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Junior Cigano critica 'confusão' entre Cormier e Lesnar: 'Foi ridículo'

De volta ao UFC, onde luta neste sábado (14), Junior Cigano falou sobre 'pesadelo' com a USADA e criticou confusão protagonizada por Daniel Cormier e Brock Lesnar

13 jul 2018 - 12h27
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Por Mateus Machado

Junior Cigano volta ao Ultimate neste sábado (14), quando encara Blagoy Ivanov (Foto: Getty Images / UFC)
Junior Cigano volta ao Ultimate neste sábado (14), quando encara Blagoy Ivanov (Foto: Getty Images / UFC)
Foto: Lance!

Absolvido do caso de doping que enfrentava na USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos), Junior Cigano retorna ao Ultimate no próximo sábado (14), em duelo contra o estreante Blagoy Ivanov no main event do UFC Fight Night 133, que será realizado em Boise, nos Estados Unidos. Sem lutar desde maio do ano passado, quando foi derrotado pelo ex-campeão peso-pesado Stipe Miocic por nocaute ainda no primeiro round, o brasileiro viu uma mudança radical acontecer em sua categoria, onde já foi campeão.

No último sábado (7), pelo UFC 226, Daniel Cormier, então campeão meio-pesado, nocauteou Miocic e se tornou também dono do título dos pesados. Já com os cinturões em sua posse, "DC" desafio o gigante Brock Lesnar, astro do WWE e também ex-campeão do UFC, para ser seu próximo desafiante, em cena que ficou marcada pelas provocações.

Em bate-papo com jornalistas nesta quarta-feira (11), Junior Cigano foi questionado sobre a "volta" de Lesnar ao Ultimate e revelou não ter ficado surpreso. Ainda falando sobre o tema, o brasileiro disse que o momento protagonizado por Brock e Cormier foi "ridículo".

"O retorno do Brock Lesnar não me surpreendeu. O que me surpreendeu foi o Cormier sendo campeão de duas categorias e, como ele mesmo disse, vivendo o momento que ele estava vivendo, o mais especial da vida… O que me surpreendeu foi ele chamar o Lesnar naquele momento. Eu não entendi nada. Fiquei até assustado de estar virando um teatro. Foi um pouco ridículo até. Mas, quando eu estava vendo a coletiva dele (Cormier), ele estava explicando que quer lutar com o Lesnar porque vende muito pay-per-view, é uma luta que vai envolver muito dinheiro, então ele está sendo esperto. Está pegando uma luta mais tranquila e com grandes ganhos financeiros para o lado dele", afirmou o brasileiro.

Confira outros trechos da entrevista com Junior Cigano:

- Fato de Lesnar voltar ao UFC já disputando o cinturão

Isso é completamente injusto, mas a gente sabe que no UFC o ranking não funciona para nada. O que o define ranking é uma política meio estranha. Mas não é nada legal ver o Lesnar furando a fila, até porque ele não parou porque quis. Ele caiu no doping, foi pego no doping, uma coisa que sempre fez uso, todo mundo sabe, dá para ver. Ele foi cortado pela USADA e está voltando como se fosse algo positivo, mas ao contrário, é bastante negativa. Ele não acrescenta nada para o esporte. É um cara que, como todo mundo sabe, trapaceia com o negócio das drogas. O único benefício que ele tem é que, de uma forma ou de outra, as pessoas gostam de assisti-lo, de ver aquele cara enorme. Não deixa de ser perigoso. Mas isso também não importa muito. Se as pessoas querem ver, o UFC tem que fazer.

- Crença em um retorno limpo de Brock Lesnar ao MMA

Aprendi nesses anos todos que quem faz uso de drogas de performance não consegue mais ficar sem a droga, porque não produz mais testosterona do jeito que deveria produzir, não produz mais GH para competir em alto nível. É quase certo que ele não vai estar limpo.

- Análise do combate contra o estreante Blagoy Ivanov

O Ivanov é um cara que vem do Sambo, bastante duro, pelo o que a gente pode ver. Hoje em dia não há mais luta fácil, os atletas estão se preparando muito bem para toda luta e, principalmente, no UFC que concentra os maiores e melhores lutadores de MMA. Então, eu estou esperando uma luta dura e independente da estratégia dele, to pronto pra vencer.

- Polêmica de doping envolvendo a USADA e absolvição

O episódio da USADA causou um pesadelo na minha vida, algo que eu nunca imaginei que passaria. É uma situação realmente complicada, que me deixou muito triste. No início de tudo, depois que começaram as investigações lá da USADA, eu sentei em casa e não tinha o que eu fazer. Eu olhei para o meu filho, olhei para minha esposa, olhei para minha casa no geral e pensei: 'que situação horrível'. Ser acusado de uma coisa que você não fez e você não poder fazer nada em relação a isso, a não ser esperar, é realmente complicado.

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