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Felipão valoriza vaga e Pacaembu e revela cobrança a Dudu no Palmeiras

Técnico do Verdão vibra com gol que cobrou do camisa 7 e o aconselha a deixar o clube apenas depois 'mais dois ou três títulos' e enaltece bom jogo feito pelo Bahia em São Paulo

16 ago 2018 - 22h31
(atualizado em 17/8/2018 às 10h32)
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Herói da classificação do Palmeiras à semifinal da Copa do Brasil, Dudu é o menino dos olhos de Felipão. Em entrevista coletiva após vitória diante do Bahia, o treinador fez questão de enaltecer o gol de cabeça marcado pelo camisa 7 no Pacaembu, tento que ele mesmo cobrou de seu jogador, e revelou ter dado conselhos ao atacante, que teve propostas para deixar o Verdão nesta janela de transferências. Satisfeito com o resultado, Felipão enalteceu o adversário e elogiou as dependências do estádio na capital paulista.

Felipão durante a vitória do Palmeiras no Pacaembu, diante do Bahia (Foto: Eduardo Carmim/Photo Premium)
Felipão durante a vitória do Palmeiras no Pacaembu, diante do Bahia (Foto: Eduardo Carmim/Photo Premium)
Foto: Lance!

- Dudu, às vezes, falava em sair, que tinha oferta, mas estou tentando mostrar ao Dudu, que se ele sair no futuro, tem que sair com mais dois ou três títulos no Palmeiras e vai ser mais valorizado. E se for para China, dificilmente eu não terei interferência nesta situação, porque sou bem quisto lá. Provavelmente posso ajudar. E o Dudu é uma pessoa que quando cheguei no Grêmio, em 2014, ele não estava jogando e no primeiro dia de treino, o Murtosa já deu um puxão de orelha grande no Dudu, ele ouviu e melhorou. Começou a jogar junto com o Zé Roberto e vocês sabem o que deu - ponderou, e completou:

- Ele tem minha confiança sempre, sabe que em determinados momentos foi ajudado com algumas colocações do que deve fazer em relação a valor e tempo de contrato, porque ele sempre me pediu informações. E hoje temos um ambiente muito bom com o Dudu e vinha cobrando ele para fazer um gol, e hoje foi o gol que nos colocou na semifinal.

Felipão ficou extremamente satisfeito com a classificação palmeirense à semifinal do torneio mata-mata, muito em razão da vitória ter vindo diante de um adversário considerado pelo treinador como difícil. Nas duas partidas, apenas um gol foi marcado.

- Joguei três, quatro, cinco jogos aqui, contra outras equipes, a equipe do Bahia é muito bem organizada. O Enderson faz um trabalho fantástico no Bahia, organizou de forma que dificilmente será batida daqui para frente. Acreditem. Em nove jogos, foi a primeira derrota. É bem difícil jogar contra o Bahia, a qualidade na saída de bola na meia-cancha ao ataque, tem muita qualidade - analisou o técnico.

Nem mesmo o fato de jogar longe do Allianz Parque chateou o treinador. Com a arena ocupada, o mando de jogo foi transferido ao Pacaembu. Jogar no estádio da cidade foi algo corriqueiro para o treinador em sua passagem anterior no Verdão. Portanto, não há do que reclamar.

- Em 2010, 2011, 2012, pagamos o preço de hoje ter o Allianz. Tínhamos de fazer daquela forma, eu era o treinador na época e passei aquele tempo fazendo isso. E conseguimos com aqueles jogadores e a vontade deles, a classificação de 2012 da Copa do Brasil. Os jogadores gostam de jogar no Pacaembu, a grama é espetacular, a bola corre com fluidez e não tem problema o Palmeiras jogar no Pacaembu, porque se acostumou a jogar. Se fosse ontem, jogaríamos no Allianz. É bem melhor jogar no Allianz, mas não vamos fazer mais o que fizemos em 2010, 2011. Temos nosso estádio e se não o tivermos, temos o Pacaembu, que está ótimo - completou.

Confira outros pontos da entrevista coletiva de Felipão:

Estrutura do Palmeiras

A estrutura do Palmeiras que mudou. Hoje eu trabalho com uma estrutura que não tive antes. Tive uma razoavelmente boa de 1997 a 2000 com a Parmalat. Depois tive de 2010 a 2012 que não tínhamos nada, porque estávamos construindo o nosso Palestra. Tenho muita coisa à minha disposição e acho que eu sei administrar. Não é questão de modernidade, modernidade é saber administrar o que te dão. E futebol, a dinâmica de treinos é igual em qualquer parte do mundo. Algumas palavras são diferenciadas, o campo reduzido, maior, situação de jogo, muda muito. Todos fazem mais ou menos a mesma coisa. Tenho de saber administrar a oportunidade de trabalhar em um clube grande com a estrutura que eu tive em muitos poucos clubes no mundo".

Priorizar alguma das três competições (Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil)

O Palmeiras não pode priorizar uma competição, tem um grupo que trabalha com qualidade, um grupo de 26, 27, 28 jogadores. Os que não estão jogando estão prontos para entrar e jogar. As modificações às vezes são feitas pelo time adversário e pelas qualidades do nosso time. Temos de priorizar todas as competições, mas naturalmente jogando quarta e sábado teremos dificuldades. Podemos repetir alguns jogadores, mas não os 11. Depois temos de fazer uma tabela de minutos jogos, ver com o departamento de fisiologia algumas situações, mas o que é passado ao grupo é para se dedicar a todas as competições. Tem de se dedicar e, se possível, ganhar os jogos.

Personalidade

Eu não estou mais calmo, nem mais elétrico. Estou a mesma coisa. Naturalmente que trabalho hoje de forma diferente, pouco do Palmeiras de 97 a 2000, de 2010 a 2012, porque as condições oferecidas a um treinador hoje no Palmeiras são diferentes. Temos de nos adaptar a uma situação que favorece. Tenho de saber administrar, saber colocar as peças no lugar. Com quem eu falei hoje mais no jogo foi o Paulo (Turra), que vem fazendo um trabalho muito bom, e hoje recebeu convite para voltar à China, mas não está liberado e vai ficar aqui, não adianta. Gritei mais no jogo com o Borja, porque queria que o Borja saísse para o lado do campo. Queria que ele saísse mais dos dois jogadores centralizados que são muito fortes.

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