assessoria esportiva para esses atletas e temos colocado esses meninos em alguns clubes.

Como funciona essa assessoria esportiva? Os atletas com os quais você trabalha são colombianos?

Sim, são majoritariamente colombianos. Eu gostaria de trabalhar com brasileiros, mas não deu certo. Na verdade, trabalho mais com atletas jovens, são garotos com até 19 anos.

Você já conseguiu colocar esses jovens aqui no Brasil?

Colocamos dois no São Caetano, um no Palmeiras, um no São Bernardo e estamos tentando levar um para o Santos. A gente entrega os moleques para os clubes, normalmente sem custos. só para dar oportunidades, para poder ajudar. É mais uma obra que estamos fazendo.

Esse menino que está no Palmeiras treina junto com as categorias de base? O que você poderia falar sobre ele?

Nome dele é Diego, um centroavante canhoto de 19 anos. Estou trazendo meninos de qualidade, jogadores de seleção de base da Colômbia, que estarão na equipe sub-20 no próximo Sul-americano e Mundial. São meninos que podem ser valorizados e ganhar experiência. É um processo que pode ajudar tanto os clubes como os moleques, então nada melhor do que o futebol brasileiro.

Você cita que inicialmente não ganha nada com esses atletas. Não há participação nem em uma futura negociação?

Não, não tem nada. A gente faz mais como uma obra mesmo, colocamos esses atletas e esperamos que o clube também tenha lucros. Nós queremos ter a credibilidade para revelar jogadores jovens.

Quando você parou de jogar?

Foi em 2010, na Colômbia mesmo.

E atualmente como está o futebol colombiano? Esses jovens têm muito mais dificuldades de aparecer aí?

O futebol aqui não é igual ao Brasil, nunca vai se comparar. Tem melhorado bastante, agora a nossa seleção passa por um momento bom, melhorou bastante, está cada vez mais valorizada. Sempre tivemos jogadores de qualidade, mas encontramos dificuldades para se comparar economicamente com atletas de outros países. Por isso estou trabalhando com jogadores e entregando praticamente de graça para serem valorizados.

Você não teve tantas oportunidades na seleção combiana, certo?

Participei de amistosos e também das seleções de base. Você ter a chance de atuar nas categorias sub-17, sub-20 e sub-23 é importante para ter uma chance na equipe principal, mas naquela época tinha jogadores de muita qualidade, o próprio Aristizábal (ex-São Paulo, Santos e Cruzeiro) que atuou no Brasil, era difícil e complicado.

E como funciona sua outra atividade de trabalhar com a construção de prédios?

Eu tenho uma construtora desde que parei de jogar. Quando era jogador, eu já estava construído alguns. Eu já fiz cinco prédios. O primeiro foi o Parque Antártica, depois o Morumbi, o terceiro foi o Pacaembu, agora trabalhamos em um projeto que é o Belo Horizonte 1 e 2, também temos o Ipanema. O fato de ter jogado sete anos no Brasil me deixou com muito carinho pelo povo brasileiro. É o meu segundo lar.

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