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MMA

Casada com brasileiro, lutadora do UFC mira título e luta com Cris Cyborg

4 abr 2013 - 07h46
(atualizado às 08h00)
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O MMA feminino foi ignorado pelo UFC por um bom tempo. Entretanto, a franquia de lutas aceitou o potencial da presença de mulheres no octógono e agora investe pesado na vertente. A grande estrela é Ronda Rousey, campeã do peso-galo, mas outras atletas buscam seu espaço. É o caso de Cat Zingano, que tem chance de disputar o cinturão e firmar seu nome entre as principais atletas da atualidade.

Cat Zingano
Cat Zingano
Foto: Getty Images

Casada com um brasileiro, o instrutor de jiu jitsu Maurício Zingano, a americana de 30 anos tem sete lutas e sete vitórias em sua carreira no MMA. Ela tem luta marcada para o próximo dia 13 de abril, quando ocorre a final do reality show The Ultimate Fighter 17, e enfrentará a compatriota Miesha Tate.

A vencedora da luta garante presença como treinadora da próxima edição do TUF, que pela primeira vez será comandado por mulheres. Rousey já está confirmada no reality show e, ao fim do programa, Zingano ou Tate disputarão o cinturão com a campeã.

Em entrevista exclusiva ao Terra, Cat conversou sobre seus planos no UFC, o sonho de ser campeã e um objetivo: enfrentar a brasileira Cris Cyborg. Ex-campeã do peso pena do Strikeforce, a paranaense chegou a firmar contrato com o UFC, mas não quis se adequar ao peso mais leve de Rousey e foi liberada para lutar pelo Invicta FC - Cyborg fará sua estreia no evento na próxima sexta-feira, contra a compatriota Ediane Gomes.

Miesha Tate
Miesha Tate
Foto: Getty Images
Confira a seguir a entrevista com a lutadora Cat Zingano:

Terra - Você é casada com um brasileiro, mas o que conhece do País? Já esteve por aqui?

Cat Zingano -

Já fui três vezes. Competi jiu jitsu no Rio e quero conhecer mais do País e da cultura. Amo o Brasil, é um dos meus lugares favoritos no mundo.

Terra - A Ronda Rousey disse que, entre você e a Miesha Tate, lhe prefere como adversária. Como se sente em relação a isso? Ela está lhe subestimando?

Cat Zingano -

Para mim é um grande elogio. Adoraria lutar contra ela também. Pedi para o UFC me deixar lutar com a vencedora de Rousey x Carmouche e antecipei que a Ronda iria ganhar. Eu quero a luta pelo título, é o que eu quero. Saber que a Ronda enfrenta a vencedora da próxima luta é muito emocionante para mim, porque eu sei que cedo ou tarde irei enfrentá-la. Será um grande desafio para mim.

Terra - A Miesha Tate é uma lutadora bastante experiente. Como planeja superá-la?

Cat Zingano -

Tenho que ser agressiva e ser eu mesmo. Não vejo filmes ou estudo meus adversários, só confio no trabalho dos meu treinadores para ser bem sucedida nas lutas. Eles contam com a minha confiança total e por isso estou invicta.

Ronda Rousey comemora após derrotar Liz Carmouche e manter seu cinturão na primeira luta feminina da história do UFC
Ronda Rousey comemora após derrotar Liz Carmouche e manter seu cinturão na primeira luta feminina da história do UFC
Foto: Getty Images

Terra - Se passar pela Miesha, você será treinadora do TUF. Como acha que pode ser essa experiência?

Cat Zingano -

É bem emocionante, acho que posso oferecer muito. Tenho trabalhado com atletas nos últimos cinco anos, fui capitã do meu time de wrestling, então sei muito sobre motivação e sobre os aspectos mentais e físicos para criar bons atletas. Tudo vai ser importante param a melhora do esporte. Claro que não posso deixar de pensar na Miesha, porque preciso vencê-la, mas é difícil não ficar animada com isso.

Terra - Como você faz para lidar com o ainda presente preconceito contra o MMA feminino?

Cat Zingano -

Comecei a lutar com 12 anos. Antes havia muitos contra mim, eu era a única garota em um time com 65 e muitos lá não me respeitavam. Fiz por merecer meu respeito e fiz tudo o possível para merecer estar lá. Nesse esporte há muitos que não apreciam ver as mulheres e alguns fazem comentários negativos, mas não me atinge, porque sei que há outros esportes que as mulheres conseguiram achar o jeito de brilhar. Estamos fazendo isso agora, é a história sendo feita. Não vai demorar para que as pessoas estejam mais envolvidas com o MMA feminino. Agora como ainda é um pouco novo, algumas pessoas não sabem o que esperar.

Cris Cyborg
Cris Cyborg
Foto: Getty Images

Terra - Quem foi sua inspiração para entrar no MMA?

Cat Zingano -

Meu treinador de wrestling me introduziu ao MMA. Fui na academia do meu marido e vi treino de MMA. Já tinha visto o esporte em um bar ou um restaurante na televisão, mas não sabia o que era. Mas era diferente. Perguntei o que fazer e meu marido falou para tentar por uma semana. Comecei e me apaixonei por isso. Imediatamente queria ser boa no esporte e fazer parte disso. Queria conhecer mais sobre jiu jitsu e usar minha técnica. Foi uma transição natural para mim. Comecei a aprender kickboxing e obtendo novas técnicas para melhorar como atleta.

Terra - Pelo menos por enquanto não veremos a Cris Cyborg no UFC. É uma perda maior para ela ou para a franquia?

Cat Zingano -

É uma perda para todos, porque ela é uma ótima lutadora e tem um estilo muito agressivo e único. Vê-la lutar é algo que chamou a atenção de todos. Se ela não entrou no UFC, entendo, passei por uma troca de peso e não acho que conseguiria voltar. É uma pena, porque é o pena é o peso para se estar agora, mas também entendo as questões de saúde. A Cris Cyborg é uma lutadora ótima. Ela luta em breve e é uma boa oportunidade, mas pelo calibre dela, o modo como treina, a classe, acho que merece mesmo uma luta no UFC, independente da categoria em que ela lute. Não teria problema em enfrentá-la depois de conquistar o que quero na minha categoria, que é ser campeã. É algo que penso para o futuro e espero que seja possível.

Fonte: Terra
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