Corinthians fará representação à Conmebol contra Amarilla

O Corinthians entrará na Justiça por conta das investigações sobre uma suposta influência mal-intencionada do árbitro paraguaio Carlos Amarilla em jogo contra o Boca Juniors, em 2013. A decisão foi tomada na noite desta terça-feira, em reunião da diretoria jurírica do Timão com o presidente do clube, Roberto de Andrade.

O Corinthians solicitará à Conmebol para nunca mais escalar o árbitro Carlos Amarilla e os auxiliares Carlos Cáceres e Rodney Aquino (trio de arbitragem paraguaio do polêmico duelo entre Corinthians e Boca Juniors) em jogos do clube. O Timão também fará uma representação formal ao Tribunal de Disciplina da entidade sul-americana para apuração dos fatos e punição dos envolvidos. Posteriormente, o Corinthians verificará a pertinência de eventual cobrança de indenização.

Corinthians e Boca Juniors empataram em 1 a 1 no dia 15 de maio de 2013, no Pacaembu, pela volta das oitavas de final da Libertadores. Tal resultado eliminou os brasileiros da competição. Amarilla foi muito criticado por jogadores e dirigentes do Timão na época. O árbitro paraguaio, entre outros lances, anulou dois gols da equipe alvinegra, além de não ter marcado duas penalidades.

No fim da noite do último domingo, conversas entre o ex-presidente da Federação Argentina de Futebol (AFA), Julio Grondona, e Abel Gnecco, diretor da Escola de Árbitros da AFA, foram divulgadas pela imprensa argentina. No diálogo, Grondona afirma que "o reforço mais importante do Boca no último ano foi Amarilla", e Gnecco declara que pressionou para que o paraguaio fosse o árbitro do duelo.

Na última segunda-feira, o gerente de futebol Edu Gaspar se manifestou sobre as investigações acerca do suposto esquema pró-Boca Juniors. O dirigente alvinegro já havia sinalizado que o clube entraria na Justiça para reivindicar seus direitos em caso de confirmação da influência mal-intencionada na arbitragem.

"Já descobriram o vazamento das informações, agora cremos que vão ter as investigações, esperamos. Aí sim estamos à disposição, para que a gente possa continuar e ir até o final para tirar tudo a limpo, porque isso é uma coisa muito feia e chata para o futebol", comentou Gaspar.