Dono de três medalhas olímpicas, Baby troca tatame por planilhas: 'Mudança radical de agenda'
Rafael Silva deixou as competições oficiais em 2024 e investe no meio digital por novas oportunidades comerciais
Rafael Silva, o Baby, está em transição de carreira após deixar o judô competitivo, investindo em produção de conteúdo digital, patrocinadores e novas práticas esportivas, como o jiu-jitsu.
Rafael Silva, o Baby, enfrenta o que define como “momento de transição”. Aos 38 anos, o dono de três medalhas deixou as competições oficiais no fim de 2024 e agora começa a se testar além dos tatames.
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“A transição de carreira é um negócio complexo para o atleta. Eu estou nessa fase, é uma mudança radical de agenda. O atleta está acostumado a que horas vai treinar, o que vai comer. Durante anos fazendo a mesma coisa. Quando você muda essa perspectiva de agenda, é um negócio diferente. Estou me adaptando a isso. Estou trabalhando hoje mais no Excel”, conta ao Terra.
Mesmo na vida longe da dieta e da rotina de atleta, Baby não abandonou o tatame, onde segue como praticante. O lugar em que conquistou medalhas históricas para o Brasil, porém, hoje virou um ambiente em que encontrou uma maneira de continuar atraindo patrocinadores.
“É um momento de contar um pouco mais da minha história por meio do digital. Antes, com o lance de só treinar e ficar pensando em competição, não tinha a pegada de querer ficar filmando. Agora, tenho um pouco mais de tranquilidade para poder fazer isso. Estou tentando inserir isso na minha rotina porque é interessante poder produzir esse tipo de conteúdo. Ao mesmo tempo, é uma maneira de continuar ativando. Continuar com que as marcas continuem me apoiando também. Eu acho que consigo impactar essa galera pelo meio digital, contando a minha história e dando dicas também, principalmente de judô”, explica.
Em paralelo aos vídeos com dicas de judô, Baby compartilha momentos descontraídos ao lado da esposa, Bruna Luísa: “Ela traz esse lado de humanidades mesmo. Às vezes, a gente fala de judô, às vezes fala de como era a vida de casado de um atleta de alto rendimento.”
Mesmo longe das competições profissionais, o ex-judoca continua praticando e se aventurando em outras modalidades. No jiu-jitsu, o multimedalhista voltou a ser aluno, como define.
“Estou apreciando essa vibe do praticante. O interessante é que no judô eu sou um cara que ensino um pouco mais, de professor. No jiu-jitsu, eu estou numa pegada de aluno mesmo, de aprender coisas novas. Então tem essa mudança de ambiente e é bem interessante”, explica.
Agora, apesar da saudade, Baby garante que não há qualquer possibilidade de voltar a competir em alto nível. Em Los Angeles-2028, porém, ele garante que estará assistindo e torcendo pelo judô brasileiro.