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Santos tem dois projetos para 2016 e não descarta vender ou comprar

12 out 2015 - 08h11
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O Santos começou a pensar em 2016 há dois meses, quando iniciou o processo de monitoramento de atletas de outros clubes e renovações de contratos curtos. Diferentemente de 2015, quando contratou 15 reforços de graça (inclusive Elano, que até já foi emprestado), a ideia para o ano que vem é diminuir a quantidade e melhorar a qualidade. Mas tudo depende da conquista de uma vaga na Libertadores, competição que o Peixe já não joga há três anos.

Dagoberto Santos, diretor executivo do Santos
Dagoberto Santos, diretor executivo do Santos
Foto: Ivan Storti / Santos FC

– Há dois planejamentos, e a diferença de um e de outro é o perfil de jogadores que você está procurando. Se for para a Libertadores é um jogador mais rodado, experiente e com vivência de Libertadores para agregar valor ao grupo. Consequentemente mais caro. Agora se você não está na Libertadores pode jogar mais nas contratações por aposta – explica, ao LANCE!, o superintendente de esportes e homem forte do planejamento do clube para 2016, Dagoberto Santos.

Hoje, o Santos é quarto colocado do Campeonato Brasileiro, quebrando um jejum de cinco anos sem entrar no G4, e também semifinalista da Copa do Brasil. A caminhada em duas frentes dá esperança ao grupo do técnico Dorival Júnior de disputar o principal torneio das Américas no ano que vem, mas não dá garantias à diretoria de que vale o investimento financeiro em jogadores tarimbados. Por isso, o monitoramento prevê reforços encaminhados nas duas opções de planejamento, e alguns nomes “no meio do caminho” já estão sendo contactados. A ideia é fechar toda essa parte até o fim da temporada.

– O grande desafio do dirigente é fazer mais com menos, procurar com o menor recurso dar o melhor retorno. Temos uma folha de R$ 3 milhões e conseguimos um time competitivo, campeão paulista, no G4 e semifinalista da Copa do Brasil. Esse é o desafio – diz Dagoberto, que para 2016 não descarta a chance de comprar jogadores, diferentemente do que houve em 2015.

– É possível que sim, porque vamos ter receitas. Esse ano todas já estavam adiantadas – completa.

O Santos de 2016 está saindo do papel e pode ser ainda melhor. A menos que haja uma debandada.

Santos tem dificuldades para segurar Lucas Lima, por exemplo (Foto: Ivan Storti)

BATE-BOLA com DAGOBERTO SANTOS

Superintendente de esportes do Peixe

O Santos vai contratar quantos jogadores para o ano de 2016?

A quantidade que vamos desenvolver para 2016 é bem menor do que aquilo que foi feito para 2015, porque já tem uma estrutura. Vamos buscar peças para repor eventuais perdas e reforçar setores entendidos como carentes.

O clube considera se desfazer de alguns jogadores do time atual?

Tudo vai depender do negócio. Nós temos a caneta, sem ela não acontece nada. Nós queremos montar time, montar um grupo para ganhar títulos. Mas se vier uma proposta que nos interesse por algum atleta não tem porque não fazê-lo. Mas reafirmo que a prioridade é manter o grupo atual.

E qual o perfil dos reforços que podem chegar no próximo ano?

Nas posições em que temos carência, ou pela falta de experiência ou pela falta de atletas. Estamos basicamente olhando isso, dentro do time. Na defesa, no meio, vários lugares.

Podem ser mais reforços de fora do país, como já veio o Ledesma?

Pode ser que sim e pode ser que não.

Jogadores da Série B também estão sendo observados por você?

Sim. É um mercado alternativo interessante para o Santos hoje.

E atletas em fim de contrato?

É uma vantagem, mas não uma questão fundamental para o Santos hoje. Fica mais barato o processo quando o jogador está nessa condição, mas se não estiver vamos continuar interessados nele.

Quer tudo fechado em 2015?

Temos algumas alternativas colocadas e discutidas para cada planejamento, e as reuniões daqui para frente são para bater o martelo referente a reforços.

De todo esse planejamento, qual é a parte mais importante?

As renovações que faltam fazer. São poucas, mas pontuais e importantes, e buscar um ou dois jogadores que somem no grupo para o ano de 2016.

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