Lateral apoia Rapinoe contra Trump: "Não merece respeito"
Ali Krieger sai em defesa da companheira Megan Rapinoe, que se colocou contra Donald Trump e a Casa Branca durante a Copa do Mundo
Além de apresentar um bom futebol e ser finalista da Copa do Mundo feminina, a seleção dos Estados Unidos também mostra engajamento em causas político-sociais. Depois que a capitã Megan Rapinoe afirmar que, caso a equipe vença o Mundial, não vai à Casa Branca celebrar com o Presidente Donald Trump, a lateral Ali Krieger, de 34 anos, tomou posição de apoio à companheira de time.
"Eu me recuso a respeitar um homem que não merece respeito. Acho que ficar em silêncio pode favorecer o opressor e eu não quero que ela (Rapinoe) sinta que está passando por isso sozinha, porque muitas de nós têm o mesmo sentimento. Como uma de minhas amigas mais próximas, quero ter certeza de que ela não sinta isso", disse a jogadora, em entrevista à rede de notícias americanas CNN, nesta quinta-feira.
Não foi a primeira vez, porém, que Krieger se pronunciou sobre o assunto. Depois que a atacante Rapinoe, no último dia 25 de junho, declarar que não compareceria à Casa Branca em caso de conquista, e receber resposta dura de Trump, a atleta do Orlando Pride publicou em sua conta no Twitter.
"Conheço mulheres que você (Donald Trump) não pode controlar. Eu fico do lado da Rapinoe. Eu não apoio essa administração, nem sua luta contra os cidadãos LGBT, imigrantes e os mais vulneráveis."
In regards to the "President's" tweet today, I know women who you cannot control or grope anger you, but I stand by @mPinoe & will sit this one out as well. I don't support this administration nor their fight against LGBTQ+ citizens, immigrants & our most vulnerable.
— Ali Krieger (@alikrieger) June 26, 2019
Entenda o caso
"Eu não vou para a porr* da Casa Branca", disse Megan Rapinoe, à revista "Eight by Eight", no dia 25 de junho, sobre visitar Trump em caso de título dos Estados Unidos.
"I'm not going to the fucking White House." - @mPinoe pic.twitter.com/sz1ADG2WdT
— Eight by Eight (@8by8mag) June 25, 2019
No dia seguinte, 26 de junho, Donald Trump rebateu a jogadora em uma sequência de tweets publicados sua conta oficial no Twitter.
"Em nosso país, as ligas e os times amam visitar a Casa Branca. Eu sou um grande fã da seleção americana e do futebol feminino, mas Megan deve VENCER primeiro e depois FALAR! Termine o trabalho! Não convidamos ainda Megan e a seleção, mas agora eu estou convidando a SELEÇÃO, vencendo ou perdendo. Megan nunca deve desrespeitar nosso país. Tenha orgulho da bandeira que você está vestindo", escreveu Trump.
Women's soccer player, @mPinoe, just stated that she is "not going to the F...ing White House if we win." Other than the NBA, which now refuses to call owners, owners (please explain that I just got Criminal Justice Reform passed, Black unemployment is at the lowest level...
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 26, 2019
....invited Megan or the team, but I am now inviting the TEAM, win or lose. Megan should never disrespect our Country, the White House, or our Flag, especially since so much has been done for her & the team. Be proud of the Flag that you wear. The USA is doing GREAT!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 26, 2019
Os Estados Unidos encaram a Holanda na final da Copa do Mundo feminina, no próximo domingo, às 12h, em Lyon.