Presidente do Goiás admite medo da degola:'Nunca me assustou como agora'
Irritado com a apatia do time do Goiás na derrota para o Figueirense, por 3 a 2, no último domingo, no Serra Dourada, em Goiânia, o presidente Sérgio Rassi afirmou que os jogadores do clube não mereciam respeito. Na noite de segunda, Rassi se reuniu com o elenco para explicar suas declarações e cobrar também uma reação nas nove rodadas restantes da temporada, na tentativa de se livrar do rebaixamento.
Em entrevista ao programa Toque de Primeira, da "Rádio 730", de Goiânia, Rassi falou sobre o encontro com os jogadores e os caminhos que serão seguidos daqui por diante.
- Tínhamos que tomar alguma atitude. Foram duas partidas com um rendimento dos atletas muito abaixo do esperado e nós como dirigentes tínhamos que pelo menos questionar o porquê do rendimento tão baixo. Sempre tive um relacionamento direto com os jogadores, olho no olho, e queria ouvir deles o que está acontecendo. A reunião foi bem amistosa, falei e eles falaram, ambas as partes ouviram - contou Rassi.
Recentemente, o Goiás demitiu o técnico Julinho Camargo, contratando Arthur Neto como substituto. Rassi contou à Rádio que temia que a queda de rendimento tivesse a ver com a troca de técnico. Segundo ele, esta impressão foi deixada de lado após a reunião.
- Eles me passaram que a oscilação do time é por causa do elenco muito jovem, não acusaram a troca de comando como causa, que era meu medo e até fiquei aliviado. Mesmo assim percebi que é necessária uma aproximação do Arthur (Neto, novo treinador) com os jogadores e imediatamente passei ao Arthur que se atentasse à isso. O Harlei (diretor de futebol) está encarregado agora de cuidar da harmonia entre elenco e comissão técnica e direção do clube - afirmou o presidente do Goiás.
Na 17ª colocação na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, com 31 pontos, o Goiás terá um jogo muito difícil na 30ª rodada, que será contra o Corinthians, na próxima quarta-feira, dia 14, na Arena do Corinthians, em São Paulo. O presidente do Goiás afirma estar preocupado com a situação do time e pela possibilidade de cair para a Série B.
- O rebaixamento me assusta como nunca me assustou antes, então é o momento de unir forças e não pode ser diferente. Temos que priorizar o Goiás e assim poderemos tirar o clube dessa situação. Mas se não for assim, nada do que fizer dará certo mesmo - afirmou Rassi, revelando uma insatisfação consigo mesmo:
- Eu achei que poderia ser por causa das várias trocas de técnico, que diga-se de passagem eu sempre fui contrário mas a pressão interna é enorme e acabei sendo forçado. Na verdade eu queria ter ficado com era com o Ricardo Drubscky desde o ano passado, quando ele fez um trabalho seguro e nos manteve sem sustos na Série A, mas não pude renovar com ele. Hoje me arrependo de algumas atitudes que tomei na pressão - afirmou.