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Jogos de Paris

Governo quer permanente órgão que cuida do Legado Olímpico

Enquanto PPP segue em análise com o BNDES para administração do Parque Olímpico, autarquia do Ministério do Esporte busca dar sequência a projetos sociais e esportivos

28 fev 2018 - 17h56
(atualizado às 18h24)
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A Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) está prevista para funcionar no máximo até o dia 30 de junho de 2019, mas o governo federal trabalha com a possibilidade de transformar a autarquia em um órgão permanente de administração dos projetos e eventos nas arenas que receberam os Jogos.

AGLO firmou parceria com Instituto Reação para projetos sociais e esportivos na Arena Carioca 2 (Foto: Jonas Moura)
AGLO firmou parceria com Instituto Reação para projetos sociais e esportivos na Arena Carioca 2 (Foto: Jonas Moura)
Foto: Lance!

- O Parque Olímpico não está abandonado - defende o presidente da AGLO, Paulo Márcio Dias Mello, em referência a Velódromo, Arenas Cariocas 1 e 2 e o Centro de Tênis, instalações do Parque Olímpico que ficaram sob responsabilidade da União, e cinco de Deodoro em parceria com o Exército (Arena do Futuro, Centro de Hipismo, Centro de Tiro Esportivo, Centro Aquático de Pentatlo Moderno e Centro de Hóquei Sobre a Grama.Quando foi criada pelo governo, no ano passado, a AGLO teria funcionamento "até que fossem tomadas as providências de longo prazo necessárias à destinação do legado olímpico ou até 30 de junho de 2019, o que ocorrer primeiro".

A gestão do Parque ainda pode acabar em uma nova Parceria Público Privada, que está em análise pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Mas o resultado do trabalho dos últimos meses anima Paulo Márcio. No ano passado, foram realizados, em média, 14 eventos por mês no local, que foi considerado o "coração" da Rio-2016.

- Pode ser que aconteça a PPP e isso seja feito nos modelos estudados. Mas acredito que, independentemente de ela sair do papel, deve haver a perpetuação de uma autarquia federal ou uma agência reguladora que cuide do legado olímpico. O sucesso de 2017 é tão grande que me mostrou essa necessidade - declarou Paulo Márcio, que lembrou a demora de dois anos que Londres teve para conseguir emplacar seu legado.

No ano passado, o governo gastou R$ 9,5 milhões com a manutenção das instalações da Rio-2016. Para este ano, a previsão é de R$ 35 milhões, sendo R$ 8 milhões em investimentos e R$ 27 milhões em custeio.

Impasse com prefeitura segue

Se por um lado o governo mostra que os projetos caminham, por outro faz questão de cobrar a prefeitura do Rio pelo que chama de "vícios construtivos" das instalações, que impedem o seu melhor uso. O ente municipal é o responsável por cobrar as construtoras dos problemas, como infiltrações no Velódromo e no Centro de Tênis.

- Eu não posso fazer as coisas, porque existem garantias com as empresas (que participaram da construção). Tenho feito reuniões. Isso pode vir a impactar na realização de eventos. Posso ter que deixar de fazer eventos ou, em situações mais graves, interditar a arena - disse o presidente da AGLO.

Segundo Paulo Márcio, há 1.508 reparos a serem feitos no Parque Olímpico.

Entre 12 e 15 de março, o Velódromo receberá o Mundial Paralímpico de Ciclismo de Pista, e com uma boa notícia. Segundo a AGLO, a segurança do local está assegurada. A autarquia informou ter conseguido um Documento de Autorização Temporária de Funcionamento (DATF) e poderá receber o público.

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