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Motociclismo

Dupla talentosa e poucos erros: como Pramac superou Ducati na rodada dupla no Catar

A Pramac chegou como zebra na rodada dupla do Catar, fez pole, pódios e superou a irmã maior Ducati. Com dupla talentosa, consistência e poucos erros, a equipe se coloca entre uma das mais fortes no início do campeonato da MotoGP em 2021

10 abr 2021 - 04h18
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MotoGP 2021 Doha Catar Losail Domingo Pramac Jorge Martín Johann Zarco
MotoGP 2021 Doha Catar Losail Domingo Pramac Jorge Martín Johann Zarco
Foto: Grande Prêmio

A rodada dupla da MotoGP no Catar serviu para nos mostrar que Yamaha e Ducati começaram o campeonato na frente, com a Suzuki logo abaixo. Enquanto as equipes principais das montadoras costumam dominar os treinos, o que se viu em Losail foi uma intrusa na briga: a Pramac.

Correndo com a Demosedici de fábrica, a Pramac Ducati mostrou muita força nos GPs do Catar e de Doha. Johann Zarco conseguiu dois 2º lugares, saindo na frente do campeonato, enquanto o novato Jorge Martín fez pole e foi 3º no último fim de semana. Um início quase perfeito para o time que raramente alcança brilhos na categoria, partindo com 57 pontos contra 40 da fornecedora oficial.

Correndo com motos de fábrica pelo segundo ano seguido, a Pramac já mostrou força no campeonato passado, com cinco pódios (quatro de Jack Miller, um de Francesco Bagnaia) e terminou o certame em alta. A mudança na dupla de pilotos, porém, pareceu o salto ideal para o time que sempre foi discreto e de meio do pelotão na classe rainha do Mundial de Motovelocidade.

Pramac conquistou um pódio duplo no GP de Doha com Jorge Martín e Johann Zarco
Pramac conquistou um pódio duplo no GP de Doha com Jorge Martín e Johann Zarco
Foto: Pramac / Grande Prêmio

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Johann Zarco mostrou consistência durante os dois finais de semana em Losail. Adaptado à moto da Ducati, pois correu em 2020 na Avintia, o francês parece ter reencontrado o bom desempenho na MotoGP após após complicados na categoria, especialmente em 2019, quando passou por KTM e LCR Honda sem sucesso.

Aos 30 anos, o experiente piloto soube reorganizar a apostou no projeto da Ducati, mesmo precisando escalar postos pouco a pouco dentro da montadora. Os bons resultados em 2020 com a modesta Avintia fizeram Gigi Dall'Igna, chefe da Ducati Corse, promovê-lo à Pramac. A decisão mostrou-se, por enquanto, bem acertada. No GP do Catar, esteve sempre entre os primeiros, largou em sexto e brigou pela vitória até o fim. Acabou em segundo após ultrapassar Joan Mir nos metros finais. Na etapa de Doha, foi ainda melhor, confiando na força da Ducati: largou e terminou em segundo.

"Tomei algumas decisões e agora estou muito feliz por estar de novo com caras de ponta e curtindo. Nas primeiras duas corridas, eu me diverti muito e é uma sensação muito boa para controlar. Então não acho ― e nem é hora de pensar nisso ― que seja uma redenção. Você vive o momento e, agora, é este momento com a Pramac e a Ducati. O que eu decidi há dois anos, está feito. Eu estou feliz. Não posso dizer se foi a coisa certa ou não. Tomei a decisão do meu jeito e, graças a Ducati, estou aqui", reconheceu.

Johann Zarco foi ao pódio duas vezes em Losail
Johann Zarco foi ao pódio duas vezes em Losail
Foto: Michelin / Grande Prêmio

Jorge Martín é estreante na categoria. Campeão da Moto3 em 2018, passou duas temporadas na classe intermediária do Mundial de Motovelocidade, mas floresceu apenas no ano passado, quando alcançou melhores resultado. Chegou na MotoGP de maneira surpreendente, ainda por subir direto para a Pramac.

Foi bem na largada do Catar, partindo de 14º para 4º em poucos metros. O desgaste excessivo de pneus o atrapalhou e acabou em 15º, com um mísero ponto. Depois, em Doha, foi pole, liderou 17 voltas com autoridade e terminou na terceira posição. Um resultado que mostra a força do jovem espanhol em pouco tempo.

A Ducati montou uma grande moto para 2021, com avanços tecnológicos e a mesma potência vista em anos anteriores. Neste ano, porém, há a melhoria da Pramac também. Com Zarco e Martín, o time cometeu poucos erros na rodada dupla do Catar enquanto Francesco Bagnaia e Jack Miller, da equipe principal, viam o favoritismo desmoronar para a Yamaha, especialmente pelos pneus estragados — ou psicológico abalado, como no caso do australiano.

Talento há de sobra na dupla da Pramac, assim como equipamento. É preciso, porém, mostrar consistência para chegar em voos mais altos. O primeiro passo foi dado e o time já entrou na briga por pódios, mas ainda falta a tão sonhada vitória na MotoGP. E isso serve para os três envolvidos: a equipe, Zarco e Martín. A temporada 2021 pode oferecer o paraíso para o trio.

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