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Há 70 anos, Seleção celebrava na Colina título sobre o Uruguai

Em 1950, escrete conquistava a Copa Rio Branco em São Januário, graças a gol marcado por Ademir de Menezes. Empenho brasileiro e poder de fogo foram destacados na imprensa

18 mai 2020 - 19h46
(atualizado às 19h46)
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A expectativa da torcida brasileira em torno da realização da Copa do Mundo de 1950, que teria o Brasil como país-sede, foi precedida curiosamente por uma conquista sobre o Uruguai. Há 70 anos, o escrete comandado por Flávio Costa fazia história em São januário, ao levar a Copa Rio Branco graças ao gol marcado por Ademir de Menezes. O jogo, que foi realizado na noite de 17 de maio, estampou as páginas dos jornais e causou ainda mais entusiasmo em torno do grupo que disputaria o torneio.

'Finalmente, os esforços nacionais são coroados com belo tento de Ademir', disse reportagem do JS (Reprodução / Jornal dos Sports)
'Finalmente, os esforços nacionais são coroados com belo tento de Ademir', disse reportagem do JS (Reprodução / Jornal dos Sports)
Foto: Lance!

"Brasileiros 1x0!", trazia a capa do "Jornal dos Sports" de 18 de maio de 1950. Em seguida, era dito: "Ganharam os nossos volumes ofensivos no segundo tempo". O fato da Seleção ter melhor produção diante de um Uruguai que "teve o mérito de exigir melhor luta dos nossos" também foi destacado.

Após os uruguaios terem vencido a partida de ida por 4 a 3, uma vitória por 3 a 2 do Brasil na Colina "forçou" a realização de uma terceira partida (na qual o empate daria o título à Celeste). A espinha dorsal que defendeu a Seleção Brasileira na Copa já desfilava em campo naquele 17 de maio de 1950: nomes como Barbosa, Augusto, Juvenal, Bigode, Danilo Alvim, Friaça, Zizinho, Ademir e Chico.

Além de Ghiggia, o goleiro Maspoli, o capitão Obdulio Varela, os atacantes Schiafino e Villamide estavam entre os uruguaios que disputariam mais tarde a final da Copa do Mundo do Maracanã.

Após uma etapa inicial pesada no jogo decisivo da Copa Rio Branco, uma hesitação de Danilo Alvim em um escanteio deixou Julio Perez livre. Coube a Barbosa defender com o pé para evitar o gol. As melhores chances brasileiras vieram dos pés de Ademir de Menezes.

Mais impetuosos na volta do intervalo, os brasileiros rondaram a área e Zizinho obrigou Maspoli a fazer boa defesa. Em seguida, Baltazar chegou bem em uma investida, chutou para fora. Até, aos 16 minutos, o placar ser inaugurado, em lance descrito desta maneira pelo "Jornal dos Sports":

"Finalmente, os esforços nacionais são coroados com belo tento de Ademir. Aos 16 minutos, Baltazar serve o pernambucano de cabeça. Ademir invade a área perseguido por Pini, dá dois "driblings" no centro médio e atira forte. O chute sai violento e, apesar dos esforços de Maspoli, toma o caminho certo do fundo das redes".

Baltazar ainda marcou logo depois, mas o árbitro invalidou o gol por falta. Jair e Baltazar, em seguida, fizeram o goleiro uruguaio se desdobrar para salvar chances, enquanto Bigode salvou em cima da linha tentativa de Romero.

Ao final, os brasileiros puderam celebrar em São Januário o título da Copa Rio Branco (torneio disputado apenas entre Brasil e Uruguai), na série de partidas que ficaria para a história como a "prévia" da decisão da Copa do Mundo.

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