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Juninho dá desculpa esfarrapada para Brasil jogar na Ásia

20 set 2019 - 14h28
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Foto: Pedro Martins / MoWA Press

Expor vários jogadores a viagens longas e cansativas, no fim de temporada, como no caso dos que atuam no Brasil, não parece pesar nos critérios de convocação da Seleção brasileira. Até mesmo o fuso horário de 11 horas de diferença de Cingapura, na Ásia, para Brasília, não foi suficiente para demover a comissão técnica a poupar alguns jogadores dos dois próximos amistosos da equipe contra Senegal (dia 10 de outubro) e Nigéria (dia 13).

A CBF confere a uma empresa internacional, por contrato, a marcação dos amistosos, com definição do local e dos adversários. Mas a entidade tem o poder de vetar algumas escolhas.

Para tentar se defender do óbvio, a exposição dos atletas a riscos de lesões em razão da viagem e da falta de tempo de preparação para esses jogos, o coordenador da Seleção, Juninho Paulista, deu uma desculpa esfarrapada.

" Seleção é global e é muito requisitada pelo mundo todo. E a gente procura os grandes centros, como é o caso de Cingapura", ele disse, nada convincente.

O ranking da Fifa dá uma ideia exata do quanto o futebol é insignificante naquele país: Cingapura ocupa a 157ª posição na escala das seleções.

Para desvendar a saga de alguns dos convocados para esses dois amistosos, basta conferir a logística elaborada pela comissão técnica da Seleção. Os jogadores que atuarem no sábado (5 de outubro) pelo Brasileiro, vão viajar na madrugada seguinte para Cingapura. Os que estiverem com seus clubes no domingo (6), fazem o mesmo horas depois.

A viagem vai levar, em média, entre 22 e 24 horas e será mais desgastante ainda para Gabigol e Rodrigo Caio, se escalados para o jogo do Flamengo com a Chapecoense, no domingo, às 11 horas, em Chapecó.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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