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Jesus e Everton entram bem, mas Brasil não marca, ouve vaias e até olé

Após um início animador, time encontrou dificuldades para entrar na área da Venezuela. Entrada de Gabriel Jesus deu mais força ofensiva, mas não evitou empate da Seleção

18 jun 2019 - 23h53
(atualizado em 19/6/2019 às 00h29)
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Depois da torcida fria na estreia da Copa América no Morumbi, havia grande expectativa pelo clima que a Seleção Brasileira encontraria em Salvador (BA). O público nesta terça-feira na Fonte Nova se assemelhou muito mais ao que costuma ir a jogos de clubes, mas não aguentou o empate em 0 a 0 com a Venezuela. O que começou com uma grande festa, acabou com vaias - caminho inverso da vitória contra a Bolívia.

Brasil não conseguiu sair do zero contra a Venezuela (Foto: JUAN MABROMATA / AFP)
Brasil não conseguiu sair do zero contra a Venezuela (Foto: JUAN MABROMATA / AFP)
Foto: Lance!

Com quase 40 mil torcedores, o público na arena estava bastante barulhento e empolgado com o retorno da Seleção principal à Bahia após mais de três anos. O início de jogo, também, era digno de frenesi. Com quase 80% de posse de bola, a equipe de Tite sufocou os venezuelanos - David Neres e Richarlison tiveram chances claras para abrir o placar, logo de cara.

O problema é que a pressão inicial não resultou em gol, e a Venezuela passou a contragolpear com perigo. Ainda na primeira etapa, teve duas oportunidades em bolas cruzadas para a área, uma que saiu por pouco à direita da meta de Alisson. Quando o árbitro Julio Bascuñan apitou o fim do primeiro tempo, teve gente que já puxou vaias, mas a maioria do estádio as abafou com palmas.

Diante da queda da Seleção, Tite voltou do intervalo com Gabriel Jesus na vaga de Richarlison. O atacante do Manchester City (ING) foi escalado aberto pelo lado esquerdo, com Firmino como centroavante, abrindo espaço para Coutinho. O camisa 9 entrou bem, deu trabalho e parecia desafogar o Brasil ao marcar, mas seu gol foi anulado pelo VAR por impedimento de Firmino no lance - o atacante do Liverpool já teve um gol anulado no primeiro tempo, por falta.

A partir do momento em que Seleção mostrava dificuldades para furar o bloqueio grená, a torcida pediu pela entrada de Everton. Primeiro, Tite chamou Fernandinho e fez o estádio inteiro vaiá-lo pela primeira vez. Depois, acatou a sugestão e chamou o gremista, que em uma bela jogada pelo lado esquerdo novamente parecia ter tirado a Seleção do sufoco, originando o gol de Coutinho. Nova análise do árbitro de vídeo, contudo, assinalou novo impedimento de Firmino, que tocou na bola antes de entrar.

Contra a Bolívia, o pênalti no começo da segunda etapa marcado pelo VAR fez o time deslanchar, mas a dificuldade para furar retranca já era um problema apresentado naquele jogo. No fim, houve um abafa, mas nenhuma bola acertada no gol de Fariñez. A torcida, inclusive, chegou a gritar "olé" quando os venezuelanos tiveram a bola, e vaiou ao término da partida.

No Morumbi, o Brasil foi para o intervalo sob protestos, mas acabou o jogo aplaudido. Na Fonte Nova, o enredo foi o inverso. Foram 17 finalizações, 642 passes acertados, 68% de posse, mas apenas um tiro certo, ainda no primeiro tempo. A Seleção está devendo neste início de Copa América.

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