Valentino Rossi indica adeus à MotoGP ao fim desta temporada
Multicampeão ressaltou que patrocinador tem insistido para ele correr em 2022, mas o piloto classificou a possibilidade como "muito difícil"
Aos 42 anos, Rossi sempre atrelou à continuidade da carreira à performance, algo que tem faltado. Passadas as primeiras oito corridas da temporada, o veterano que ostenta sete títulos conquistados na elite do motociclismo soma apenas 17 pontos e ocupa a 19ª colocação na classificação da MotoGP.
Nesta quinta-feira, a VR46 confirmou que estará na classe rainha do Mundial de Motovelocidade em 2022 em parceria com a Ducati. No comunicado enviado à imprensa, o príncipe saudita Abdulaziz bin Abdullah Al Saud, mandatário da Aramco, a patrocinadora da nova equipe, declarou que gostaria de ver Rossi ao lado do irmão, Luca Marini. O piloto, porém, sinalizou que isso é improvável.
"Ainda não decidi. Vou pensar mais profundamente durante as férias. Também preciso falar com a Yamaha e com a equipe. Queremos tentar uma performance melhor e melhores resultados, claro", disse Rossi. "O início da temporada até aqui não foi fantástico sob esse ponto de vista. Acho que será muito difícil que eu corra também no próximo ano", seguiu.
"O príncipe está sempre me pressionando para correr ano que vem com a minha equipe e a Ducati, mas, no momento, acho que será muito difícil", frisou Rossi, confirmando ainda que conversa às vezes com o herdeiro do trono saudita, mas ressaltou que ainda não tomou a decisão.
"Em relação ao príncipe, nos falamos às vezes e ele sempre me pressiona para correr no ano que vem. Honestamente, não esperava que ele fosse dizer isso no comunicado de imprensa, mas sei que ele quer fazer isso comigo e o meu irmão", contou. "Mas uso a mesma ideia e as mesmas palavras em relação não só às chances de correr com a Ducati, mas por si só no próximo ano com a minha equipe. Acho que será muito, muito difícil", sublinhou.
Por fim, Rossi destacou que se vê como um piloto Yamaha, mas, apesar de ter conversado também com Suzuki e Aprilia, considera que a opção da VR46 de correr com a Ducati foi a "melhor para todo mundo".
"A minha relação com a Yamaha é muito boa. Acho que fizemos juntos os melhores dias da minha carreira e acho que seria muito bom se fizéssemos uma equipe juntos no próximo ano", ponderou. "Mas nós decidimos juntos, também porque corro com a Petronas, e a Petronas quer continuar com a Yamaha", detalhou.
A MotoGP volta à ação já no próximo fim de semana, com a nona etapa do calendário de 2021, a etapa da Holanda, em Assen.